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Obesidade é uma doença que acomete boa parte da população brasileira e está relacionada a outras doenças crônicas

Obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura localizada no corpo. As causas podem ser diversas, incluindo genética, problemas hormonais e uso de certos medicamentos.

No entanto, a combinação de alto consumo de calorias e falta de atividade física costuma ser determinante na maior parte das vezes.

Geralmente, o diagnóstico é feito com base no índice de massa corporal (IMC). Esse índice se baseia em um cálculo que avalia se a pessoa está dentro do peso ideal em relação à altura.

De acordo com os parâmetros, valores ideais ficam entre 18,5 e 24,9. De 25 a 29,9, há sobrepeso. Já um IMC acima de 40 determina a obesidade mórbida, segundo o Ministério da Saúde.

A Organização Mundial da Saúde classifica a obesidade como uma das principais causas de mortes evitáveis e um dos problemas de saúde pública mais graves do século 21.

Tipos de obesidade

Sobrepeso

É considerado sobrepeso quando o IMC está apenas um pouco acima do recomendável (até 29,9). Se você se encaixa, começar a praticar exercícios físicos, adotar uma alimentação mais saudável e manter seus exames em dia podem fazer a diferença.

Obesidade

A situação de obesidade ocorre quando o IMC está acima do recomendável (30,0 – 39,9), seja por fatores genéticos, metabólicos, psicológicos ou endócrinos.

Uma pesquisa de 2022 dividiu a obesidade em dois subgrupos metabólicos com suas próprias características. Um desses subtipos é desencadeado epigeneticamente e marcado por maior massa magra e maior gordura, altos sinais inflamatórios e altos níveis de insulina. Já o segundo está associado a altos níveis de inflamação e pode ser desencadeado por chance.

Obesidade mórbida

A situação de obesidade mórbida acontece quando o IMC está muito acima do recomendável (acima de 40) e a pessoa já desenvolveu outros problemas de saúde relacionados a isso. Em alguns casos, a pessoa se torna incapaz de se levantar, o que traz o aparecimento de feridas pelo corpo por causa do repouso extremo.

Obesidade infantil

A obesidade infantil tem as mesmas características da obesidade adulta, mas acomete crianças de até 12 anos.

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Principais causas

Na maioria das vezes, as causas da obesidade podem ser atribuídas a uma combinação de vários fatores. Entre eles, os principais são alimentação inadequada, sedentarismo e fatores genéticos. Outros contribuintes são nível socioeconômico, fatores psicológicos e fatores demográficos. Também entram na lista o nível de escolaridade, desmame precoce, estresse, fumo, exposição involuntária a disruptores endócrinos e abuso de álcool.

A faixa etária entre 55 e 64 anos é a mais atingida pelo excesso de peso ou pela obesidade. Isso porque, nessa idade, as pessoas fazem menos exercícios físicos e o metabolismo fica mais lento. No caso de mulheres, a menopausa também pode influenciar.

Para piorar, o estilo de vida contemporâneo estimula comportamentos que favorecem a obesidade. Pouco movimento, alta exposição a alimentos pouco saudáveis e a correria do dia a dia são um prato cheio para o ganho de peso. Afinal, se você tem pouco tempo, é muito mais fácil apostar num fast-food do que preparar as próprias refeições.

Vale notar que o estresse e a ansiedade também contribuem para o aumento de peso. É muito comum que pessoas sob essas condições apresentem um comportamento compulsivo em relação à comida. Problemas hormonais também podem levar à obesidade, como é o caso do hipotireoidismo.

A obesidade também está ligada a fatores hereditários. Um estudo apontou que uma criança filha de pais não obesos tem 10% de chance de se tornar obesa. Se um dos pais for obeso a chance sobe para 40%. Já se ambos os pais tiverem o problema, a chance é de 80%.

Problemas de saúde associados

O excesso de peso, ou a obesidade, podem acarretar outros diversos problemas de saúde, como insuficiência cardíaca, diabetes, disfunções pulmonares, doenças cardiovasculares, pressão alta, dificuldades respiratórias, apneia do sono e até alguns tipos de câncer.

Um estudo mostrou que a obesidade é um fator de risco para vários tipos de câncer, e seu aumento nas últimas décadas contribuiu para um aumento nas taxas de câncer de mama, que é maior em mulheres negras do que em brancas.

Ainda não está claro se a obesidade ocorre por conta dos problemas psicológicos ou o contrário, mas observa-se uma relação entre esses dois tipos de problemas. Ansiedade, depressão, transtorno bipolar, distimia e, principalmente, baixa autoestima são problemas recorrentes.

Além disso, um estudo de 2021 mostrou que a obesidade aumenta o risco de problemas na gengiva ao estimular o crescimento de células destruidoras de ossos. Outro estudo aponta a relação entre a obesidade e a disfunção do endotélio em pessoas que contraem o COVID-19.

Um experimento investigou a ligação entre o consumo de adoçantes durante a gravidez e o risco de obesidade de uma criança. Ratas grávidas alimentadas com estévia ou aspartame deram à luz filhotes com maior risco de obesidade e alterações específicas em seu microbioma intestinal. Os resultados destacam a importância da nutrição materna durante a gravidez. 

Outro estudo sugere que a obesidade aumenta o envelhecimento celular.  Esse processo define um estado celular em que as células param de se dividir permanentemente, mas não morrem. As células envelhecidas secretam fatores pró-inflamatórios tóxicos que contribuem para redução da imunidade, o que facilita o desenvolvimento de muitas doenças.

Uma análise publicada na revista Clinical Endocrinology & Metabolism da Endocrine Society indicou que a obesidade pode afetar negativamente a função renal em pessoas com diabetes tipo 2, particularmente mulheres.

Tratamentos e prevenção

Como a principal causa da obesidade é o consumo excessivo de calorias combinado com o gasto menor que o necessário, o tratamento mais usado e recomendável é a adoção de um estilo de vida mais saudável.

Sem dúvidas, investir em uma dieta balanceada em conjunto com uma rotina de exercícios é fundamental. Se feita de forma correta, essa mudança não apenas ajuda na perda de peso, como garante que o quadro seja revertido e se estabilize mais facilmente.

Se o problema for mais grave, como em boa parte dos casos de obesidade mórbida, o uso de medicamentos também passa a fazer parte do tratamento. No entanto, o suporte medicamentoso não dispensa a reeducação alimentar e a atividade física.

Vale lembrar que o medicamento jamais deve ser usado sem prescrição, porque, além de não ser eficaz sozinho, pode causar sintomas adversos e dependência.

Quando é preciso recorrer à cirurgia bariátrica?

A gastroplastia, popularmente conhecida como cirurgia bariátrica, também é empregada no tratamento da obesidade mórbida. Ela é indicada nos casos em que o paciente não obteve sucesso por meio de outros tratamentos e já sofre com outros problemas relacionados à obesidade.

Como é um processo cirúrgico, cada caso deve ser avaliado individualmente e todos os pacientes devem se submeter a alguns exames e até a uma avaliação psicológica antes de fazerem a cirurgia. Esse tipo de processo é muito complexo e está sujeito a complicações.

A intervenção exige uma mudança nos hábitos alimentares. Para isso, os pacientes devem ter acompanhamento de um nutricionista por um longo tempo após a cirurgia, mesmo porque ela pode resultar na deficiência de algumas vitaminas.

A forma mais eficaz de se evitar a obesidade é mantendo uma alimentação rica em fibras, dando preferências a frutas, vegetais e reduzindo a carne, principalmente as processadas.

Evitar bebidas alcoólicas e comidas ricas em carboidratos simples, como pão e arroz branco, é essencial. Fuja também das gordura trans, glúten e açúcar.


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