Loja
Apoio: Roche

Saiba onde descartar seus resíduos

Verifique o campo
Inserir um CEP válido
Verifique o campo

Gregg Segal retratou crianças de várias partes do mundo e o que comem ao longo de uma semana. As fotos alertam para o aumento do consumo de industrializados

Thayla, de Brasília, e Nur, de Kuala Lumpur, Malásia. Imagem: Gregg Segal/Divulgação

A globalização e a industrialização trouxeram grandes mudanças no modo como fazemos as coisas do dia a dia e isso inclui a alimentação. A obesidade é atualmente uma das grandes preocupações de saúde no mundo, em especial nos países mais ricos, onde há abundância de alimentos processados e ultraprocessados por um custo proporcionalmente baixo para a população. Nas comunidades mais pobres ainda predominam os alimentos frescos e refeições feitas em casa. Esse contexto foi o mote e é retratado na série fotográficaDaily Bread” (o pão de cada dia, em tradução livre), do fotógrafo norte-americano Gregg Segal.

Segal percorreu vários países retratando crianças junto com as refeições que realizaram ao longo de uma semana. Ele entrou em contato com os pequenos de diversas partes do mundo e, em cada local, procurou por faixas de renda diversas. Nas comunidades mais simples e mais tradicionais, ele se surpreendeu ao perceber que a alimentação infantil é mais saudável, enquanto entre os grupos de maior renda há uma presença forte de indícios de obesidade infantil.

As fotos mostram enormes semelhanças entre os alimentos consumidos em países muito distantes um do outro, por conta da disseminação de industrializados promovida pela globalização. Ao mesmo tempo, aparece a diversidade alimentar preservada de algumas culturas, como grupos indígenas e comunidades quilombolas.

Hank - série crianças e sua comida
Hank, o filho do fotógrafo – Estados Unidos, 2018. Imagem: Gregg Segal/Divulgação

O fotógrafo conta em entrevista à Folha que começou a pensar que havia paralelos entre a forma como nos alimentamos e o modo como tratamos o planeta. Ele então se perguntou por que tanto do que a gente come vem em embalagens. Os primeiros retratos foram de seu filho, de 11 anos, e depois Segal expandiu o projeto para outros países, pedindo às crianças que registrassem tudo o que comeram ao longo de uma semana. Depois, o fotógrafo americano montou cenários no chão, com as crianças rodeadas por representações de todos os alimentos listados.

No Brasil, ele contou com a ajuda de Anna Penido, Ana Paula Boquadi e Tainá Förthmann, tendo montado sua base em Brasília. Foram fotografadas crianças de diferentes origens – moradores de favelas, indígenas, crianças de classe média alta e quilombolas. Segal constatou a presença de industrializados de marcas internacionais na alimentação de muitas delas, exceto na da índia Kawakanih Yawalapiti, 9, e na de Ademilson Francisco dos Santos, 10, de uma comunidade quilombola em Goiás (foto acima).

Ademilson e Kawakanih
Ademilson dos Santos, 10 anos, da comunidade Quilombolas Kalungas de Vão de Almas, em Goiás, e Kawakanih Yawalapiti, 9 anos, do Alto Xingu, Mato Grosso. Imagem: Gregg Segal/Divulgação

Confira mais fotos:

Henrico e Ayme
Henrico Valia, 9 anos, de uma família de classe média de Brasília e Ayme, também de Brasília. Imagem: Gregg Segal/Divulgação
Chetan e Adveeta
Chetan Menge e Adveeta Venkatesh, ambos com 10 anos e de Mumbai, Índia. Imagem: Gregg Segal/Divulgação
Anchal e Davi
Anchal, 10 anos, de Chembur, Mumbai, e Davi, morador da favela de Santa Luzia, em Brasília. Imagem: Gregg Segal/Divulgação
Meissa e Frank
Meissa e Frank Fadel Agbomenou (8 anos), ambos de Dakar, Senegal. Imagem: Gregg Segal/Divulgação
Paolo e Amelia
Paolo Mendlaro, 9 anos, e Amelia Gavia, 12 anos, ambos da Catânia, Sicília. Imagem: Gregg Segal/Divulgação

Confira mais fotos do projeto no site do fotógrafo.


Veja também:


Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos. Saiba mais