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Fitocidas são compostos naturais fundamentais para o equilíbrio ambiental e a saúde humana

Fitocidas, também conhecidos como metabólitos secundários, são substâncias orgânicas produzidas por plantas que desempenham um papel crucial no ecossistema onde vivem. Esses compostos químicos fazem parte da classe de fitoquímicos, e são produzidos como um mecanismo de defesa contra predadores e patógenos. Além de proteger as plantas, os fitocidas também interagem de maneira benéfica com outros organismos [1].

Qual é a importância dos fitocidas para as plantas?

Os fitocidas são uma classe de fitoquímicos que incluem uma variedade de compostos polifenois, como flavonoides e ácidos fenólicos. Esses compostos ajudam a deter estressores bióticos (agentes vivos prejudiciais) e  aliviam o estresse abiótico [2].

Uma das notáveis contribuições dos fitoquímicos às plantas é o aumento da adaptabilidade às mudanças ambientais. Eles protegem contra a radiação ultravioleta, micróbios e predadores que as ingerem, além de atuarem como repelentes e eliminadores de espécies reativas ao oxigênio. Em outras palavras, a plasticidade metabólica (adaptação na forma como utiliza energia em resposta a diferentes condições e estímulos) e a diversidade química das plantas são essenciais para o seu sucesso evolutivo.

Além disso, os fitoquímicos têm um papel central na comunicação entre as plantas. Eles facilitam a transmissão de sinais químicos que alertam sobre ameaças em potencial [1]. Esses compostos vegetais protegem as plantas de alterações no ambiente e ataque de patógenos [3].

Portanto, estes compostos conferem às plantas vários atributos importantes. Eles contribuem para a proteção desses seres, auxiliam no seu crescimento e reprodução, além de estarem envolvidos na sinalização e na produção de aleloquímicos (moléculas que influenciam o comportamento de outros organismos) contra a herbivoria [4].

Quais são os benefícios dos fitocidas para saúde?

Os fitocidas não beneficiam tanto as plantas quanto a saúde humana. Quando o ser humano é exposto aos fitoquímicos, seja por meio do consumo de vegetais, da prática de atividades ao ar livre, como o “banho de floresta“, ou pelo uso de óleos essenciais na aromaterapia, ele pode se beneficiar de suas  propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antitumorais e antidepressivas [5, 6, 7, 8]. Dentre os seus benefícios estão:

  • Fortalecimento da função imunológica do ser humano;
  • Melhora da saúde física e mental;
  • Redução do estresse;
  • Proteção contra câncer, diabetes, hipertensão, frequência cardíaca irregular, inflamação, infecções, doenças psicóticas, condições espasmódicas, úlceras e outras doenças crônicas;
  • Promoção da saúde ocular e da pele;
  • Manutenção de um peso saudável.

Banho de floresta e fitocidas

fitocidas
Foto de Patrick Schneider na Unsplash

O banho de floresta, também conhecido como shinrin-yoku, em japonês, é uma prática originária do Japão que envolve a imersão na natureza, especialmente em florestas, para colher os benefícios terapêuticos dos fitocidas. Essa atividade envolve caminhar lentamente, observar a natureza, respirar profundamente e inalar os fitocidas liberados pelas árvores e plantas.

Um estudo desenvolvido na Faculdade de Medicina Nippon, em Tóquio, sugeriu que o banho de floresta aumentaria as atividades de células conhecidas como células NK, responsáveis por defender o organismo contra células cancerígenas e infectadas por patógenos.

Outros estudos indicam que a prática de banho de floresta pode diminuir o estresse, melhorando a função cardiovascular, os índices hemodinâmicos, os marcadores neuroendócrinos, os indicadores metabólicos, a imunidade, os níveis inflamatórios, os parâmetros antioxidantes e as respostas eletrofisiológicas [9].

Além disso, pode melhorar significativamente o estado emocional, a tomada de decisão e os sentimentos em relação às coisas, a recuperação física e psicológica e os comportamentos adaptativos [9]. Também pode reduzir a ansiedade e a depressão [10].

O banho de floresta ainda pode melhorar o humor. Estudos mostraram que os estados de humor negativos (ou seja, confusão, fadiga, hostilidade à raiva e tensão) e os níveis de ansiedade foram significativamente reduzidos após a visitação de florestas. Em contraste, o estado de humor positivo (vigor) melhorou após a visitação.

Finalmente, o banho de floresta pode fortalecer o sistema imunológico [9]. Além disso, seus efeitos auxiliam no controle da pressão arterial e doenças respiratórias. A inalação de ar rico em fitocidas na floresta foi comprovada para reduzir a imunossupressão induzida pelo estresse, normalizar a função imunológica e os níveis de hormônios neuroendócrinos e, assim, restaurar a saúde fisiológica e psicológica [11].

Fitocidas na ecopsicologia

A ecopsicologia é um campo interdisciplinar que investiga a relação entre os seres humanos e o ambiente natural, reconhecendo o impacto positivo que a natureza tem na saúde mental e emocional. Segundo o The International Journal of Ecopsychology, este campo de estudo publica teorias, pesquisas e artigos de aplicação sobre interações/dinâmicas afiliativas de espaços humanos-naturais, abordando criticamente os termos “eco” e “psicologia”.

No contexto dos fitocidas, a ecopsicologia ressalta como a exposição a essas substâncias pode influenciar positivamente a psicologia humana. Estudos indicam que os fitocidas podem reduzir a depressão e diminuir os níveis de cortisol, promovendo um maior equilíbrio emocional, redução da ansiedade e aumento da conexão com o ambiente natural. Essas abordagens complementares para a restauração recíproca de habitats biodiversos e saúde humana estão envolvendo pessoas em soluções baseadas na natureza em todo o mundo.

Portanto, os fitocidas são fundamentais na proteção das plantas, enquanto oferecem uma variedade de benefícios para a saúde humana, desde a promoção do bem-estar físico até a melhoria da saúde mental. A natureza é repleta de mecanismos benéficos aos seres humanos, e o reconhecimento da importância dessas substâncias destaca a necessidade de preservação ambiental e a promoção de práticas que favoreçam a interação harmoniosa entre a humanidade e o meio ambiente, como o ecoturismo.


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