Chá de cavalinha é usado desde a Grécia antiga como um diurético natural e pode oferecer diversos benefícios à saúde
O chá de cavalinha é uma bebida preparada a partir da planta de nome científico Equisetum arvense. Essa herbácea é nativa das regiões árticas e temperadas do hemisfério norte, sendo usada como planta medicinal desde a Grécia antiga por pessoas com retenção de líquidos por ter ação diurética.
A cavalinha, também chamada popularmente de cavalinha dos campos, equiseto e equiseto menor, é descendente de uma planta muito maior que teve origem há trezentos milhões de anos. Seu nome se dá devido à sua semelhança a uma cauda de cavalo
Hoje, cresce na Europa, América do Norte e Canadá. Suas hastes em forma de tubo e folhas em forma de escama fazem com que pareça um cruzamento entre um bambu e uma samambaia.
Benefícios do chá de cavalinha
Aparentemente, a cavalinha ajuda a promover uma reação no organismo humano que aumenta a produção de urina. Os pesquisadores ainda não sabem exatamente como ou por que ela tem esse efeito.
Mas um estudo que comparou um diurético comum – a hidroclorotiazida – com a cavalinha, concluiu que ambos apresentaram efeitos diuréticos, sem causar a perda de minerais importantes, como os eletrólitos.
Além de ser usada por seu efeito diurético, a cavalinha pode auxiliar nos cuidados de pele, unhas, cicatrização de feridas, osteoporose e reparo ósseo.
Alguns pesquisadores levantam a hipótese de que seus possíveis benefícios à saúde podem ser devido à presença de um mineral chamado sílica, que ajuda o organismo humano a armazenar o cálcio necessário para formar ossos, unhas e cabelos fortes.
Além da sílica, especialistas acreditam que os antioxidantes presentes na planta podem ter uma ação anti-inflamatória. Os antioxidantes combatem os radicais livres e reduzem o estresse oxidativo e outras condições crônicas como o câncer e a diabetes.
Os princípios ativos da cavalinha são saponinas, flavonoides, taninos, alcaloides, ácidos diversos, resinas, vitamina C, lignanos e sais minerais diversos, incluindo potássio, cálcio, fósforo, ácido silícico e compostos hidrossolúveis derivados do silício.
As partes utilizadas são os talos, que podem ser colhidos no final do verão e usados em decocção (para gargarejos, banhos e compressas.
Como consumir o chá de cavalinha?
Para o consumo do chá de cavalinha, é recomendado fazer a infusão ou decocção dos talos a 5% (50 gramas de cavalinha por litro de água) e consumir entre três e quatro xícaras por dia. Ele é encontrado facilmente em lojas de produtos naturais.
Em caso de hemorroida, é recomendado utilizar supositório de 200 mg. Na forma de tintura, na proporção de 30 gramas por 500 ml de álcool de cereais, ingerindo até uma colher de sopa de cavalinha por dia ou para uso tópico.
O extrato seco pode ser consumido entre 200 a 500 miligramas por dia; e o pó de um a dois gramas antes de cada refeição.
Quando se pretende uma atividade diurética, a temperatura de preparo deve ser menor (inclusive na preparação de extratos), pela presença de substâncias termolábeis.
Outros usos: Os talos secos podem ser utilizados para dar polimento em estanho, prata e madeira; Seu pó também foi utilizado por livreiros, para conservação de páginas de livros antigos; Também utilizado em agricultura orgânica como auxiliar no controle de pragas em hortas e pomares.
Tempo de uso
Para uso tópico, é possível usar cavalinha pelo tempo que se fizer necessário. Já para as pessoas que fazem uso interno, aconselha-se que se evite o uso contínuo e prolongado.
Quais são os efeitos colaterais do chá de cavalinha?
Algumas perguntas sobre o chá podem surgir, como “Pode tomar chá de cavalinha todos os dias?” Como tomar chá de cavalinha para perder barriga?”. Assim, é necessário esclarecer que o chá de cavalinha pode causar efeitos colaterais como problemas de coordenação motora, perda de peso, hipotermia, diarreia, cefaleia, anorexia e disfagia.
Porque a cavalinha é uma planta com ação diurética, muitas pessoas acreditam que ela ajuda a emagrecer. Porém, os diuréticos não são responsáveis pela eliminação do peso em gordura, e sim da água do organismo, que pode ser prejudicial. Portanto, é necessário evitar a ingestão do chá em grandes quantidades.
Além disso, a cavalinha pode apresentar interação medicamentosa com anticoagulantes, outros diuréticos, anti-hipertensivos, cálcio e taninos.
Ele é contraindicado na gravidez e lactação, para crianças menores de 12 anos e pessoas que sofrem de pressão arterial baixa ou doenças renais.