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Agricultura extensiva é um sistema agrícola que utiliza uma produção baseada na preservação das condições naturais, sem grandes investimentos em máquinas e insumos agrícolas

A agricultura extensiva é um sistema de produção comum em países do continente sul americano que envolve técnicas tradicionais de produção agrícola, com baixa utilização de máquinas e insumos agrícolas.

Apesar de algumas vezes confundidos, esse sistema de agricultura é diferente da agricultura intensiva. Suas principais características são baseadas nas técnicas e insumos empregados na plantação.

História da agricultura

Como relatado no livro “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade”, a revolução agrícola foi um dos fatores mais importantes para o desenvolvimento da sociedade como conhecemos hoje. Por intermédio do uso de técnicas agrícolas foi possível produzir uma maior quantidade de alimentos, o que permitiu que algumas sociedades aderissem ao sedentarismo (a fixação de uma espécie em um local específico).

Nesse contexto, por volta de 9.500–3.500 a.C., os primeiros seres humanos iniciaram o processo de domesticação, começando por alimentos como trigo e ervilhas, até animais como bodes e cavalos.

Passados milhares de anos, o ser humano desenvolveu diversos tipos de agricultura, distinguindo-se de acordo com as técnicas e características empregadas. Confira um  resumo sobre a agricultura extensiva, uma das principais modalidades de produção da agricultura moderna:  

O que é e características da agricultura extensiva

A agricultura extensiva é conhecida como o sistema produtivo que adota técnicas tradicionais de produção agrícola (como rotação de cultura), com baixa utilização de máquinas, insumos agrícolas e a adoção de mão de obra. Ela pode ser dada tanto em grandes propriedades quanto em propriedades pequenas, sendo o sistema de produção rudimentar e a preservação das condições naturais suas principais características.

Esse modo de produção, na maioria das vezes, tem como objetivo a produção de alimentos para o consumo dos agricultores e a venda do excedente para o mercado interno. Vale ressaltar que, segundo estudos, existem propriedades rurais que adotam esses sistemas somente para a venda das culturas.

Exemplos de agricultura extensiva

No Brasil, grande parte da agricultura extensiva  é   realizada por agricultoras e agricultores familiares. O censo agropecuário de 2017 mostrou um decréscimo no número de estabelecimentos, de “pessoal ocupado” e de áreas plantadas, apresentando simultaneamente um grande acréscimo desses três componentes para as agricultura não familiar. Esse mesmo censo contabilizou um área de 77% de áreas destinadas à produção não familiar e 23% a agricultura familiar

A agricultura familiar ainda responde pela maioria das propriedades rurais produtivas do País, com uma parcela significativa de empregos gerados no campo e de agroindústrias vinculadas a eles. Além disso, segundo o Atlas do Espaço Rural Brasileiro, a agricultura extensiva desempenha um importante papel para a segurança nacional global, colaborando em sua maioria para o consumo interno, na produção voltada para as cadeias produtivas locais e regionais e de distribuição de alimentos e derivados.

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as principais culturas desse modo de produção são a mandioca (80% da produção nacional), abacaxi (69%), café (48%), banana (48%), feijão (42%).

Quais são as diferenças entre a agricultura intensiva e extensiva?

A agricultura extensiva e a agricultura intensiva se diferem em quase todos os aspectos. A agricultura extensiva é uma agricultura que tende a usar menos máquinas, com uma produção adequada às condições do meio ambiente.

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Mecanização agrícola: desenvolvimento e impactos no Brasil

Por essa adequação, o cultivo em lotes de agricultura extensiva demanda uma maior área para produção e condições naturais favoráveis (como clima e solo) para auxiliar no desenvolvimento da planta, em comparação com a agricultura intensiva.

A agricultura extensiva apresenta uma  baixa produtividade por área, tendo uma preparação de solo rudimentar, sem a intensa utilização de fertilizantes e pesticidas para aumentar a produtividade. Além disso, pela baixa taxa de mecanização, esses empreendimentos vão precisar de mais trabalhadores para  suprir as demandas do lote de terra.

Já a agricultura intensiva é um sistema caracterizado pela alta presença de máquinas, fertilizantes, sistemas de irrigação e preparação do solo, além do uso de sementes selecionadas e técnicas agrícolas coloniais. Pelo grande uso de máquinas agrícolas, há uma baixa presença de trabalhadores e compactação do solo.

Com isso, por mais que ambas causem um impacto considerável ao meio ambiente (com a retirada da cobertura vegetal), a agricultura intensiva é mais hostil para a natureza, visto que as máquinas, insumos e técnicas usadas, causam grandes impactos ambientais. Esses dois tipos de agricultura desencadeiam processos como a contaminação da água e do solo (por fertilizantes e pesticidas), compactação do solo e poluição do ar (causadas pelas máquinas agrícolas) e emissão de gases do efeito estufa para a atmosfera, como o óxido nitroso (vindo dos fertilizantes).


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