As análises dos sabores chocolate e limão de oito marcas indicaram o problema
Imagem: Proteste
Tomar picolé é um hábito bem comum em todo o Brasil. Com a proximidade do verão, ele se intensifica. Mas isso pode ser ruim, pelo menos segundo a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), que checou a qualidade de produtos oferecidos no mercado, constatando excesso de açúcar e até presença de coliformes em picolés.
Foram avaliadas oito marcas (Kibon, Nestlé, Rochinha, Oggi Delícia, Diletto, Jundiá, Ice By Nice e Bruna) de dois sabores tradicionais no mercado brasileiro, o de chocolate (à base de leite) e o de limão (à base de água).
Percentual excedente de açúcar chega a quase 10%
Segundo a Proteste, numa dieta saudável, somente 10% das calorias que consumimos em um dia devem ser provenientes de açúcares; no entanto, o picolé de limão Fruto’s da Oggi, por exemplo, tem teor de 22% de açúcar, quando o teor máximo recomendado é 12,5%. E ainda possui apenas 17% de matéria-prima sólida. Ou seja, 83% dele é composto por água. Já o picolé de chocolate Bruna apresentou presença de coliformes fecais, o que pode indicar falta de higiene durante a produção.
Picolés à base de leite são mais calóricos e gordurosos
Um picolé feito com leite fornece mais proteínas e gorduras do que um com água. Devido à presença do leite, o valor calórico dos picolés de chocolate é muito mais alto do que os de limão. Em média, um picolé de chocolate possui 169 kcal por 100g, enquanto o de limão possui quase a metade – 88 kcal por 100g. O picolé de chocolate tem 6,3% de gorduras, enquanto o de limão 0,1%.
Para a associação, devido a essas constatações, os picolés tradicionais devem ser consumidos com moderação. Também é possível produzir seus próprios picolés com menos açúcar ou procurar por marcas que fabricam essas delícias geladas sem açúcar, sem gordura vegetal e sem corante.
Fonte: Proteste
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