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Entenda mais sobre a alotriofagia, uma condição da saúde mental que afeta, na maioria das vezes, gestantes e crianças

A alotriofagia, também conhecida como Síndroma de Pica, é uma condição da saúde mental caracterizada pelo desejo compulsivo de consumir itens sem valor nutricional e que não são considerados alimentos. Entre os itens potencialmente consumidos por pacientes com a síndrome estão terra, gelo, papel ou cabelo.

Por ser compulsiva, pacientes com alotriofagia não conseguem controlar a vontade da ingestão desses itens, podendo resultar em sérias complicações. Desse modo, ela também é considerada como um transtorno alimentar para alguns profissionais. 

A condição é mais comum em gestantes, crianças e indivíduos com certas condições de saúde mental, mas também pode afetar pessoas de outras faixas etárias. 

A fonte dos desejos também pode variar. Muitas gestantes, por exemplo, sentem o desejo de consumir terra por conta de deficiências nutricionais. Já alguns adultos desejam um tipo específico de textura na boca e acabam consumindo esses itens.

O que é compulsão alimentar? Identificação e causas

Na maioria dos casos, a alotriofagia é uma condição passageira — principalmente em crianças e gestantes. No entanto, ela não é sempre assim e pode durar anos dependendo do quadro. 

Por que a síndrome de pica tem esse nome?

A síndrome de pica recebeu esse nome por conta de uma espécie de pássaro, a pega euro-asiática, que tem a reputação de comer objetos incomuns.

Perigos 

Nem todos os itens consumidos durante quadros de alotriofagia são inofensivos. Pacientes podem comer lascas de tinta seca ou até pedaços de metal, que podem potencialmente resultar em intoxicação por chumbo. 

A ingestão de cabelo, por exemplo, também pode afetar negativamente a saúde, uma vez que tem o potencial de ficar preso no trato digestivo, causando bloqueios, rasgos ou outros danos.

Outros possíveis riscos associados à alotriofagia envolvem danos nos dentes, infecções parasitárias e asfixia. 

Causas 

Especialistas não conseguem apontar uma causa exata para a alotriofagia. Contudo, alguns fatores podem aumentar os riscos de desenvolvimento da condição, como: 

  • Estresse ou ansiedade
  • Deficiências nutricionais — principalmente de ferro, cálcio ou zinco
  • Condições de saúde mental
  • Condições médicas
  • Distúrbios do desenvolvimento, como o autismo

O que as pessoas com alotriofagia comem?

Não existe um padrão certo do que é consumido por pessoas com alotriofagia. No entanto, alguns objetos comumente ingeridos durante a condição incluem: 

  • Gelo
  • Terra
  • Cinzas de cigarro ou o próprio filtro do cigarro
  • Sabão
  • Papel
  • Talco
  • Carvão
  • Giz
  • Pedras
  • Argila
  • Cabelo
  • Cascas de ovo 
  • Fezes de qualquer tipo
  • Cola
  • Botões
  • Tinta

Sintomas

O próprio sintoma da alotriofagia é o consumo compulsivo de itens não alimentícios. Porém, ela pode resultar em outras condições que possuem seus próprios sintomas, como: 

  • Anemia
  • Constipação
  • Ascaridíase (infecção por lombrigas)
  • Arritmia
  • Intoxicação por chumbo
  • Obstrução intestinal
  • Desequilíbrio eletrolítico
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Diagnóstico

Em muitos casos, a alotriofagia não é diagnosticada pela falta de comunicação entre pacientes e pais e seus profissionais de saúde — geralmente desencadeada pela vergonha da condição.

Entretanto, o diálogo é essencial para que a alotriofagia seja tratada e para evitar os possíveis riscos do transtorno alimentar. 

Tratamento 

O tratamento de alotriofagia depende do quadro da condição. Em geral, ele é feito a partir de possíveis condições resultantes da alotriofagia, como a deficiência de nutrientes, bloqueios intestinais ou possíveis intoxicações. 

Em casos onde o transtorno é resultante de déficits nutricionais, médicos podem pedir exames extras para confirmação e começar o tratamento específico. Um estudo de 2020, por exemplo, indica que suplementos multivitamínicos podem ser um tratamento eficaz em alguns casos.

Por outro lado, a principal forma de tratamento da alotriofagia é a terapia, que pode variar de acordo com as necessidades de cada paciente. 


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