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Essencial para a manutenção da vida, clorofila traz benefícios se incluída na dieta

O que é clorofila

O termo clorofila foi cunhado em 1818 pelos cientistas franceses Pelletier e Caventou. Os químicos notaram que, ao colocar folhas em álcool, uma substância verde era extraída das plantas. O nome vem do grego chloros (verde) e phyllon (folha). A palavra se refere a um grupo de pigmentos fotossintéticos produzidos nos cloroplastos (estrutura responsável pelo processo de fotossíntese) e outros tecidos vegetais.

Esses pigmentos naturais são fotorreceptores, ou seja, responsáveis pela absorção da luz. Essa luz absorvida é utilizada em reações fotoquímicas, em que as plantas captam a luz solar e a convertem em energia.

A clorofila possui um íon de magnésio em seu centro e um grupo hidrocarbônico lateral, o fitol. O magnésio é um íon metálico e por essa razão a clorofila é denominada como metalobiomolécula, assim como a hemoglobina. A estrutura molecular da clorofila é muito semelhante à da hemoglobina, só que ela possui ferro em seu núcleo e a clorofila possui o magnésio. Por esse motivo, a clorofila muitas vezes é chamada de “sangue verde”.

Ela é essencial para a vitalidade na biosfera, ajudando as plantas a crescerem e, assim, a sustentarem a vida na Terra. Ela torna possível que as plantas sintetizem o próprio alimento e sejam a base de toda a cadeia alimentar. Diversos estudos associam a ingestão de frutos e vegetais a um menor risco de desenvolvimento de doenças e alguns estudos analisam especificamente o potencial da clorofila no corpo humano. Ela pode trazer diversos benefícios para nossa saúde e por isso é importante a ingestão de alimentos ricos em clorofila para que possamos aproveitar seus fitonutrientes.

Os diferentes tipos

As plantas têm diferentes colorações devido à presença de outros pigmentos em conjunto com a clorofila, como os carotenóides (corresponde às cores vermelha, alaranjada ou amarela). Em associação com a clorofila, os outros pigmentos, chamados de pigmentos acessórios, formam fotossistemas. Esses pigmentos acessórios captam a energia luminosa em faixas diferentes de luz e funcionam como “antenas’.

Existem quatro tipos de clorofila, denominadas de: A, B, C e D.

A clorofila A é o tipo mais numeroso, encontrado em quase todos os organismos que realizam fotossíntese. Esse tipo corresponde a cerca de 75% de todos os pigmentos verdes encontrados.

A concentração de clorofila B é maior em plantas sombreadas, pois esse tipo aumenta os comprimentos de onda de luz que a planta consegue captar. A clorofila B pode ser encontrada em plantas, algas verdes e euglenófitas (algas unicelulares). As clorofilas A e B são muito similares em sua composição e encontram-se na terra na proporção de 3:1, respectivamente.

Já a clorofila C é presente em alguns grupos como diatomáceas, dinoflagelados e algas pardas. O último tipo, a clorofila D é presente em algas vermelhas. Os tipos de clorofila captam a luz com mais eficiência em diferente faixas do espectro da luz visível.

A maioria das folhas muda de cor durante o inverno e isso acontece pela diminuição na quantidade de clorofila. Os pigmentos acessórios não variam significativamente e, por isso, suas cores passam a ser vistas, tornando as folhas geralmente amareladas.

Alimentação

A clorofila faz parte de nossa dieta sempre que ingerimos vegetais, especialmente os verdes. Como regra usual, quanto mais verdinha a planta for, mais ela contém clorofila. Por isso, sinta-se livre para abusar de ervas e vegetais verdes como couve, espinafre, acelga, brócolis, salsa, agrião e rúcula, além de spirulina ou chlorella, que possuem altas concentrações de clorofila.

O processo de cozimento ou desidratação causa mudanças químicas na estrutura da clorofila. Sopas instantâneas, condimentos ou alimentos secos possuem menor quantidade da substância. Com o aumento da temperatura empregada, a concentração de clorofila diminui e concomitantemente aumenta a quantidade de feofitinas. É assim que o pH natural do vegetal diminui e a cor verde escura da clorofila dá lugar para a cor verde amarelada das feofitinas. Para evitar esse processo, e manter a cor escura dos vegetais, você pode cozinhá-los rapidamente ou acrescentar bicarbonado de sódio durante sua preparação.

A alga unicelular de água doce chlorella e a cianobactéria spirulina são muito ricas em clorofila e são verdadeiros tesouros de micronutrientes. Dez gramas de uma chlorella contêm cerca de 280 mg de clorofila, e a mesma quantidade de spirulina conta com cerca de 115 mg. O suplemento de chlorella é o número um em vendas de suplemento alimentar no Japão.

Existem diversos tipos de suplementos que prometem oferecer os benefícios da clorofila em formato de cápsulas, tabletes e clorofilina líquida concentrada. A clorofilina líquida é muito utilizada diluída em sucos diversos.

O suco de clorofila é muito popular e você provavelmente já viu para vender nas casas de suco do seu bairro. Ele é riquíssimo em fibras e por isso oferece saciedade, auxiliando em dietas. As fibras causam uma melhoria dos níveis de glicemia e do perfil lipídico no sangue. Uma alimentação rica em fibras ajuda no combate à diabetes e no controle do colesterol alto. O suco ainda auxilia na digestão e no trânsito intestinal.

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Além disso, as folhas utilizadas para a preparação do suco contêm uma grande variedade de enzimas, carotenoides, vitaminas como o ácido fólico e minerais. Uma delas é a vitamina A, que melhora o sistema imunológico e atua na saúde dos ossos, músculos, pele, mucosa e visão.

Outra bebida popular muito rica em clorofila é o matcha. A bebida é servida em cerimônias do chá e ganhou popularidade por sua ação termogênica e emagrecedora. O chá acelera o metabolismo e tem uma habilidade diurética grande, auxiliando na perda de peso.

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As folhas de Camellia sinensis que são usadas no matcha são escolhidas a dedo, secas e moídas num moinho de pedra que gira muito lentamente. Esse processo gera um pó muito fino e com grande concentração de clorofila.

Benefícios para a saúde

A clorofila é uma boa fonte de nutrientes antioxidantes, como vitaminas A, C e E. Esses nutrientes ajudam a neutralizar os radicais livres no corpo – essas partículas podem causar danos para as células saudáveis. A substância verde aumenta a oxigenação e entrega de nutrientes para nossas células.

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Estudos associam a ingestão de clorofila com o aumento da produção de hemoglobina, sendo indicada no tratamento de anemia crônica. Outros benefícios à saúde associados à clorofila incluem a melhoria do odor corporal, tratamento para condições anti-inflamatórias e, devido ao seu teor de magnésio, alívio de nervosismo e controle da pressão arterial.

Nas utilizações da clorofila estão as de corantes naturais e antioxidantes. A clorofilina cúprica é um derivado sintético da clorofila, que é comumente utilizada como aditivo nos alimentos, conferindo a coloração verde. Além desse uso, o corante vem sendo empregado em produtos farmacêuticos e suplementos alimentares. Na medicina alternativa, é utilizada como cicatrizante, desodorizante e outros. Os efeitos biológicos desse corante têm sido estudados e as pesquisas demonstram fatores antimutagênico, anticarcinogênico, antioxidante e radioprotetor.

Segundo um estudo da American Chemical Society, a clorofila tem efeitos anti-inflamatórios e antioxidativos, pois tem a capacidade de melhorar a habilidade de linfócitos humanos em resistir o dano oxidativo induzido por água. Dessa forma, seria capaz de prevenir o processo da aterosclerose e de doenças crônicas não transmissíveis.

A clorofila contribui para a ingestão de nossa necessidade diária de magnésio, que é essencial para o nosso corpo e sua deficiência pode gerar sérias complicações.

Pesquisas demonstraram que a clorofilina reduz a biodisponibilidade (porcentual de aproveitamento do organismo de alguma substância) de químicos cancerígenos. Outra pesquisa, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), aponta a clorofilina como antiviral e inibidora da multiplicação de poliovírus, o vírus da poliomelite.

Uma publicação da Universidade de Oxford demonstra os efeitos benéficos à saúde das clorofilas por suas propriedades antimutagênicas e antigenotóxicas. Nela, a clorofila está descrita como quimiopreventiva por desativar possíveis carcinógenos no trato digestivo e impedir sua absorção. Além disso, o estudo aponta que a clorofila pode inibir a progressão de tumores. Outro estudo da Universidade de Oxford demonstrou que clorofilas, clorofilinas e porfirinas são indutores de genes citoprotetores de fase 2, que são responsáveis por proteger as células contra danos oxidativos, bem como do início e progressão do câncer.


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