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O carbono é um elemento químico que possui diversas formas e é frequentemente associado às mudanças climáticas
O carbono (C) é um elemento químico que faz parte do grupo 14 da Tabela Periódica. Ele tem 6 prótons em seu núcleo e uma massa atômica de 12 u. Amplamente distribuído na natureza, esse composto é, muitas vezes, relacionado às causas do aquecimento global e das mudanças climáticas.
Isso porque o termo é geralmente usado como abreviatura para o dióxido de carbono (CO2), um dos principais gases do efeito estufa (GEE). No entanto, o carbono só se torna CO2 ao se juntar com dois átomos de oxigênio. Dessa forma, é importante esclarecer o uso popular do termo, uma vez que isso pode dificultar o entendimento de temáticas ambientais.
Onde o carbono pode ser encontrado?
Apesar de não ser tão abundante na crosta terrestre, o carbono é o elemento químico que forma mais compostos do que todos os outros elementos químicos combinados. Ele pode existir em formas puras, como grafite, diamante e fulerenos. Porém, o carbono também pode combinar-se a outros elementos, formando moléculas.
Essas moléculas baseadas no carbono são essenciais para a vida na Terra, pois fazem parte de diversos processos importantes, como a fotossíntese. Da mesma forma, ele também faz parte de moléculas que formam diversos minerais, como corais e conchas, feitos, principalmente, de carbonato de cálcio (CaCO3).
O carbono também constitui vários compostos orgânicos, como carvão, gás natural, petróleo e todo tecido animal e vegetal. Por isso, ele é fundamental para o estudo da Química Orgânica.
Quais são as propriedades do carbono?
Dependendo de sua forma, o carbono elementar pode apresentar diferentes propriedades e características físicas. Como diamante, por exemplo, ele é transparente, possui estrutura cristalina e é um mau condutor de eletricidade e calor. No entanto, sua ocorrência é a mais rara entre todas as substâncias conhecidas que são formadas naturalmente. Por outro lado, o carbono como grafite apresenta alta condutividade e apresenta uma cor cinza com efeito metálico.
Assim, de maneira geral, o carbono ocorre no estado sólido e possui quatro elétrons em sua camada de valência. Isso significa que um átomo de carbono consegue fazer quatro ligações covalentes (compartilhamento de elétrons) com outros átomos.
Por que o carbono é tão importante para a vida?
Além de fazer parte de diversos materiais, esse elemento participa de várias reações químicas naturais, conhecidas como ciclos do carbono. Estes ciclos são os movimentos de deslocamento do elemento carbono nos diversos ambientes, incluindo rochas, solos, oceanos e vegetais. Isso impede que ele se acumule completamente na atmosfera e estabiliza a temperatura da Terra.
Um dos exemplos mais conhecidos é o processo de fotossíntese, realizado por plantas e outros organismos cloroplastos. Ela consiste na transformação de dióxido de carbono (CO2) e luz solar em oxigênio (O2) e glicose como forma de alimentação desses organismos. Devido a isso, a fotossíntese transformou o mundo no ambiente habitável que conhecemos hoje. Além disso, o processo é a fonte primária de energia de todos os seres vivos.
Qual atividade humana libera carbono?
Toda atitude humana traz algum impacto para o planeta, por menor que seja, e o modo de vida contemporâneo emite muito mais gases do que a Terra é capaz de absorver. Dessa forma, é possível citar algumas atividades antrópicas que liberam dióxido de carbono (CO2) e monóxido de carbono (CO) na atmosfera.
- Respiração seres humanos;
- Queima de combustíveis fósseis;
- Práticas industriais e da agropecuária;
- Desmatamento e queimadas.
Mudanças climáticas e o carbono
No contexto das mudanças climáticas, as emissões de carbono como CO2 são extremamente perigosas. Isso porque o gás carbônico (CO2) absorve o calor dos raios solares, aumentando o efeito estufa, o que eleva a temperatura da Terra. Por isso, foram criados alguns mecanismos de medida de carbono e tecnologias para diminuir a emissão de gases do efeito estufa, destacados a seguir.
Pegada de carbono
A pegada de carbono é uma medida que calcula a emissão de carbono equivalente na atmosfera por uma pessoa, atividade, evento, empresa, organização ou governo. Muitas atividades rotineiras acabam gerando emissões atmosféricas de gases do efeito estufa (GEEs).
Por meio da pegada de carbono podemos analisar os impactos que causamos na atmosfera e as mudanças climáticas provocadas pelo lançamento de gases do efeito estufa a partir de cada produto, processo ou serviço que consumimos.
Carbono equivalente
Carbono equivalente é um conceito que surgiu para representar todos os gases do efeito estufa em uma única unidade, de modo que viabilizasse o mercado de carbono. Dessa forma, ele representa os demais gases de efeito estufa (GEEs) em forma de CO2.
Captura de carbono
A captura e armazenamento de carbono (CCS) é uma tecnologia que tem como objetivo diminuir as emissões de dióxido de carbono. Ela consiste na captura por meio de três processos: pré-combustão, pós-combustão ou combustão de oxi-combustível. Depois, é feito o transporte e armazenamento em formações geológicas da Terra.
Créditos de carbono
Créditos de carbono são unidades de medida que correspondem, cada uma, a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (tCO2e). Essas medidas servem para calcular a redução das emissões de gases do efeito estufa (GEE) e seu possível valor de comercialização.
Sequestro de carbono
Diferente de outros processos, o sequestro de carbono é uma solução natural de retirar CO2 da atmosfera. Ele é realizado pelo crescimento dos vegetais por meio da fotossíntese e pela absorção desse gás pelo oceano e pelo solo.
Neutralização de carbono
A neutralização de carbono é uma das técnicas utilizadas para compensar as emissões de gases do efeito estufa que não podem ser reduzidas. Isso acontece a partir de um cálculo geral de emissão de carbono ou carbono equivalente (CO2e).
