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Segundo o professor Alexander Turra, isso só não basta, porém, é preciso também implementar medidas que permitam que o ambiente, que já está degradado e poluído, respire

Os oceanos possuem uma biodiversidade gigantesca que provê para a humanidade uma série de recursos e bens dos quais ela é dependente, dos diversos ecossistemas que compõem o ambiente marinho são extraídos de minérios a alimentos que são utilizados pela população. No entanto, a finitude desses recursos e serviços fornecidos pelo mar e o desenvolvimento sustentável da exploração marinha se tornam assuntos cada vez mais importantes de se discutir. 

“Não temos de onde tirar dinheiro para pagar tudo que a natureza dá para a gente”, disse ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição o professor Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico (IO) da USP e coordenador da Cátedra Unesco para a Sustentabilidade do Oceano do IEA da USP. Segundo ele, em 2012, estimou-se que o valor dos bens e serviços fornecidos pelo oceano que utilizamos é de cerca de US$ 145 trilhões. Para efeito de comparação, em 2014, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial foi de cerca de US$ 79 trilhões. 

No plano de políticas públicas, o Brasil possui um plano setorial para os recursos do mar. Esses planos, coordenados pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM), servem de estratégias para exploração desse ambiente. De acordo com Turra, eles permitem a exploração dessa biodiversidade, por exemplo, dentro da perspectiva de produtos biotecnológicos, como moléculas ativas para as indústrias farmacêutica, cosmética e alimentícia.

O professor ressalta a questão da finitude dos recursos e os impactos da exploração deles. “A principal ameaça a todos esses benefícios do ambiente é a própria humanidade”, afirma ele. “Nós temos todos esses benefícios derivados da biodiversidade dos ecossistemas marinhos e, prejudicando esses ambientes, a saúde desses ambientes é prejudicada”, completa. No caso da exploração excessiva e da geração excessiva de resíduos, os impactos diretos afetaram diretamente a disponibilidade desses recursos.

Para Turra, é preciso combater as ameaças ao ambiente marinho e implementar medidas que permitam que o ambiente respire. “O ambiente já está degradado e poluído e ainda no cenário de mudanças climáticas o prejuízo, o efeito negativo na biodiversidade, acaba sendo exacerbado”, conclui ele.


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