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Hinduísmo é considerada a religião mais antiga do mundo, tendo mais de 4 mil anos de existência

O hinduísmo, ou Sanatana Dharma em sânscrito (caminho espiritual eterno), é a religião mais antiga do mundo, com o início de suas práticas datando mais de 4 mil anos atrás. Os ensinamentos do hinduísmo pregam a existência de uma entidade superior, um Deus maior, que possui diversas manifestações — deuses e deusas diferentes. Atualmente, ela é a terceira maior religião do mundo, atrás do cristianismo e do islamismo.

O hinduísmo é popular em países como: Índia, Nepal, Bangladesh, Sri Lanka, Paquistão, Malásia, Singapura, Ilhas Maurício, Fiji, Suriname, Guiana, Trinidad e Tobago.

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Qual é o deus do hinduísmo?

Grande parte dos praticantes do hinduísmo defende que para a religião há um único deus, que faz parte de tudo que existe. Ou seja, a natureza de um ser vivo vai além de seu corpo e sua mente, ele também é um espírito, que complementa uma força, um deus  maior. 

Por fim, as manifestações mais famosas do criador do universo, no hinduísmo, são:

Brahma: a divindade suprema, responsável pela criação do Universo e todos os seres vivos;

Vishnu: responsável por preservar e proteger o universo;

Shiva: deus supremo que destrói o Universo para poder construí-lo;

Devi: a deusa que luta pela restauração do caminho espiritual eterno (dharma);

Krishna: o deus da compaixão, do carinho e do amor;

Lakshmi: deusa da saúde e da pureza;

Saraswati: deusa do aprendizado;

Ganesha: deus da sabedoria e da fortuna.

Quais são as principais crenças do hinduísmo?

Para o hinduísmo, o objetivo dos seres na Terra é reencarnar diversas vezes até se tornarem dignos de se juntarem ao espírito da grande divindade. A forma do ser humano conseguir isso é por meio da pregação da união e da igualdade entre si mesmo e os outros. Desta forma, o indivíduo deve valorizar a verdade, a gentileza, a equidade, empatia e a generosidade.

Devido à presença da divindade maior em todos os seres vivos, o hinduísmo enxerga o Universo como uma grande família. Os ensinamentos de união e igualdade também abriram portas para que o hinduísmo entendesse qualquer tipo de religião como um caminho para a divindade.

Logo, a divindade soberana do mundo se manifesta de diversas formas e pode ser adorada de diferentes maneiras. Além disso, essa força maior se comunica com cada indivíduo de forma única, permitindo que ele experiencie e acredite no divino do seu jeito singular.   

Quais são as principais características do hinduísmo?

Por defender diferentes ideias religiosas, o hinduísmo muitas vezes é dito como um estilo de vida ou uma “família de religiões”. Um dos principais conceitos dessa crença é a filosofia do “atman”, ou a defesa de que todos os seres vivos têm alma. 

Sendo assim, todos devem buscar a salvação, ou “moksha”, que é encontrada no fim do ciclo de reencarnação, onde o ser se junta a alma absoluta (Deus). Outro ponto importante, que vai determinar a salvação do indivíduo, são suas ações. A natureza das atitudes de um ser é responsável por ditar o futuro de sua vida atual e de suas próximas jornadas.

Por considerar todos os seres vivos como iguais, a maioria dos hindus adota um estilo de vida vegetariano, semelhante ao conceito de veganismo. A vaca e o boi são dois animais super importantes para o hinduísmo, e por isso, a religião prega a abstenção  de uma alimentação à base da carne desses animais. 

Monges tailandeses constroem complexo religioso com garrafas de cerveja

Reencarnação 

No hinduísmo, o conceito de reencarnação surgiu com o questionamento do porquê algumas pessoas sofrem mais do que as outras. A resposta que a religião encontrou para isso era de que toda a espécie humana já teve uma experiência de vida passada, e o tanto de sofrimento que ela enfrenta em sua vida atual demonstra o karma que é preciso pagar. 

Desta maneira, o ciclo de reencarnação consiste na pessoa voltar várias vezes a vida na Terra até que ela pague por todos os seus erros e possa se juntar a divindade da alma absoluta.

Maya

O conceito de Maya, que significa ilusão, se refere ao modo como o ser humano vê o mundo. Para o hinduísmo, as pessoas não veem o mundo de maneira correta, pois se pudessem enxergariam apenas deus. Como sua visão os engana, tudo que os seres vivos encontram é um mundo complexo criado pela divindade maior. 

A melhor forma para enxergar o mundo como ele é de verdade é trazendo à luz da espiritualidade para a sua jornada. Segundo os ensinamentos hindus, quando isso é alcançado, não restam desejos na mente e o impulso de reencarnar cessa.

Mahatma Gandhi

O ativista, e figura política, Mahatma Gandhi, nascido no século XIX, foi um dos defensores do hinduísmo e aquele que levou o movimento da independência da Índia para frente. Ele pregava pela libertação do país das garras do governo britânico, que buscava converter a população do hinduísmo para o cristinianismo. Mahatma defendia a paz sobre a violência e acreditava que podia alcançar o objetivo com igualdade e amor. 

Sistema de castas 

Dharma é o código de comportamento que dita o lugar de um indivíduo na sociedade e as funções que ele deve exercer. O dharma também leva em consideração o karma da vida anterior de uma pessoa e quando combinados eles determinam as castas que formam o sistema de uma sociedade hindu.

Religiosos e estudiosos acreditam que o sistema de castas surgiu a mais de 3 mil anos atrás, próximo ao início da prática do hinduísmo. As principais castas que formam a sociedade indiana são:

  1. Brahmin: os intelectuais e os líderes espirituais; 
  2. Kshatriyas: protetores e servidores públicos;
  3. Vaisyas: os produtores habilidosos;
  4. Sudras: trabalhadores sem habilidades. 

Além dessas categorias, existem outras subcastas, como a dos “intocáveis”, cidadãos que são considerados do mais baixo nível da hierarquia de castas. Apesar do sistema ainda existir, ele não é tão valorizado como antes e já que a descriminação motivada pela casta social foi banida desde que a Índia se tornou independente. 

Símbolos

Existem diversos símbolos no hinduísmo, mas os dois principais são a suástica e o “Om”. A suástica, dentro do hinduísmo, significa “boa sorte” e “ser feliz”. Porém, durante a Segunda Guerra Mundial, a versão virada à diagonal deste símbolo se tornou sinônimo do movimento nazista, o que acabou afetando a imagem que as pessoas tinham de seu significado.

A outra figura importante para o hinduísmo é o “OM”, composto por três letras do Sanskrit (uma das linguagens faladas na Índia), ele representa três sons diferentes (a,u e m). Quando esses sons são combinados eles formam uma sonoridade sagrada usada em rituais hindus.

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Quem é o criador do hinduísmo?

Não se sabe ao certo o que criou o hinduísmo. Alguns estudiosos defendem que não se trata de uma religião fundada por uma pessoa só, mas uma cultura que surgiu com a relação de diversos povos. 

Tudo que se sabe sobre o hinduísmo antigo está escrito nos Vedas, textos sagrados que ensinam os preceitos da religião. Diferente da maior parte das crenças, o hinduísmo não tem um livro sagrado. Na verdade, por muito tempo os ensinamentos do Sanatana Dharma eram passados de geração para geração por meio de estudiosos e seus aprendizes. 

Mesmo sendo os textos mais antigos do hinduísmo, os vedas não são os únicos. Ao todo, existem duas categorias de escrituras hindu: o Shruti e o Smriti. 

Shruti: significa “cabeça” e inclui tudo o que o hinduísmo entende como verdade eterna e natural. Dentro dessa categoria se encontram os Vedas e os Upanishads. 

Smriti: se traduz como “memória”, serve para facilitar o entendimento do shruti e interpretar a mudança de circunstâncias de acordo com o tempo (kala), região (desha) e personalidade (guna). Inclui a Ayurveda, Dhanurveda, Gandharvaveda e Arthashastra. 

Hinduísmo e budismo

O budismo surgiu de dentro do hinduísmo, tendo crenças bem semelhantes, como o karma, a reencarnação e o caminho para a salvação. No entanto eles diferem devido à aversão do budismo ao sistema de castas.


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