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Radônio é o nome dado a um gás invisível, inodoro, insípido e mortal pertencente à família VIII da Tabela Periódica

Radônio é o nome dado a um gás invisível, inodoro, insípido e mortal pertencente à família VIII da Tabela Periódica. De modo geral, ele é formado a partir do decaimento do Urânio e do Tório, elementos químicos radioativos presentes naturalmente em rochas, solos e águas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Radônio é um gás extremamente prejudicial à saúde.

O Radônio é responsável por aproximadamente 55% da radiação que o ser humano recebe ao longo da vida. Ao vir das profundezas, o gás é liberado através do solo no ambiente e se espalha rapidamente, não causando danos aos seres vivos. No entanto, ao encontrar um ambiente confinado, o Radônio tende a se concentrar, tornando-se um contaminante invisível e mortal. 

As principais formas de exposição a esse gás ocorrem a partir de fraturas no piso, juntas e fraturas nas paredes, espaços vazios entre o alicerce e a casa, encanamento e janelas. Por isso, quanto maior for o teor de Radônio no solo, maior o potencial de aparecimento de níveis elevados dentro de imóveis construídos acima desse solo. 

Onde o Radônio pode ser encontrado?

Devido a sua ocorrência natural, o Radônio pode ser encontrado em todos os lugares, fazendo parte da composição do ar que respiramos. 

Como ocorre a exposição ao Radônio?

A exposição ao Radônio ocorre devido à pressão de dentro das construções ser menor que a do ar e a do solo circundantes da casa. Existem muitas razões para que isso aconteça: uma delas é o efeito que as ventoinhas possuem de circular o ar nas casas. Enquanto o ar interno é retirado, o externo entra para substituí-lo. 

A maioria desse ar externo vem do solo subjacente. Essa troca de ar também ocorre quando a temperatura de dentro de casa é maior que a de fora. Assim como o ar quente faz o balão subir por causa do ar frio ao seu redor, o ar quente dentro das construções sobe e é substituído pelo ar frio mais denso que vem de fora. Parte desse ar enriquecido em gás Radônio que vem de fora se misturando com o ar interno vem do solo.

Uma vez que o Radônio entra nas habitações, ele é facilmente disperso pelo ar, mas pode se concentrar nos cômodos da casa. O processo de decaimento radioativo não para. Isso leva o Radônio a decair em vários outros elementos radioativos conhecidos como produtos do decaimento do Radônio. Esses produtos são constituídos de diferentes formas de átomos de Polônio, Chumbo e Bismuto. 

Diferente do Radônio, que é um gás, os seus descendentes radioativos são sólidos. Essas partículas permanecem suspensas no ar e são tão pequenas a ponto de não serem vistas. Por causa do tamanho das partículas, esses produtos são facilmente inalados e podem aderir-se ao tecido do pulmão. 

Riscos à saúde

De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc), o Radônio é um Agente Cancerígeno de Classe A. A inalação de Radônio e de seus descendentes leva as partículas radioativas a irradiar os pulmões, provocando a formação de câncer. Quando os produtos do decaimento são inalados, eles se aderem a tecidos sensíveis do pulmão. Como o tempo de meia vida dessas partículas é curto, elas decairão no pulmão, expondo o órgão à radiação. 

Após o decaimento dessas partículas, há emissão de radiações alfa, beta e gama. São exatamente essas radiações alfa (em forma de partículas) dos dois produtos de decaimento  – polônio 218 e polônio 214  – que são mais perigosas. As partículas alfa irão comprimir o tecido do pulmão. Na maioria dos casos, elas matam as células do tecido as quais podem ser substituídas pelo próprio corpo humano. De qualquer modo, essas partículas podem atingir ou criar uma reação química que afetará o DNA. Quando isso ocorre, a célula pode ser alterada. 

Estudos

Segundo a OMS, o Radônio é a principal causa de câncer de pulmão entre indivíduos não fumantes. Estima-se que ele provoque aproximadamente 21 mil mortes por câncer de pulmão por ano e cerca de US $2 bilhões em despesas médicas somente nos Estados Unidos. 

Em IOWA, pesquisadores realizaram um estudo com mil mulheres que moravam em suas casas há mais de 20 anos. Os resultados indicaram que uma exposição de 20 anos a uma concentração de Radônio equivalente às diretrizes preconizadas pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA) de 4,0 pCi /L, provocou um risco aumentado de 50% para desenvolvimento de câncer de pulmão.

Outras pesquisas mostram que o radônio é um fator de risco de 10 a 15 vezes maior para indivíduos que fumam em comparação com os que nunca fumaram. De acordo com estimativas da OMS, entre 10 e 15 % de todas as residências no mundo apresentam concentração de Radônio acima dos limites estipulados pela USEPA.

Por fim, um estudo feito em imóveis da Região Metropolitana de São Paulo aponta que 11% dos ambientes investigados apresentam concentração de radônio maior que 4,0 pCi/L. 


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