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“Hidrogênio cinza” é um termo que se refere ao hidrogênio obtido a partir da queima de combustíveis fósseis, principalmente gás natural

“Hidrogênio cinza” é um termo que se refere ao hidrogênio obtido a partir da queima de combustíveis fósseis, principalmente gás natural. De modo geral, a conversão de gás natural em hidrogênio ocorre em um processo chamado de reforma a vapor, ou Steam Methane Reforming (SMR), em inglês. A reforma a vapor é responsável por liberar grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera, gás que intensifica o aquecimento global e, consequentemente, as mudanças climáticas.  

O que é hidrogênio?

O hidrogênio é o elemento químico de menor massa atômica (1 u) e menor número atômico (Z=1) entre todos os elementos conhecidos até hoje. Apesar de estar posicionado no primeiro período da família IA (metais alcalinos) da Tabela Periódica, o hidrogênio não apresenta características físicas e químicas semelhantes aos elementos dessa família e, por isso, não faz parte dela. De modo geral, o hidrogênio é o elemento mais abundante de todo o universo e o quarto elemento mais abundante no planeta Terra.

O hidrogênio apresenta características únicas, ou seja, ele não se assemelha a nenhum outro elemento químico conhecido pelo ser humano. Comumente, o hidrogênio participa da composição de diversos tipos de substâncias orgânicas e inorgânicas, como o metano e a água. Quando não faz parte de substâncias químicas, ele é encontrado exclusivamente na forma gasosa, cuja fórmula é H2.

No seu estado natural e sob condições normais, o hidrogênio é um gás incolor, inodoro e insípido. É uma molécula com grande capacidade de armazenar energia e por esse motivo sua utilização como fonte renovável de energia elétrica e térmica vem sendo amplamente pesquisada.

Produção do hidrogênio cinza

Como dito anteriormente, o hidrogênio cinza é produzido a partir da queima de gás natural em uma reação conhecida como reforma a vapor. O processo envolve a reação do metano, contido no gás natural, e do vapor de água em alta pressão e temperatura (em torno de 1000 °C).

A reforma a vapor consome muita energia e emite uma grande quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. 

De acordo com um estudo, a produção de uma tonelada de hidrogênio cinza libera cerca de dez toneladas de dióxido de carbono na atmosfera. Além disso, pesquisas mostram que esse tipo de hidrogênio é o mais dominante no mercado mundial. A cada ano, 80 milhões de toneladas de hidrogênio cinza são produzidas, cuja principal aplicação é o setor de química industrial.

Mais de 80% da produção mundial de hidrogênio cinza é utilizada para sintetizar amônia e seus derivados (para agricultura) ou para realizar operações de refino de petróleo. Os Estados Unidos e a China são os dois maiores fornecedores mundiais de hidrogênio cinza, muito à frente de países como a França, por exemplo.

Desvantagens do hidrogênio cinza

Hidrogênio cinza
Imagem de Thomas Millot no Unsplash

A produção de hidrogênio cinza pode causar graves danos ao meio ambiente e à saúde humana. Ela está relacionada a diversos problemas respiratórios causados pela emissão de poluentes atmosféricos, como o dióxido de carbono. 

A alta concentração de dióxido de carbono leva à poluição do ar, formação de chuva ácida e desequilíbrio do efeito estufa (com consequente elevação da temperatura da Terra), que traz consigo o derretimento de calotas de gelo e a elevação dos níveis oceânicos, resultando em uma grande degradação ambiental de ecossistemas e paisagens.

Segundo um estudo da Faculdade de Medicina da USP, a convivência do ser humano com a poluição implica em efeitos para a saúde, como alterações clínicas na população, ou seja, aparecimento de doenças respiratórias e cardiovasculares, principalmente em idosos, crianças e pessoas com problemas respiratórios. Entre os sintomas e consequências estão maior incidência de asma e bronquite, aumento das crises de asma e dor precordial (desconforto torácico), limitação funcional, maior utilização de medicamentos, aumento do número de consultas em pronto-socorro e internações hospitalares, além de um grande prejuízo para a economia por conta dos gastos com saúde pública.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estimou que as pessoas, em seus 34 países-membros, estariam dispostas a pagar US $1,7 trilhão para evitar mortes causadas pela poluição do ar.


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