Loja
Apoio: Roche

Saiba onde descartar seus resíduos

Verifique o campo
Inserir um CEP válido
Verifique o campo

Embriões de galinha expostos ao nanoplástico apresentaram deformações nos olhos, músculos e face

Uma pesquisa publicada hoje (21) na revista Environment International revelou que o nanoplástico, uma partícula de plástico com tamanho entre 1 e 1000 nanômetros, ainda menor que os microplásticos, é capaz de prejudicar significativamente o organismo de embriões de galinhas. 

Os cientistas descobriram que as partículas de plástico são capazes de atravessar a parede do intestino embrionário e circular em vários órgãos, interferindo nos estágios iniciais do desenvolvimento e causando  malformações. 

90% do lixo do Pacífico é resultado da pesca em seis países

Utilizando alta concentração de nanoplástico de poliestireno – o mesmo tipo de plástico que compõe o isopor – de 25 nanômetros de tamanho, os pesquisadores notaram defeitos cardíacos congênitos, morte, defeitos do tubo neural, e migração prejudicada de células. 

Um quarto dos embriões de galinha apresentou um ou dois olhos anormalmente pequenos, enquanto outros apresentavam deformidades faciais, músculos cardíacos mais finos e batimentos cardíacos lentos.

Banhistas engolem microplásticos que carregam vírus causadores de diarreia

De acordo com os autores do estudo, dada a grande e crescente carga de nanoplásticos contaminando o meio ambiente, os resultados da pesquisa são motivo de preocupação. 

“Nossas descobertas sugerem que os nanoplásticos podem representar um risco à saúde do embrião em desenvolvimento”, disse um dos autores do estudo, o biólogo Meiru Wang, da Universidade de Leiden, na Holanda. 

Pesquisas anteriores encontraram partículas de plástico na placenta de gestantes, na corrente sanguínea, pulmão e intestino de seres humanos. 

microplastico
Há microplásticos no sal, nos alimentos, no ar e na água

“Esses resultados são motivo de preocupação, dada a grande e crescente carga de nanoplásticos no meio ambiente”, concluem Wang e seus colegas .

A produção de plástico não para de crescer. Quase 360 ​​milhões de toneladas métricas de plástico foram produzidas em 2018, número que deve dobrar até 2025. Uma outra pesquisa concluiu que, em 2040, a poluição por plástico no oceano será quase três vezes maior se a indústria do plástico não reduzir sua produção.

A poluição por partículas de plástico tem diversas origens, incluindo redes de pesca, fibras de roupas de poliéster, pneus e plástico de uso único. 

máscara descartada incorretamente
Apenas uma máscara descartada incorretamente gera 3 mil microplásticos e afeta ecossistema marinho, revela pesquisa

Wang chama atenção para o fato de que “mesmo que a sociedade pare agora com toda a poluição plástica, os níveis de detritos nanoplásticos desgastados dos plásticos existentes no meio ambiente ainda aumentarão”.


Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos. Saiba mais