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Entenda as funções do sistema glinfático e a importância do sono em seu funcionamento

O sistema glinfático é composto por uma rede de vasos responsáveis pela eliminação de resíduos tóxicos e metabólicos do sistema nervoso central (SNC). Especificamente, ele atua no acúmulo de proteínas que reside no sistema intersticial — as lacunas entre as células. Anteriormente ao seu descobrimento, cientistas acreditavam que cada célula cuidava individualmente de seus próprios resíduos. 

O SNC é extremamente ativo e, por não conter vasos linfáticos, pode acumular resíduos facilmente. Além disso, é sensível à mudanças ambientais, o que pode comprometer o seu funcionamento se esses resíduos não forem expelidos de alguma forma. 

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Quem descobriu o sistema glinfático e como ele funciona? 

O termo “glinfático” foi cunhado por Maiken Nedergaard, uma neurocientista dinamarquêsa que descobriu o sistema, e refere-se às células de glia, que são essenciais para o sistema de eliminação de resíduos. As células de glia, embora pouco conhecidas, são responsáveis pela proteção, nutrição e isolação dos neurônios, além de contribuir para o sistema imunológico e o glinfático. 

Dentro de um tipo específico de células de glia, conhecido como astroglia, existem receptores conhecidos como canais de aquaporina-4. Eles permitem que o líquido cefalorraquidiano (LCR) se mova para o SNC, estabelecendo uma corrente que desvia o fluido através do sistema.

O LCR flui junto das artérias e entra nos espaços próximos aos vasos sanguíneos menores que entram no cérebro. Lá, ele troca com o fluido intersticial por meio de um canal expresso por astrócitos, células gliais que circundam o espaço ao redor dos capilares do cérebro, formando a vasculatura glinfática.

O transporte glinfático é possibilitado a partir da pressão resultante da criação do LCR e da energia da pulsação das artérias. Esse intercâmbio resulta na coleta de resíduos, como metabólitos e proteínas, e sua transferência para o LCR, que os transporta para fora do cérebro para locais de drenagem.

O sistema glinfático conecta-se ao sistema linfático do resto do corpo na dura-máter, uma membrana de tecido conjuntivo que cobre o SNC.

A importância do sono no funcionamento do sistema glinfático

Após as descobertas de Nedergaard, a especialista desenvolveu diversas pesquisas em ratos de laboratório para entender o funcionamento desse sistema. Mais especificamente, boa parte desses estudos foram baseados na doença de Alzheimer e no sono. 

Assim, foi concluído que o sistema é mais ativo durante o sono dos animais. De fato, o volume do espaço intersticial aumentou em 60% enquanto os ratos dormiam. 

Através desse aumento, a troca de LCR e líquido intersticial também expandiu, o que possibilitou a aceleração da remoção de beta-amiloide — um tipo de proteína associada ao Alzheimer, que é um dos resíduos expelidos através do sistema glinfático

“A função restauradora do sono pode ser uma consequência da remoção aprimorada de resíduos potencialmente neurotóxicos que se acumulam no estado de vigília [SNC]”, segundo a conclusão do estudo. 

Esse estudo pode contribuir para uma melhor compreensão sobre o sistema glinfático. O entendimento sobre o papel da pressão arterial na eliminação de resíduos, por exemplo, ajudou na conclusão de que a pressão alta, que faz com que os vasos sanguíneos percam sua elasticidade, pode interferir no funcionamento do sistema. 

Além da hipertensão e do Alzheimer, o funcionamento sistema glinfático também já foi associado à outras doenças neurodegenerativas e condições de saúde, como: 

  • Parkinson;
  • Trauma cerebral;
  • Diabetes;
  • Envelhecimento. 

Portanto, manter uma higiene do sono pode ajudar a otimizar o sistema glinfático. Confira dicas de como dormir melhor no nosso vídeo:


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