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Responsável por aumentar a produção agrícola do País, mecanização agrícola causou uma série de impactos para o meio ambiente

A mecanização agrícola é o processo de introdução, desenvolvimento e uso de máquinas, ou qualquer outro meio mecânico capaz de realizar uma atividade agrícola, desde a preparação de seu terreno até a colheita. Ela objetiva sobretudo a otimização da produção agrícola, buscando sempre aumentar a produtividade agropecuária gradativamente.

Ela se iniciou no século XVIII, junto com a primeira revolução industrial, em uma época em que a população urbana não parava de crescer, aumentando também a necessidade de uma maior produção agrícola. Com isso, a paisagem das lavouras foi mudando gradativamente, com cada vez menos mão de obra  e mais emprego de força animal, e posteriormente, pelas forças das máquinas agrícolas. A partir de então, ela vem sendo usada cada vez mais na cadeia produtiva do setor primário, participando desde o preparo do solo até a colheita da matéria-prima.

Mecanização de campo no Brasil

No Brasil, a mecanização agrícola ganhou força sobretudo na década de 70, no  contexto da Revolução Verde. Nesse cenário, o governo brasileiro fez um intenso investimento econômico, principalmente na região Cerrado, para modernizar a produção agrícola e por conseguinte aumentar a produtividade no campo, incentivando a monocultura, ofertando terras baratas, dando grandes subsídios com baixas taxas para alguns agricultores, e concedendo incentivos fiscais.

Nesse cenário, ao mesmo tempo em que o Brasil desenvolvia rapidamente o seu espaço agrário, ele aumentava cada vez mais a desigualdade social no campo, tornando um espaço de grande concentração de terras e conflitos agrários violentos que, por abandono do Estado, continua até hoje.

Além disso, os grandes produtores rurais brasileiros são altamente danosos ao meio ambiente, pois promovem uma grande taxa de desmatamento, poluição dos solos e corpos hídricos (pelos fertilizantes e defensivos agrícolas), uma taxa significativa de gases do efeito estufa para a atmosfera, assim como promovem sérios problemas a biodiversidade e aos solos brasileiros.

Atualmente, já é possível ver uma agricultura de precisão no meio rural brasileiro. Nela, novas técnicas e tecnologias são implementadas, garantindo uma maior qualidade nas condições metro a metro da plantação, buscando saciar todas as suas necessidades. Ela visa principalmente aumentar a produtividade e o controle sobre os cultivos. Para isso, são utilizados satélites e VANTs para analisar as condições climáticas e do solo, procurando atender suas demandas e manejá-los corretamente.

As vantagens e desvantagens da mecanização agrícola

Como visto anteriormente, a mecanização agrícola promoveu fortes mudanças no espaço agrário e trabalho rural, carregando com si, vantagens e desvantagens.

As principais vantagens vistas com a mecanização agrícola, foi um aumento da  produtividade agrícola, que nos séculos passados, ajudou com a diminuição da fome e economia de tempo, já que com a tecnologias desenvolvidas, o processo de produção e serviços, melhorou.

Contudo, a sua implementação também trouxe impactos negativos, desde sociais até ambientais. No campo social, promoveu um aumento no desemprego estrutural dentro do meio rural, em que os trabalhadores do campo foram substituídos pelas máquinas, que junto com as grandes concentrações fundiárias, provocou um intenso êxodo  rural para o meio urbano. Então, as paisagens que antes eram formadas por por dezenas de trabalhadores com mão de obra “braçal” deu lugar a paisagens com grandes máquinas, como tratores, que são controladas por poucas pessoas.

Ele também é responsável por causar diversos problemas ambientais. A principal delas é a compactação do solo em que, por serem muito pesadas, as máquinas acabam danificando  o solo de modo que diminuam os poros (pequenos buracos) contidas nelas. Dessa forma, as propriedades físicas, químicas e biológicas são modificadas de forma que mudam a dinâmica de diversos processos presentes nela. Por exemplo, há uma maior dificuldade de infiltração da água e difusão do oxigênio no solo, criando um ambiente hostil para os organismos que vivem ali.

Além disso, a compactação do solo desencadeia outros problemas como a emissão de gases do efeito estufa para a atmosfera, já que a falta de oxigênio no solo cria condições perfeitas para os microrganismos que causam a desnitrificação (que envia N2O para a atmosfera) se proliferarem; aumento da erosão superficial do solo, já que a água tem dificuldade de infiltrar no solo; além de diminuir a taxa de nutrientes no solo, já que a compactação do solo dificulta a movimentação da fauna presente no solo, que é responsável por repor os nutrientes.

Com os pontos positivos e negativos postos, novas técnicas e tecnologias necessitam caminhar para um ideal que mitiga ao máximo os danos ambientais nos ambientes que ocupam. Atualmente, já existem organizações voltadas para o desenvolvimento sustentável do setor agroalimentar, levando em consideração aspectos econômicos, tecnológicos, sociais, ambientais e culturais. Além disso, se manejada de forma correta e combinadas com práticas agrícolas sustentáveis adequadas, a mecanização agrícola  diminui a pegada ambiental. Para saber mais, acesse o artigo da FAO.


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