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Os pesquisadores do CTI Renato Archer envolvidos no case da arara “Gigi” fazem parte de um grupo especializado em soluções tridimensionais para cirurgias complexas na medicina

A arara “Gigi” é uma ave que foi encontrada na cidade da Praia Grande (SP) com uma deformidade no bico. O problema que a arara possuía, provavelmente ocasionado por maus tratos do animal, impedia que Gigi se alimentasse adequadamente. Recolhida pela polícia ambiental, a arara da espécie Canindé foi levada para o Centro de Pesquisa e Triagem de Animais Selvagens (Ceptas) de Cubatão (SP), onde recebeu tratamento e era alimentada por funcionários.

Percebendo a gravidade do problema da arara, o Ceptas entrou em contato com o grupo Avengers, formado pelo 3D designer Cícero Moraes e veterinários, que desenvolveram uma proposta para a reconstrução do bico da arara Gigi. O grupo procurou a equipe de pesquisadores do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, Instituto de Pesquisa associado ao Núcleo de Informação Tecnológica (NIT) Mantiqueira, que discutiu o processo de produção e impressão do modelo de bico criada pela equipe do designer.

“Tivemos que avaliar uma série de características como tipo de material a ser utilizado, acabamento e outros detalhes que fosse capaz de gerar uma prótese que atendesse as necessidades e proporcionasse o bem-estar da Gigi”, conta o pesquisador responsável pela impressão da prótese, Marcelo Oliveira.

Assim, os pesquisadores do CTI avaliaram o material mais adequado para este caso e, utilizando uma impressora 3D de alta performance, conseguiram produzir uma prótese que pudesse ser aceita pelo organismo da ave, ou seja biocompatível.  “Foi modelada uma prótese fina, aliviando o peso do novo bico, e com dureza que suportasse o hábito alimentar do animal, atendendo a sua sobrevivência”, disse Oliveira.

A arara Gigi é a primeira ave do mundo a receber uma prótese metálica e, após a cirurgia, feita em março de 2016, já consegue se alimentar sozinha e fazer outras atividades comuns aos animais da sua espécie.

Os pesquisadores do CTI Renato Archer envolvidos no case da arara “Gigi” fazem parte de um grupo especializado em soluções tridimensionais para cirurgias complexas na medicina (ProMED) e desenvolvimento de sistemas físicos 3D para experimentos científicos (ProEXP). No apoio ao SUS, o CTI Renato Archer conseguiu atender quase 4 mil pessoas nos últimos 16 anos através do planejamento de cirurgias complexas por meio de protótipos impressos com tecnologia 3D.

No caso de animais, o CTI Renato Archer tem auxiliado o design Cícero Moraes e veterinários para a impressão de próteses para diversos animais, como cachorros, tartarugas, tucanos, entre outros.

O Núcleo de Inovação Tecnológica Mantiqueira é um arranjo de NITs formado por Institutos de Pesquisas do Estado de São Paulo e sul de Minas Gerais, ligados ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).



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