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Artigo em coautoria de doutorando da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto explica o papel protetor da citocina IL-12 contra a doença de pele

Por Sebastião Moura em Jornal da USP – Experimentos em camundongos de laboratório realizados na Universidade de Zurique (UZH), Suíça, demonstraram que a citocina (proteína que modula a função de células) IL-12 tem um papel protetor na psoríase, doença dermatológica autoimune. Esse é o primeiro estudo que demonstra o mecanismo pelo qual a citocina IL-12 exerce um papel benéfico na doença, informação importante para orientar a prática clínica e entender a eficácia de diferentes medicamentos contra a doença.

Por muito tempo acreditou-se que a IL-12 tinha um efeito pró-inflamatório na psoríase, pois apresenta na sua estrutura uma proteína chamada p40, que tem sido alvo farmacológico com elevado sucesso terapêutico em pacientes com psoríase. Porém, estudos mais recentes demonstram que, na verdade, esse efeito se deve ao bloqueio de outra citocina, a IL-23, que compartilha essa mesma subunidade estrutural. O bloqueio farmacológico específico da IL-23 tem um efeito terapêutico superior ao bloqueio da subunidade compartilhada pelas duas citocinas.

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Além disso, estudos em modelos experimentais de psoríase demonstraram que o bloqueio específico da IL-12 exacerba a inflamação de pele, demonstrando que essa citocina, na verdade, desempenha um papel protetor na doença.

Esse novo estudo, descrito no artigo IL-12 regulates type 3 immunity through interfollicular keratinocytes in psoriasiform inflammation, publicado na revista científica Science Immunology e de coautoria do pesquisador Bruno Marcel Silva de Melo, mestre em Imunologia pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, explica o papel positivo da IL-12 durante a doença.

O teste consistiu em duas partes. A primeira foi localizar as regiões do organismo com maior presença de receptores da IL-12. Essa análise apontou aos pesquisadores dois subgrupos de células: as gama delta e os queratinócitos. Em seguida, eles usaram tecnologias de edição gênica para deletar especificamente o receptor da IL-12 nas células gama delta de um grupo de ratos de laboratórios e nos queratinócitos de outro grupo.

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Os camundongos deficientes para o receptor de IL-12 nos queratinócitos apresentaram uma maior resposta inflamatória na pele, comparados aos animais deficientes para o mesmo receptor nas célulasgama delta ou nos animais controle, demonstrando que a IL-12 exerce um papel protetor na psoríase através dos queratinócitos, explica Silva de Melo, que participou dos experimentos como parte de seu doutorado-sanduíche na Universidade de Zurique (UZH), na Suíça, orientado pelos professores José Carlos Farias Alves Filho, da FMRP, e Burkhard Becher, da UZH.

A pesquisa contou com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, da Fundação Nacional de Ciência da Suíça, da Rede Suíça de Saúde Personalizada, do Centro Bern de Medicina de Precisão e da Universidade de Zurique.


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