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Excelente para iniciantes, compostagem fria é fácil de fazer

A compostagem fria é o processo em que microrganismos, fungos e bactérias decompõem os resíduos da cozinha e do jardim sem a presença de altas temperaturas. Justamente por não atingirem altas temperaturas, as técnicas de compostagem fria (ou lenta) tendem a levar mais tempo (ao menos quatro ou seis meses) para decompor os resíduos em comparação à compostagem termofílica. 

Porém, a compostagem quente (outro nome dado à compostagem termofílica) exige que sejam tomados cuidados diversos, os quais não são uma exigência da compostagem fria. Dessa forma, além de ter um parâmetro a menos para ser monitorado (a temperatura), a compostagem fria é fácil de começar e requer poucos cuidados com sua manutenção, sendo um tipo de compostagem que pode ser mais facilmente realizada em casa e é ótima para iniciantes.

Esse método também é recomendado para pessoas veganas, pois pode ser classificado como compostagem seca, nome dado à compostagem cujo seus principais agentes de decomposição não são invertebrados.

Compostagem doméstica

A compostagem doméstica é uma forma eficaz de desviar resíduos sólidos urbanos do lixão e do aterro sanitário. Isso porque cerca de 50% destes resíduos são resíduos que podem virar adubo orgânico (1). 

Ao realizar a compostagem em casa, o meio ambiente é positivamente impactado. Isso porque o método evita a emissão de 90% do metano que seria emitido na decomposição anaeróbica (sem a presença de ar) se a matéria orgânica fosse enviada para aterros (2). 

Além disso, com a descentralização da gestão desses resíduos, a vida útil dos aterros aumenta e são economizados recursos públicos e energéticos dispensados na coleta seletiva.  

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Composteira de compostagem fria com horta ao redor. Imagem por Globetrotter19, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons

Quais os fatores que afetam o processo de compostagem?

Sabendo que seus resíduos levarão mais tempo para virarem adubo na compostagem fria, é melhor evitar alguns produtos de origem animal e gorduras de forma geral, pois a decomposição lenta destes tende a emitir mau cheiro e atrair animais. Também devem ser evitadas plantas com doenças ou pragas, pois estas podem contaminar o adubo em produção, já que não há altas temperaturas para eliminá-las.

Além dos resíduos de jardim e dos restos de comida, você pode adicionar como matéria úmida sachês de chá, filtros de café, tecidos que não possuam fibras sintéticas, cabelos e pelos de cachorro.

Com esse tipo de compostagem não é preciso se preocupar tanto com as proporções entre matéria seca e matéria orgânica úmida, mas de forma geral é preferível utilizar mais material seco que material orgânico úmido, pois isto evita que sua pilha de compostagem fique muito úmida e sem oxigenação. Podem ser utilizadas como matéria seca a serragem, as folhas secas e as aparas de grama secas.

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Como construir uma pilha de compostagem?

Como fazer a compostagem fria:

  1. Decida o melhor local e estrutura

    Você deve fazer a compostagem fria em um local sombreado do seu jardim ou quintal. O uso de uma composteira é opcional nessa compostagem, pois você também pode construir uma pilha de compostagem diretamente sobre o solo. Construir uma composteira doméstica serve para manter a pilha de compostagem contida, o que é ideal para quem não possui muito espaço de área externa. Já a pilha de compostagem é a opção mais barata e menos trabalhosa, mas ela tende a ocupar um espaço maior no jardim.

  2. Prepare o espaço de compostagem

    Seja qual for sua escolha, é importante que os primeiros resíduos sejam adicionados sobre uma camada generosa (cerca de dez centímetros) de solo e materiais secos, podendo incluir alguns galhos.

  3. Adicione o “lixo” orgânico

    Acumule uma pequena quantidade de resíduos orgânicos (ao menos dois litros). Você pode reutilizar um pote de sorvete para isso. Coloque um pouco de serragem no fundo do pote, isso irá evitar pedaços de alimento grudados no fundo e o excesso de umidade será absorvido pela serragem.
    Com isso, você pode começar a adicionar seus resíduos, concentrando-os no meio da pilha de compostagem e de forma que essa camada não tenha mais do que dez centímetros de altura. Esses resíduos devem ser cobertos por uma camada de ao menos dez centímetros de altura.

  4. Construa camadas

    Adicione uma camada de resíduos orgânicos uma ou duas vezes por semana, sempre cobrindo com uma camada de material seco. Se em algum momento você tiver grandes quantidades de resíduos, crie mais camadas, mas sempre respeite a altura mínima e máxima que elas devem ter.

  5. Faça a aeração da compostagem

    Conforme os resíduos sólidos orgânicos são degradados, eles tendem a se compactar, reduzindo a quantidade de oxigênio presente no composto em formação. Para garantir a presença de ar, com o auxílio de uma pá, um rastelo ou um garfo forcado de jardinagem, revire a pilha de compostagem a cada duas semanas, antes de adicionar uma nova camada de resíduos.

  6. Umidade auxilia na eficiência

    Se o tempo ficar muito seco por um longo período (algo em torno de dois meses), você irá reparar que os resíduos levam mais tempo para sofrerem a decomposição. Se você não tiver pressa, isso não é um problema.
    Mas se você deseja manter um ritmo regular de decomposição, nesse cenário, você pode regar gentilmente a pilha de compostagem. O composto em formação deve ficar molhado tal qual uma esponja úmida. Não regue excessivamente pois isto reduz a quantidade de oxigênio disponível.

  7. Complete a pilha de compostagem

    Você pode repetir esses processos até completar sua composteira ou até a sua pilha de compostagem se tornar difícil de manejar. Quando isso acontecer, você pode começar uma nova composteira ou pilha de compostagem ou começar a recolher o composto já formado.

  8. Colete o composto pronto

    O tempo que você levará até poder coletar o composto depende da temperatura e umidade do ambiente, mas, de forma geral, costuma ser algo próximo de quatro a seis meses. Após esse período, você deverá reparar que a altura da pilha de compostagem não tem aumentado como no início ou até mesmo tem ficado menor, ainda que você continue fazendo novos aportes de resíduos orgânicos. Isso é um sinal claro da decomposição destes resíduos e de que você pode começar a coletar o adubo produzido.
    A quantidade de composto que você conseguirá coletar depende muito da velocidade de decomposição. Mas se você adicionou cerca de 3,5 litros de resíduos por semana, após seis meses você deve obter cerca de 15 a 19 litros de adubo orgânico.
    Um bom composto deve ter uma coloração marrom escura, ser levemente úmido e ter um cheiro agradável. Você não deve reconhecer nada do que foi adicionado como resíduo, a não ser cascas de ovos ou vegetais ricos em lignina, pois a decomposição desses tipos de resíduos levam mais tempo.

  9. Use o adubo orgânico produzido

    Você pode utilizar o composto orgânico como mulch, adicionando-o por cima do solo de vasos e canteiros. Você também pode misturá-lo à terra para plantar novas sementes e mudas.

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Mulch: O que é, vantagens e desvantagens

Diferentes métodos de compostagem fria

O método acima é a forma mais tradicional de realizar a compostagem fria. No entanto, existem outros métodos de compostagem que não atingem altas temperaturas em seu processo e não se utilizam de invertebrados como seus principais agentes de decomposição. Esses métodos são o bokashi e o Método Lages de Compostagem.

Bokashi

Na compostagem bokashi, os microrganismos eficientes (ME) presentes no que é conhecido por “farelo bokashi” são os responsáveis pela biodegradação dos restos de alimentos. Isto acontece em duas etapas:

  1. Etapa anaeróbia – Sem a presença de oxigênio, os microrganismos realizam a fermentação lática dos resíduos orgânicos. É nesta etapa que é produzido o chamado “chá de bokashi”, que é um excelente biofertilizante para as plantas.
  2. Etapa aeróbia – Após a fermentação outros microrganismos atuam, mas na presença de oxigênio, quando os resíduos são misturados com terra na proporção de ⅓ de resíduos orgânicos para ⅔ de terra.

Esse tipo de compostagem pode ser facilmente feita em casas e apartamentos, usando baldes com tampas e um fundo falso, os quais podem ser confeccionados ou adquiridos. Além disso, a obtenção de adubo é rápida, podendo ocorrer um mês após encher um balde de resíduos.

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Método Lages de Compostagem

Também conhecido como minicompostagem ecológica (MCE), o Método Lages de Compostagem dispensa o uso de composteiras, pois é realizado diretamente sobre o local em que se deseja cultivar alguma planta. 

O método foi desenvolvido no Centro de Ciências Agroveterinárias da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina), na cidade de Lages, pelo doutor em ciências do solo Germano Güttler como uma forma de facilitar e, assim, estimular a prática da compostagem.

Diferente do método tradicional de compostagem fria, a MCE não é feita em camadas de matéria orgânica intercaladas com matéria seca. Os resíduos são adicionados diretamente sobre canteiros, cobertos com matéria seca de granulometria fina, e aerados a partir de “furos” feitos com algum objeto pontiagudo ao menos uma vez por semana. Após cerca de 30 dias já é possível plantar mudas e sementes no local.

Quais são os tipos de compostagem?

Além da compostagem fria, existem diversos tipos de compostagem doméstica para manter os resíduos orgânicos longe dos aterros sanitários e lixões, como a vermicompostagem. Esta pode ser feita em uma composteira Humi.

Se lidar com minhocas não te agrada ou você procura realizar o processo de compostagem de maneira mais prática, existem as composteiras automáticas. Com elas é possível reduzir o volume dos resíduos orgânicos em cerca de 90% e a utilização do adubo produzido é simples: Basta misturá-lo com duas partes de terra.

Você pode adquirir diferentes tecnologias de compostagem assim como acessórios para sua realização na loja eCycle.


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