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Entenda mais sobre a horticultura terapêutica e quais são os benefícios do cultivo de plantas para a saúde mental

A horticultura terapêutica é caracterizada pelo uso das plantas, jardins e atividades horticulturais para fins de cura e reabilitação humana. A prática é utilizada para aliviar sintomas físicos e mentais, com evidências científicas sobre seus efeitos no tratamento de transtornos de humor e doenças mentais.

Embora muitos programas de horticultura terapêutica não sejam padronizados, seus benefícios são comprovados através da conexão do meio ambiente e da saúde mental. Afinal, diversos estudos já comprovaram a eficácia da natureza no bem-estar. 

A partir disso, alguns hospitais começaram a adotar as técnicas desse tipo de terapia, expondo pacientes a cenários verdes de “jardins de cura”. 

“Pacientes com janelas de cabeceira com vista para árvores frondosas se curaram, em média, um dia mais rápido, precisaram de significativamente menos medicação para dor e tiveram menos complicações pós-cirúrgicas do que pacientes que viram uma parede de tijolos”, disse a autora Deborah Franklin ao Scientific American.

Os benefícios da natureza para a saúde

Origem da horticultura terapêutica

A horticultura terapêutica foi estabelecida durante o século 19 através dos estudos do doutor Benjamin Rush, um médico considerado o primeiro psiquiatra e signatário da Declaração de Independência dos Estados Unidos. Rush introduziu as técnicas de atividades horticulturais para pacientes com doenças mentais que habitavam sua clínica na Filadélfia. 

Foi durante a Segunda Guerra Mundial que o método terapêutico foi disseminado. Relatos comprovaram a sua eficácia na reabilitação e tratamento de veteranos da guerra se recuperando de feridas e do transtorno do estresse pós-traumático. 

A partir disso, a horticultura terapêutica passou a ser utilizada em um contexto mais amplo, sendo uma técnica de alívio não apenas para sintomas mentais, como outros diagnósticos e opções terapêuticas. Foi através dessa sua utilização, que a técnica começou a ser introduzida na reabilitação e formação profissional. 

Quais os benefícios da hortoterapia?

Segundo a American Horticultural Therapy Association, a horticultura terapêutica  ajuda a “melhorar a memória, habilidades cognitivas, iniciação de tarefas, habilidades de linguagem e socialização. Na reabilitação física, a terapia de horticultura pode ajudar a fortalecer os músculos e melhorar a coordenação, equilíbrio e resistência. Em configurações de terapia de horticultura vocacional, as pessoas aprendem a trabalhar de forma independente, resolver problemas e seguir instruções.”

O método pode ser utilizado para a melhoria da qualidade de vida através de seus benefícios terapêuticos. Portanto, é comumente utilizado em pessoas com sintomas associados a:

  • Doenças mentais;
  • Demência;
  • Problemas comportamentais;
  • Dificuldades intelectuais;
  • Limitações físicas e lesões;
  • Problemas de desenvolvimento;
  • Questões sensoriais.

O uso da horticultura terapêutica também pode ser benéfico a pessoas em centros de reabilitação social, como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).

Como é praticada? 

Muitos especialistas diferenciam a terapia de horticultura da horticultura terapêutica. Segundo Gwenn Fried, gerente de programa de terapia de horticultura no NYU Langone Medical Center em Nova York, a divergência depende do tipo de prática.

“Quando fazemos terapia de horticultura com um clínico treinado ou terapeutas de horticultura, chamamos de terapia de horticultura. Mas quando é em um ambiente menos clínico ou quando fazemos por conta própria, geralmente chamamos de horticultura terapêutica”, disse em declaração ao Architectural Digest

Desse modo, a terapia de horticultura é realizada por profissionais em ambientes clínicos controlados. Porém, já a horticultura terapêutica pode ocorrer em diferentes cenários e ser praticada à parte, já que se distancia da terapia controlada. 

mulher meditando em um campo de plantas, ilustrando a horticultura terapêutica
Foto de Mor Shani na Unsplash

Assim, é possível incluir algumas práticas dessa terapia no dia a dia, em qualquer cenário — principalmente em casa! Veja como praticá-la e usufrua de seus benefícios: 

1. Comece com passos pequenos 

Embora seja comumente caracterizada como a exposição ao ar livre, a horticultura terapêutica pode ser realizada dentro de casa. Mesmo que você não tenha um amplo espaço, incorporar a natureza no seu dia a dia cuidando de uma planta em um vaso, por exemplo, pode ser eficaz. 

Comece plantando mudas pequenas e de fácil cuidado. No entanto, não perca a motivação se ela morrer: isso é normal! O importante é começar. 

2. Faça a gestão do seu tempo 

Para colher os benefícios dessa terapia, é necessário se comprometer. Por isso, tire um tempo do seu dia para passar na natureza, ou apreciando-a. Você não precisa fazer muito, apenas sentar e ouvir os sons do meio ambiente já pode ser benéfico. 

De fato, uma pesquisa comprovou que pessoas que escutam sons de ondas do mar ou de grilos possuem um melhor desempenho cognitivo que indivíduos que escutam sons relacionados a ambientes urbanos.

Reserve um tempo para entrar em contato com o mundo natural, longe do estresse e das preocupações diárias. 

3. Defina metas alcançáveis

Quando começamos novos hobbies, é comum deixar se levar às possibilidades de novas práticas e novos conhecimentos. No entanto, para manter a motivação intacta, é necessário criar metas alcançáveis. 

Não adianta partir para o mais difícil e inalcançável dentro da horticultura terapêutica. É mais fácil focar nos possíveis benefícios mentais da prática, mantendo-se otimista aos objetivos desejados. 

4. Mantenha-se presente

A premissa da horticultura terapêutica é enraizada no relaxamento providenciado pela natureza. Por isso, se estressar dentro das atividades horticulturais pode ser um tanto contraintuitivo. 

Para ter certeza de que os benefícios dessa prática sejam colhidos, tente realizá-la com os pensamentos limpos. Pratique a meditação, se for possível, e tente focar apenas no presente e na atividade realizada. 

“Quando você pratica, você se concentra em algo fora de si e se envolve em um processo bioquímico e experiência sensorial. Você usa a visão para perceber cores e formas, toca o solo com a ponta dos dedos, inala o aroma das flores. Ouve-se com mais do que os ouvidos”, diz Greg DilLsio, guia espiritual e ao ar livre da Miraval Berkshires.


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