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Veja quais as recomendações de vacinas na gestação e o que especialistas dizem sobre o assunto

Por muito tempo, informações sobre a segurança das vacinas na gestação não eram amplamente disseminadas. Entretanto, os primeiros relatos sobre a sua eficácia ocorreram em meados de 1800, durante a vacinação contra a varíola. 

“Durante muito tempo, tivemos medo de vacinar pessoas grávidas e, mais importante, tivemos medo de fazer testes em mulheres grávidas porque as vemos como uma classe protegida de indivíduos vulneráveis”, diz Kawsar Talaat, professor associado de saúde internacional na Universidade Johns Hopkins ao Scientific American.

Entre 1930 e 1940, algumas pesquisas mostraram que a vacinação de pessoas grávidas contra a coqueluche evitou que seus bebês contraíssem a doença durante os primeiros meses após o nascimento. Similarmente, um ensaio de 1961 descobriu que a vacinação durante a gravidez protegia os recém-nascidos do tétano neonatal.

A partir dessas e diversas outras pesquisas, mais informações sobre a segurança das vacinas na gestação permitiram que a prática crescesse, mostrando-se não apenas eficaz na prevenção de possíveis complicações na gravidez, quanto na saúde de recém-nascidos. 

Hoje, a vacinação é recomendada na gestação para a segurança de gestantes e crianças, e deve ser feita através da supervisão médica. 

barriga de uma mulher grávida
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Quais são as vacinas recomendadas para gestante? 

No Brasil, as vacinas para gestantes disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e recomendadas pela Anvisa são:  

Vacina dupla adulto (dT)

Protege contra o tétano e a difteria. As instruções da Anvisa sobre essa vacina são: 

  • Gestante não vacinada previamente: administrar 3 (três) doses de vacina contendo toxoide tetânico e diftérico com intervalo de 60 dias entre as doses. Sendo 2 (duas) doses de dT em qualquer momento da gestação e 1 (uma) dose de dTpa, a partir da vigésima semana de gestação; 
  • Gestante vacinada com 1 (uma) dose de dT: administrar 1 (uma) dose de dT em qualquer momento da gestação e 1 (uma) dose de dTpa a partir vigésima semana de gestação com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias; 
  • Gestante vacinada com 2 (duas) doses de dT: administrar 1 (uma) dose da dTpa a partir vigésima semana de gestação; 
  • Gestante vacinada com 3 (três) doses de dT: administrar 1 (uma) dose de dTpa a partir da vigésima semana de gestação.

Vacina dTpa

Conhecida como a tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (difteria, tétano e coqueluche), a vacina dTpa é um tipo de vacina inativada, ou seja, são produzidas inativando ou matando o germe durante o processo de produção da vacina.

Diversas pesquisas já demonstraram a sua eficácia e segurança na administração em gestantes. Nos Estados Unidos, por exemplo, a vacinação com a vacina dTpa  se deu devido ao aumento das taxas de coqueluche na década de 2000. Durante o período, evidências revelaram que a proteção de uma vacina atualizada contra coqueluche administrada durante a primeira infância desaparece mais cedo do que o esperado.

Portanto, em 2012, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), do país, começou a recomendar que as grávidas tomassem a vacina Tdap entre 27 e 36 semanas de gestação para que seus anticorpos fossem transferidos para o feto e protegessem o recém-nascido.

Já no Brasil, a vacinação deve ser feita a partir da vigésima semana de gestação e a cada gestação. Além disso, para gestantes que perderam a oportunidade de atualizar o esquema vacinal durante o período recomendado é fundamental que tomem uma dose da dTpa no puerpério — período de adaptação após o parto.

Vacina hepatite B

A vacina da hepatite B é uma das vacinas na gestação que deve ser aplicada em qualquer idade gestacional. A gestante deve tomar 3 doses (0, 1 e 6 meses) da vacina, considerando o histórico de vacinação anterior.

Vacina influenza 

É recomendado a administração da vacina contra a gripe em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres (até 42 dias após o parto), durante a campanha anual de vacinação. Nesse caso, gestantes são consideradas parte dos grupos de risco pelas complicações da influenza — que podem resultar em altos índices de hospitalização. 

Vacina Covid-19

Durante a pandemia de Covid-19, especialistas apontaram gestantes como parte do grupo de risco da doença, com mais riscos de hospitalização, morte, perda fetal e aborto espontâneo. Assim, após o desenvolvimento da vacina, ela foi indicada como uma das importantes vacinas na gestação, protegendo a gestante contra o vírus causador da doença. 

Ela é recomendada em qualquer idade gestacional para todas as gestantes e mulheres no puerpério (até 42 dias após o parto).

Foto de Towfiqu barbhuiya na Unsplash

Vacinas não recomendadas durante a gravidez 

Vacinas que utilizam o vírus ativo em suas composições não são recomendadas para gestantes. Isso se dá devido ao possível risco de que vacinas “vivas” possam causar a infecção do feto. Entretanto, não existem evidências que comprovem qualquer defeito congênito resultante da administração das vacinas na gestação

Alguns exemplos de vacinas “vivas”, ou atenuadas, incluem: 

  • BCG (vacinação contra tuberculose)
  • Tríplice viral (MMR) (sarampo, caxumba e rubéola)
  • Poliomielite oral 
  • Febre tifoide oral
  • Febre amarela

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