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Acordo de Paris é um tratado internacional que visa combater as mudanças climáticas causadas pelo ser humano

O Acordo de Paris é um tratado internacional contra as mudanças climáticas causadas pelo ser humano. Seu principal objetivo consiste em combater o aumento da temperatura terrestre provocada pelo aquecimento global. Na prática, significa impedir o aumento de 2 ºC na temperatura global em relação à era pré-industrial. O Acordo de Paris também estimula a criação de mecanismos para diminuir o impacto das mudanças climáticas e a substituição de fontes emissoras de gases do efeito estufa.

O Acordo de Paris pode ser considerado o principal compromisso assumido para frear o aquecimento global no mundo, já que poucos países cumpriram as metas estabelecidas no documento predecessor, o Protocolo de Kyoto.

O Acordo de Paris foi firmado no dia 12 de dezembro de 2015 durante a 21ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 21) em Paris, capital da França. No entanto, as propostas estabelecidas pelo documento só entraram em vigor no dia 4 de novembro de 2016, quando 55% dos países emissores de gases do efeito estufa ratificaram-o.

O que são mudanças climáticas?

Mudanças climáticas são as variações climáticas na temperatura, precipitação e nebulosidade em escala global. Elas podem ser causadas por fatores naturais, como as alterações na radiação solar ou movimentos da órbita da Terra. Porém, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) afirma que existem estudos científicos que comprovam que o aumento da temperatura no planeta está sendo provocado pela ação humana ao longo dos últimos 250 anos.

As mudanças climáticas já apresentam efeitos ambientais observáveis. Geleiras encolheram, gelos em rios e lagos quebram mais cedo, variedades de plantas e animais mudaram e árvores passaram a florescer mais cedo. Cientistas previram efeitos que seriam resultantes das mudanças climáticas no mundo e que agora estão acontecendo, tais como a perda do gelo nos oceanos, aumento acelerado do nível do mar, e ondas de frio e calor mais intensas.

Os cientistas acreditam também que as temperaturas globais continuarão a aumentar nas próximas décadas, em grande parte devido aos gases do efeito estufa produzidos por atividades humanas. O IPCC, que inclui mais de 1.300 cientistas dos Estados Unidos e outros países, prevê um aumento de temperatura de 2,5 °C a 10 °C durante o próximo século.

De acordo com essa mesma instituição, os efeitos das alterações climáticas serão diferentes para cada região, dependendo da capacidade de cada sistema social e ambiental para mitigar ou se adaptar às mudanças. Nesse contexto, ambientalistas e estudiosos procuram maneiras de combater essas alterações, sendo o Acordo de Paris a principal delas.

Quantos países assinaram o Acordo de Paris?

196 países assinaram o Acordo de Paris em 2015. No entanto, os Estados Unidos saíram do Acordo durante o governo do ex-presidente Donald Trump. Em 2021, o país voltou a seguir o tratado.

No primeiro dia de mandato, o novo presidente dos Estados Unidos resgatou o Acordo de Paris. Isso significa que uma das maiores economias do mundo, e um dos principais emissores de gases do efeito estufa voltou a ter compromisso com a agenda ambiental. Joe Biden se comprometeu a zerar a emissão de gás carbônico para a produção de energia elétrica até 2050.

Como é decidido o que cada país do Acordo de Paris deve fazer?

O Acordo de Paris não estabeleceu metas específicas para cada país signatário. Em vez disso, eles criaram suas próprias Contribuições Nacionais Determinadas (NDC, na sigla em inglês), ou seja, compromissos para colaborar com a meta global de redução de emissões de gases do efeito estufa.

Cada país teve cinco anos para apresentar suas Contribuições Nacionais Determinadas. No final de 2020, os países que assinaram o Acordo de Paris apresentaram as suas próprias metas. Vale ressaltar que as Contribuições Nacionais Determinadas não são relativas ao período industrial, mas a um ano anterior ao Acordo.

O Acordo de Paris estipulou a organização de um mecanismo de revisão dos compromissos voluntários dos países, de cinco em cinco anos, devendo apresentar avanços no que diz respeito a suas Contribuições Nacionalmente Determinadas, expõe a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), instituição alemã para o desenvolvimento sustentável à frente de um programa para acompanhar as evoluções do tratado.

Contribuições Nacionalmente Determinadas do Brasil

A principal Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil é reduzir as suas emissões de gases do efeito estufa em 37% até 2025 e em 43% até 2030. Além disso, outras Contribuições Nacionalmente Determinadas são:

  • Reduzir o desmatamento;
  • Usar energias limpas nas indústrias;
  • Melhorar a infraestrutura dos transportes;
  • Intensificar o uso de fontes alternativas de energia;
  • Reflorestar até 12 milhões de hectares;
  • Aumentar a participação de bioenergias na matriz energética brasileira para 18% até 2030;

Países que causam mais impacto no Acordo de Paris

Ainda segundo a GIZ, o G20 representa 78% das emissões mundiais de gás carbônico. Os países do G20 são: Brasil, Argentina, Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Coreia do Sul, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados e União Europeia. Juntos, eles compreendem 80% da economia global. Os principais emissores desse gás na atmosfera são China, União Europeia, Índia e Estados Unidos, que formam 55% das emissões na última década.

Importância do Acordo de Paris

As alterações ambientais provocadas pela ação humana afligem o mundo inteiro. A emissão de poluentes atmosféricos tem causado a intensificação do efeito estufa e, consequentemente, do aquecimento global. Essa emissão acontece em decorrência da queima de combustíveis fósseis para uso industrial, transporte urbano e geração de energia elétrica.

Esse cenário tem sido palco de diversos debates, acordos, tratados e metas. A maioria das alterações ambientais causadas pela ação humana associa-se ao período industrial e profundo desenvolvimento tecnológico. A Revolução Industrial provocou o aumento da produção, intensificando ainda mais o uso de combustíveis fósseis, bem como acelerou o processo de urbanização e o consumo exacerbado. Os impactos ambientais gerados pelo processo industrial compreendem uma realidade antiga, ao passo que a conscientização a respeito das mudanças climáticas é recente.

O planeta marca um aumento acelerado da temperatura desde a introdução do modelo de produção industrial. A ideia do Acordo de Paris é impedir que a temperatura terrestre aumente até 2 °C em relação à temperatura global antes da indústria. O aumento, em relação à temperatura pré-industrial, já é de 1 ºC.

Como combater as mudanças climáticas: lista de 100 maneiras práticas

O projeto Drawdown também é uma iniciativa que busca soluções climáticas e ambientais para enfrentar a emergência ecológica. A ideia foi desenvolvida por Paul Hawken e Amanda Ravenhill para descobrir as soluções mais significativas para impedir as mudanças climáticas e comunicá-las ao mundo. São 100 maneiras práticas reunidas em um livro de mesmo nome, Drawdown, e parte delas também estão listadas no site.

Em vídeo, um dos participantes, Chad Frischmann, aponta uma lista com as principais soluções para combater as mudanças climáticas:


Fontes: Acordo de Paris e Acordo de Paris: reflexões e desafios para o regime internacional de mudanças climáticas


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