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Entenda os impactos na saúde do deserto alimentar e possíveis soluções

Um deserto alimentar é classificado como uma região geográfica em que seus habitantes possuem acesso limitado a alimentos saudáveis, nutritivos e baratos. Esse fenômeno é resultante, na maioria das vezes, da acessibilidade física dificultada ou da falta de renda proporcionada aos moradores. 

As pesquisas sobre as formações de desertos alimentares foram impulsionadas a partir do interesse na redução da obesidade ou de doenças relacionadas à dieta. O termo apareceu pela primeira vez em 1995 em um documento de um grupo de trabalho da Força-Tarefa de Nutrição do governo escocês e, desde então, é utilizado na formação de políticas públicas e outros projetos que impulsionam a alimentação saudável.

Porém, foi o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), que determinou as características usadas para definir um deserto alimentar

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Características de um deserto alimentar

O USDA define uma comunidade como um deserto alimentar se:

  • A área possui uma taxa de pobreza de pelo menos 20%;
  • Em áreas urbanas, pelo menos 33% da população mora a mais de 1,6 quilômetros do supermercado mais próximo; 
  • Em áreas rurais, pelo menos 33% da população mora a mais de 16 quilômetros do supermercado mais próximo. 

Os desertos alimentares podem ocorrer tanto em zonas rurais quanto em zonas urbanas. Porém, nos Estados Unidos, 82% dessas regiões estão em áreas urbanas.

Acesse o Mapeamento dos Desertos Alimentares da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (CAISAN). 

O que causa um deserto alimentar? 

Embora não exista um consenso nas causas gerais dos desertos alimentares, algumas aparecem regularmente.

As áreas sem acesso a alimentos frescos, ou in natura, são geralmente divididas por linhas raciais, econômicas e de planejamento urbano. Todos esses fatores estão complexamente relacionados. 

Por exemplo: enquanto a oferta e demanda determina quais alimentos estão disponíveis e seus preços, a demanda é influenciada pela preferência pessoal, que é influenciada por comportamentos individuais e por questões socioeconômicas. Portanto, áreas de baixa renda não apenas faltam com alimentos nutritivos e saudáveis, como também uma falta geral de educação sobre escolhas alimentares saudáveis, o que resulta na demanda de alimentos processados. 

Já a acessibilidade a esses alimentos, tanto em regiões urbanas como rurais, é determinada pelo planejamento geográfico da região. De fato, um deserto alimentar muitas vezes não é facilmente acessado, especialmente por pessoas sem carro e que dependem do transporte público.

Por outro lado, a questão racial também faz parte das causas dos desertos alimentares. Com excepção das zonas urbanas de alta densidade, as regiões com maiores populações minoritárias têm maior probabilidade de serem designadas como desertos alimentares. Similarmente, quando a população minoritária diminui, também diminui a probabilidade desse fenômeno. 

pessoa em pé entre prateleiras de um supermercado com produtos industrializados, ilustrando a falta de acessibilidade de alimentos saudáveis em um deserto alimentar
Foto de Hanson Lu na Unsplash

O impacto dos desertos alimentares na saúde 

Uma dieta saudável proporciona os nutrientes essenciais, contém uma variedade de alimentos de todos os grupos alimentares e o equilíbrio entre calorias consumidas e gastas, promovendo um peso saudável.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a composição de uma dieta saudável pode variar de acordo com as características individuais, como sexo, idade e estilo de vida. No entanto, seus princípios básicos permanecem os mesmos.

Para adultos, uma dieta saudável inclui: 

  • Frutas, vegetais, legumes, nozes e cereais integrais; 
  • Pelo menos cinco porções (400g) de frutas e vegetais por dia; 
  • Menos de 10% da ingestão total de energia de açúcares livres; 
  • Menos de 30% da ingestão total de energia de gorduras; 
  • Menos de 5g de sal por dia; 

Pessoas sem acesso a uma alimentação de qualidade são mais propensas a desenvolver condições de saúde, como: 

  • Obesidade: hábitos alimentares não saudáveis podem resultar no aumento de peso e, consequentemente, na obesidade. Além disso, a obesidade resulta na predisposição a outras condições, como diabetes, doenças cardíacas, hipertensão e AVC. 
  • Deficiência nutricional: a falta de acesso a alimentos saudáveis pode ter consequências graves e, às vezes, para toda a vida. As deficiências nutricionais mais comuns, como ferro, vitamina A e iodino estão associadas a problemas como dificuldades cognitivas e um sistema imunológico enfraquecido.
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Como acabar com o deserto alimentar?

Soluções temporárias para o fim de desertos alimentares apenas perpetuam as desigualdades de riqueza e disparidades de saúde dentro dessas regiões. Ou seja, aumentar a disponibilidade de alimentos saudáveis não leva ao acesso equitativo a esses produtos. 

Portanto, é necessária uma mudança estrutural de políticas públicas para que o problema seja solucionado.

No entanto, em ações criadas em comunidades também podem ajudar a diminuir o efeito dessas áreas. Algumas delas incluem: 

  • Construção de hortas comunitárias;
  • Estabelecer feiras locais; 
  • Colaborações e alianças de compartilhamento de alimentos entre residentes.

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