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Seja vegetariano ao menos uma vez por semana e poupe, assim, grandes quantidades de água e energia, enquanto se alimenta de uma maneira mais saudável

Aderir ao estilo vegetariano uma vez por semana, além de ser uma excelente fonte de um variado espectro de substâncias que fazem bem ao organismo, como vitaminas, nutrientes, minerais, antioxidantes e fitonutrientes, requer um gasto muito menor de energia e água no processo de produção do que uma dieta baseada em carnes. O alimento com menor eficiência energética atualmente no mundo é justamente a carne. Para ser produzida, ela exige uma grande quantidade de água, além de ser uma grande poluidora.

Para se ter uma ideia, um bife requer 35 calorias de energia para cada caloria que fornece para alimentação, de acordo com um artigo da revista Research Review. Isso passa longe de ser um bom investimento. Imagine se alguém pergunta se você quer investir R$ 73,85 para ter um retorno de R$ 2,11 – a resposta, muito provavelmente, será negativa. 

Segundo o Natural Resources Defense Council (NRDC), para produzir um quilo de carne são necessários cerca de sete mil e quinhentos litros de água, o que equivale a 40 vezes mais água do que o necessário para a produção de um quilo de batatas.

Além disso, o consumo de carne vermelha pode aumentar a ingestão de gorduras e, assim, também aumentar o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Dessa forma, optar por alternativas de origem vegetal à proteína animal pode trazer benefícios à saúde. E isso pode ser feito adotando a dieta vegetariana em apenas um dia da semana, o que também ajuda quem quer começar a mudar para um estilo de vida ambientalmente mais consciente.

Consumo de carne e comparação com banho

Para que esse imenso desperdício de água não aconteça, observe uma comparação bem simples. Reduzir o consumo de carne em algo entre dois e três quilos por ano pode representar uma economia significativa de água, pois estas quantidades, a depender do chuveiro que se usa em casa, podem equivaler a toda água utilizada em um ano de banhos diários.

De acordo com dados da Water Footprint, organização internacional sem fins lucrativos que promove estudos relacionados ao consumo de água, cada quilo de carne produzido equivale ao consumo de 14 mil litros de água. 

Ao considerarmos um banho de cinco minutos (com um chuveiro econômico), são gastos 9,5 litros por minuto, o que equivale a cerca de 17 mil litros em um ano de 365 dias. Ou seja, um quilo de carne equivale a cerca de 300 banhos, algo como dez meses de asseio. Fosse para um ano de banhos, 1,2 kg de carne seriam equivalentes.

Em um chuveiro comum, um banho de cinco minutos consome cerca de 95 litros de água ou cerca de dezenove litros por minuto. E, em um ano, aproximadamente 34 mil litros consumidos ou o equivalente ao consumo de água para a produção de 2,5 kg de carne. A redução no consumo de carne anual entre 1,2kg e 2,5kg equivale, portanto, a toda a água consumida por um indivíduo em banhos em um ano inteiro.

Pecuária e o gasto com água

Fala-se muito no desperdício de água do ser humano em banhos, lavagem de carros, calçadas, roupas e outros meios. Mas a pecuária, por exemplo, gera um desperdício 130 vezes maior do que o gerado pelos humanos segundo relatório do NRDC, além de produzir 11 bilhões de quilos de estrume, lodo e resíduos de chorume todo ano, segundo outra publicação.

E para piorar, todo esse desperdício emite compostos orgânicos voláteis (VOCs – na sigla em inglês), sulfureto de hidrogênio, amônia e endotoxinas. Um dos VOCs é o metano, que segundo a United States Environmental Protection Agency (EPA) é o segundo gás de maior influência no desequilíbrio do efeito estufa, com a capacidade de retenção de calor 20 vezes maior que a do dióxido de carbono. E sozinha, a indústria pecuária é responsável por quase 20% desse metano na atmosfera, segundo o NRDC.

Por esses motivos, é aconselhável que as pessoas mudem seus hábitos alimentares e passem a inserir em suas refeições os vegetais e, principalmente, que façam um esforço para reduzir o consumo de carne, assim como de outros alimentos de origem animal como leite e derivados. Ficar pelo menos um dia da semana sem nenhum tipo deste tipo de proteína pode ser um bom começo. 

Para muitos, trata-se de uma escolha difícil, pois a rotina teria que ser modificada. Mas pense em como o seu corpo, as reservas de água doce e as calotas de gelo vão agradecer por cada um que tomar essa atitude mais sustentável. E quanto maior for o número de pessoas iniciando essa mudança, mais os benefícios se multiplicam.

Segunda Sem Carne

Segunda sem carne
Imagem: reprodução

Desde 2009, existe no Brasil a campanha Segunda Sem Carne, que “se propõe a conscientizar as pessoas sobre os impactos que o uso de carne para alimentação tem sobre o meio ambiente, a saúde humana e os animais, convidando-as a tirar a carne do prato pelo menos uma vez por semana e a descobrir novos sabores”, segundo o site oficial.

A segunda-feira foi escolhida como o “dia sem carne” devido à alta tradição de consumo de carnes no Brasil aos finais de semana. Portanto, as pessoas estariam mais propensas a comer algo mais leve na segunda-feira, evitando o consumo deste produto de origem animal.

A campanha, coordenada em território nacional pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) está presente em outros países, como Estados Unidos e Reino Unido (onde é encabeçada pelo ex-beatle Paul McCartney). Para saber mais acesse o site oficial da campanha.


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