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Para Henriette Morato, humanidade vive um novo modo de ser, mantendo-se conectada, e a dependência da tecnologia exige reflexão sobre seu significado

Por Laura Oliveira em Jornal da USP — O celular criou um novo modo de vida e também um novo vício, a nomofobia ou o medo de ficar desconectado. Mas o que significa essa realidade? Segundo a professora Henriette Morato, do Instituto de Psicologia (IP) da USP, a disponibilidade da conexão favorece a hiperconectividade, mas não explica o vício.

“Nos ônibus, nas ruas, nas universidades, no supermercado”, onde quer que se vá tem gente ao telefone, falando, ouvindo. Essa é a realidade hoje em dia e o fato de não conseguir se desligar “faz perder a noção de si mesmo” e não conseguir “ser quem é sem esse bendito aparelho”, avalia a professora.

Porém, a especialista em Psicologia do Desenvolvimento Humano afirma que a questão não é o aparelho em si ou a disponibilidade da internet, mas “o quanto existe de fato a disponibilidade para não ficar tão conectado”. Para aqueles que vivem com o problema, a professora alerta para a necessidade de “dar um tempo para refletir” sobre o significado de não prestar atenção em si mesmo e se abandonar.

“Telefones burros” não resolvem o problema
Estudos recentes mostram que, entre jovens de 18 a 30 anos, 40% não suportam a sensação de ficar distantes de seus smartphones. O tempo gasto com os celulares é resultado dos avanços tecnológicos e da tendência da sociedade em permanecer conectada o tempo todo. O excesso da conexão, no entanto, vem fazendo jovens do Reino Unido adquirem “telefones burros” – celulares com funções limitadas a ligações e SMS.

Para Henriette, no entanto, a atitude de trocar os aparelhos não resolve o problema da dependência. “Enquanto não houver de fato uma direção de mudança, de compreender qual o sentido do vício e como ele te afeta e faz perder a noção de si mesmo, não adianta”, assegura a professora.

Assim, ficar desconectado apenas não irá resolver a questão, acredita Henriette, afirmando que ninguém hoje em dia consegue se desconectar, já que se “instalou um novo modo de ser da humanidade; não dá mais para voltar ao que era”.

Jornal da USP no Ar 
Jornal da USP no Ar é uma parceria da Rádio USP com a Escola Politécnica, a Faculdade de Medicina e o Instituto de Estudos Avançados. No ar, pela Rede USP de Rádio, de segunda a sexta-feira: 1ª edição das 7h30 às 9h, com apresentação de Roxane Ré, e demais edições às 10h45, 14h, 15h e às 16h45. Em Ribeirão Preto, a edição regional vai ao ar das 12 às 12h30, com apresentação de Mel Vieira e Ferraz Junior. Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo do Jornal da USP no celular. 

Este texto foi originalmente publicado por Jornal da USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não representa necessariamente a opinião do Portal eCycle.


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