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Tsundoku se refere ao hábito de acumular e empilhar livros, sem necessariamente ler todos. Confira dicas para adquirir livros com mais consciência!

Tsundoku é um termo em japonês que se refere à prática de comprar livros, empilhá-los e nem sempre lê-los de fato. A palavra “doku” vem de “dokusho” que se refere à leitura, enquanto “tsun” vem de “tsunde-oku” que significa empilhamento de coisas reservadas para uso posterior. A junção dos termos resulta em tsundoku: a prática de empilhar objetos de leitura. 

Trata-se, por exemplo, do costume de empilhar livros ao lado da cama na esperança de lê-los em algum momento ou da prática de colocar cinco livros na mala de viagem acreditando que em algum momento todos eles serão dignos de atenção. Em resumo, se disséssemos “tenho tsundoku”, em português, seria como dizer “tenho pilhas de livros por toda parte”.

Tsundoku ou bibliomania? 

Apesar de apresentarem aspectos semelhantes, tsundoku e bibliomania são termos que definem situações diferentes. Enquanto tsundoku descreve a intenção de ler os livros e, eventualmente, colecionar e empilhá-los, bibliomania tem mais a ver com a intenção de criar uma coleção de livros. Por muito tempo, os bibliomaníacos foram vistos como dotados de um transtorno obsessivo-compulsivo. 

A acumulação é um comportamento de saúde mental complexo, com relações psicológicas diversas. Geralmente, o paciente que passa pelo transtorno obsessivo-compulsivo também tem outro problema de saúde mental diagnosticada. Sob essas circunstâncias, eles acumulam objetos e possuem uma dificuldade persistente em se livrar deles. No caso dos bibliomaníacos, os objetos seriam os livros.

Essa pseudo-doença (bibliomania) foi comum durante o século XIX na Europa e na Inglaterra, em um contexto que os livros eram considerados objetos de luxo, sinônimo de riqueza, sendo obtidos para servir de patrimônio e herança. Os sintomas da bibliomania incluíam alucinação e insanidade na busca de primeiras edições, cópias raras, livros de determinados tamanhos e acabamentos específicos, entre outras possibilidades.

Com o passar do tempo, a bibliomania deixou de se referir à obsessão. Os dicionários passaram a adotar o significado relacionado ao entusiasmo e paixão por colecionar. No Michaelis, por exemplo, bibliomania é a “mania de colecionar livros, principalmente antigos ou raros”. 

Tsundoku também não tem sentido negativo. A palavra está relacionada ao sentimento positivo de estar cercado de livros, que é algo bem comum na vida de leitores ávidos. Isso faz com que as pessoas acabem acumulando e empilhando mais livros do que de fato vão ler.

Devemos nos lembrar que qualquer obsessão pode se tornar uma doença real. Por isso, é válido sermos aptos ao consumo consciente, avaliando criticamente o que realmente precisamos ter e manter e evitando acumulações desnecessárias. 

Hábitos para evitar o tsundoku

As pessoas que se identificam com o tsundoku, geralmente, empilham os livros porque gostariam muito de lê-los ou terem tempo para isso. Por, em algumas situações, as pilhas de livro podem se tornar motivo de peso na consciência ou culpa, já que gastaram com o objeto, acumularam e não utilizam. 

Nesses casos, há algumas práticas que podem ajudar a evitar e se livrar do tsundoku, acumulando menos e lendo mais:

Defina um limite de compra

Quem está envolvido em tsundoku costuma comprar sem limites. Sendo assim, uma boa opção para quem quer evitar as pilhas é definir um limite de compra. Você pode, por exemplo, colocar uma meta para si mesmo de comprar menos que 2 livros por mês ou a quantidade que você achar conveniente.  

Identifique o seu interesse 

Os livros pelos quais você realmente se interessa provavelmente são lidos mais rápido. Então, uma boa dica é identificar qual é o gênero que te interessa a ponto de você devorar uma leitura sem deixar que o livro fique parado em uma de suas pilhas.

Antes de comprar, sempre se pergunte: eu realmente vou ler isso? Reconhecer seu gosto e sua preferência pode ser uma boa forma de comprar com mais consciência e evitar acumulações. 

Livre-se da obrigação de terminar todas as leituras

O sentimento de culpa pode aparecer em momentos em que você não se interessa mais pelo livro e se sente na obrigação de ler. Uma boa prática é livrar-se da obrigação de terminá-los. Se você já leu o que acha que é suficiente, considere-o terminado. E, caso não tenha gostado da leitura, desapegue, vendendo, trocando ou doando.

Venda, doe ou troque

Os livros que você não tem interesse, não quer mais ou não leu e não tem intenção de ler podem ser úteis nas mãos de outra pessoa. Para isso, procure formas de vendê-los, doá-los ou trocá-los, por exemplo, em um sebo. Nesse último caso, lembre-se de investigar se o livro que você vai adquirir está de acordo com o seu gosto. 

Defina um limite de tempo para os livros ficarem parados 

Os livros que ficam muito tempo parados nas pilhas podem ser livros que você não tem um interesse verdadeiro. Avalie sua relação com os livros que gosta e defina um tempo limite para eles ficarem na pilha. Se você realmente não os leu e não tem intenção de ler, volte à dica anterior!


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