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Uma população isolada de ursos polares do sudeste da Groenlândia se adaptou biologicamente a um ambiente com menor disponibilidade de gelo

Pesquisadores do Polar Science Center da Universidade de Washington encontraram uma população de ursos polares vivendo em um área inóspita no sudoeste da Groenlândia. Esses animais, que são vítimas das mudanças climáticas, precisam do gelo marinho para caçar. Mas com o aumento da temperatura global e o derretimento das calotas polares, têm sofrido baixas populacionais.

De acordo com a Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), existem cerca de 36 mil indivíduos na natureza. Mas essa espécie pode ser extinta em menos de cem anos por causa das alterações globais do clima. Entretanto, o estudo da Polar Science Center, publicado na revista científica Science, trouxe boas notícias para essa espécie bandeira: uma população isolada de ursos polares do sudeste da Groenlândia se adaptou biologicamente a um ambiente com menor disponibilidade de gelo.

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De acordo com os pesquisadores, a evolução desse grupo de ursos é centenária, tendo sido desenvolvida há cerca de 200 anos. Os animais se adaptaram ao longo de encostas íngremes costeiras, onde as geleiras encontram o oceano, e são capazes de viver em um cenário de aquecimento global com redução na disponibilidade de gelo marinho

Infelizmente, a amostragem genética de ursos individuais confirmou que os ursos do sudeste são distintos de seus vizinhos do nordeste, o que significa que este segundo grupo pode não sobreviver às mudanças do clima. A população adaptada tem apenas 300 indivíduos, estimam os pesquisadores.

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A população descoberta também não vive perto de nenhuma população humana, e acredita-se que a área seja muito difícil de alcançar para a maioria dos caçadores, o que adiciona uma camada extra de segurança para os ursos. No entanto, as encostas íngremes dos fiordes também podem ser bastante complicadas para os ursos polares atravessarem, o que pode limitar seus movimentos.

A taxa de natalidade entre a nova população também é muito baixa em comparação com outras populações, o que os pesquisadores suspeitam que seja porque os parceiros em potencial precisam enfrentar vários obstáculos para encontrar um ao outro.

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Embora o estudo traga esperança para alguns ursos polares, os pesquisadores alertam que a descoberta não torna as mudanças climáticas menos ameaçadoras para os predadores do Ártico. Da mesma forma, o cenário de aquecimento global não é ameno para a maioria das espécies, incluindo o ser humano.


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