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Entenda o que provoca a doença de Alzheimer e os primeiros sintomas da condição

O Alzheimer, também conhecido como Doença de Alzheimer (DA), é uma condição neurodegenerativa caracterizada por alterações no cérebro consequentes do acúmulo de certas proteínas. A doença causa a redução da massa cerebral e a morte de células cerebrais, que resultam no declínio da memória e de outras funções cognitivas que progridem com o tempo.

De todos os 55 milhões de casos de demência no mundo, acredita-se que cerca de 60 a 70% dessas pessoas tenham Alzheimer, o tipo mais comum da condição. Ela afeta, principalmente, pessoas acima de 65 anos de idade, com apenas 10% dos casos ocorrendo em pessoas mais jovens.

No entanto, diferentemente da demência, que é o estado da função cerebral de uma pessoa, o Alzheimer é uma doença específica, nomeada após o Dr. Alois Alzheimer, que foi o primeiro indivíduo a descrever a condição, em 1906. 

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Quais são as três fases do Alzheimer?

A doença de Alzheimer progride em três estágios de sintomas, mais o estágio pré-clínico. No entanto, cada paciente com a condição desenvolve-os em seu próprio tempo. São esses estágios: 

Pré-clínico

As mudanças no cérebro ocorrem no estágio pré-clínico, que pode durar anos. Normalmente, essas mudanças ocorrem sem nenhum indício de que o paciente está desenvolvendo-as. 

Leve 

Também conhecido como estágio inicial, em que muitos dos sintomas do Alzheimer são confundidos como o processo normal de envelhecimento. Embora os pacientes continuem vivendo com independência durante essa fase, eles podem ter problemas como: 

  • Esquecimento de nomes;
  • Relembrar eventos recentes;
  • Relembrar local de objetos; 
  • Fazer planos; 
  • Gerenciamento de dinheiro; 
  • Manter-se organizado.

Moderado

O estágio mais longo, que também pode durar anos. Seus sintomas incluem:

  • Maiores problemas ao relembrar eventos; 
  • Dificuldade em aprender novas coisas;
  • Problemas em lembrar nomes, às vezes o próprio nome; 
  • Problemas com leitura, escrita e trabalho com números.

Enquanto a doença progride, a pessoa pode apresentar sintomas como: 

  • Inquietação, ansiedade e estresse;
  • Reconhecer rostos, mas não saber detalhes da vida, nome ou história de uma pessoa próxima; 
  • Perder a noção do tempo e do lugar;
  • Mudanças de personalidade e comportamento;
  • Inabilidade de cuidar de si mesmo. 
na imagem: uma pessoa de capuz com o rosto borrado, que ilustra a inabilidade de reconhecer rostos e pessoas em pacientes com Alzheimer
Foto de twentyonekoalas na Unsplash

Severo

O estágio mais avançado da doença, em que o tecido cerebral começa a diminuir significantemente. Seus sintomas incluem: 

  • Dependência total;
  • Perda de habilidades e funcionamentos físicos, como a mobilidade;
  • Incontinência urinária e fecal; 
  • Perda total da memória e da capacidade de se comunicar;
  • Vulnerabilidade à infecções e outras doenças. 

O que provoca a doença de Alzheimer?

A doença de Alzheimer é o resultado do acúmulo das proteínas amilóide e TAU, que causa a morte de células cerebrais. 

Especialistas acreditam que o acúmulo de proteína amilóide causa a formação de massas maiores, chamadas de placas. Enquanto isso, fibras torcidas da proteína TAU formam emaranhados. Ambos esses fatores contribuem para o bloqueio da comunicação entre células nervosas, que impede o seu funcionamento padrão. 

Embora não se saiba exatamente a causa desse acúmulo, por muitos anos especialistas investigam uma hipótese em comum, de que a doença de Alzheimer é, na verdade, uma infecção. De fato, uma pesquisa de 2019 sugere que a causa real da condição deriva de uma doença gengival. 

Os pesquisadores da Universidade de Louisville descobriram o patógeno responsável pela periodontite crônica, a bactéria Porphyromonas gingivalis, no cérebro de pacientes falecidos com Alzheimer. E, enquanto essa não foi a primeira vez que essa associação foi feita, os responsáveis pela pesquisa resolveram ir além. 

Bebê
Bactérias que provocam periodontite são transmitidas de pais para filhos

Em um teste feito em ratos de laboratório, a infecção oral através desse patógeno resultou na criação de uma colônia da bactéria no cérebro dos animais. Além disso, essa infecção também contribuiu para a produção de beta-amilóide (Aβ), as proteínas associadas à doença de Alzheimer.

Adicionalmente, os profissionais também identificaram que essas bactérias secretam enzimas tóxicas, chamadas gingipains, no cérebro de pacientes com a condição. Essa secreção também coincide com dois outros marcos da doença, a proteína TAU e uma marca de proteína chamada ubiquitina.

No entanto, uma das maiores descobertas da pesquisa é de que os cientistas foram capazes de identificar essas enzimas em pacientes que não sofriam da doença. Isso é importante porque, anteriormente, não se sabia se a doença gengival causa Alzheimer ou se a demência leva a falta de cuidados bucais.

“Nossa identificação de antígenos de gingipain nos cérebros de indivíduos com DA e também com patologia de DA, mas sem diagnóstico de demência, argumenta que a infecção cerebral com P. gingivalis não é resultado de cuidados dentários inadequados após o início da demência ou uma consequência de atraso estágio inicial da doença, mas é um evento precoce que pode explicar a patologia encontrada em indivíduos de meia-idade antes do declínio cognitivo”, explicaram os autores.

A doença de Alzheimer é hereditária? 

Alguns fatores de risco do desenvolvimento da doença de Alzheimer podem ser associados à genética. Esse é o caso do gene apolipoproteína E (APOE). 

Porém, ter um parente de primeiro grau com a condição, pode aumentar o risco de desenvolvimento de Alzheimer em 10% a 30%. 

Diagnóstico

O diagnóstico da doença de Alzheimer é feito através de diversos exames conduzidos por profissionais da medicina, como exames de sangue e a ressonância magnética. 

Eles determinam o diagnóstico, também, a partir de uma análise dos sintomas, como a perda de memória e das habilidades cognitivas. 

Tratamento 

O Alzheimer não possui cura, mas alguns medicamentos podem retardar a progressão da doença, além de tratar alguns sintomas comportamentais. O tratamento da doença difere em cada paciente e sua condição específica e possui o objetivo de manter a qualidade de vida dos pacientes. 

No entanto, nenhuma forma de tratamento de Alzheimer para ou reverte a condição. 


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