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Reunião do Conselho de Segurança da ONU traça um roteiro para ser seguido pelos países, com o objetivo de incentivar a inclusão e a diversidade

Por ONU Brasil Em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, o secretário-geral, António Guterres, apresentou um novo roteiro de inclusão para tratar as múltiplas raízes de conflitos pelo mundo. Entre seus quatro pontos listados por ele estão pessoas, prevenção, gênero e instituições. 

O evento foi convocado pelo México, que ocupa no momento a presidência do Conselho, e teve como pauta principal examinar a relação entre desigualdade, pobreza e outras causas profundas dos conflitos armados.

O chefe da ONU pediu redirecionamento de parte dos recursos militares no mundo para o desenvolvimento humano, como forma de prevenir conflitos. Os gastos militares globais atingiram seu pico anual de quase 2 trilhões de dólares em 2020.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou um “Plano Mundial de Fraternidade e Bem-estar” que deve ser lançado em breve como forma de garantir uma vida digna para 750 milhões de pessoas.

A diversidade deve ser vista como um benefício poderoso, ao invés de uma ameaça, especialmente em países em conflito, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, na terça-feira (9), durante um debate no Conselho de Segurança focado na inclusão.

A reunião, convocada pelo México, presidente do Conselho durante o mês de novembro, foi realizada para examinar a relação entre as várias causas profundas dos conflitos armados, como a desigualdade e a pobreza.

“A exclusão e as desigualdades de todos os tipos – econômicas, sociais e culturais – têm um custo devastador para a segurança. Na verdade, o aumento das desigualdades é um fator de crescente instabilidade ”, argumentou Guterres.  

Uma aposta no futuro – O chefe da ONU traçou um “roteiro para a inclusão” com quatro pontos, instando os países a tomarem mais medidas que considerem pessoas, prevenção, gênero e instituições.

“Sem plena inclusão e igualdade, a paz é um trabalho feito pela metade. Porque a paz verdadeira e sustentável só pode ser levada avante por pessoas que são apoiadas, que são incluídas e valorizadas, que se sentem realmente parte de sua sociedade – e têm um interesse em seu futuro ”, afirmou Guterres.

A autoridade máxima das Nações Unidas exortou os países a investirem no desenvolvimento humano e em um “Novo Contrato Social” que inclua cobertura universal de saúde, proteção social e redes de segurança, bem como vacinas contra a COVID-19 para todos.  

Progresso garantido – Ele ressaltou que, no ano passado, os gastos militares globais atingiram seu maior aumento anual desde 2009, e agora estão perto de dois trilhões de dólares por ano.

“Imagine o progresso que poderíamos fazer – a paz que poderíamos construir, os conflitos que poderíamos prevenir – se dedicássemos pelo menos uma fração disso ao desenvolvimento humano, igualdade e inclusão”, argumentou.

O chefe da ONU pediu o fortalecimento da prevenção em várias frentes para lidar com diferentes tipos de exclusão e desigualdades, com foco particular em gênero e juventude, inclusive durante os processos de paz. 

Mulheres e construção da paz – Acabar com as desigualdades e a exclusão também é fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável, acrescentou Guterres, ao mesmo tempo em que pediu prioridade ao papel crucial das mulheres na construção da paz.   

“Podemos traçar uma linha reta entre a violência e a exclusão das mulheres e a opressão civil e o conflito violento”, destacou. “De estupro e escravidão sexual sendo usados ​​como ferramentas de guerra, até o fio da misoginia que perpassa o pensamento extremista violento e a exclusão das mulheres de posições de liderança e nos processos de paz.” 

O secretário-geral destacou como a ONU continua a lutar pelos direitos das mulheres e meninas em todo o mundo. “Isso inclui no Afeganistão, onde continuamos a trabalhar com as autoridades de fato para manter as meninas na escola e garantir que as mulheres possam participar plenamente da vida civil e econômica”, disse ele. 

Direitos iguais e justiça – Em sua observação final, Guterres enfatizou a necessidade de construir confiança por meio de instituições nacionais enraizadas nos direitos humanos e no Estado de direito.

“Isso significa sistemas de justiça que se aplicam a todas as pessoas, igualmente – não apenas aos ricos ou àqueles que detêm as rédeas do poder”, informou. “Significa construir instituições resilientes à corrupção e ao abuso de poder – baseadas em princípios de integridade, transparência e responsabilidade”, reforçou. 

Ao mesmo tempo, o secretário-geral enfatizou que as políticas e leis devem proteger os grupos vulneráveis, enquanto as instituições de segurança e do Estado de direito devem atender às necessidades de todas as pessoas.

Plano global da fraternidade – Em seu discurso, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, disse que seu país proporá em breve o estabelecimento de um Plano Mundial de Fraternidade e Bem-estar que garanta uma vida digna para as 750 milhões de pessoas em todo o mundo que sobrevivem com menos de dois dólares por dia.  

O financiamento do plano viria de pelo menos três fontes: uma contribuição voluntária anual das mil pessoas mais ricas do mundo, através de 4% de sua renda; uma contribuição semelhante das mil maiores empresas privadas e 2% do Produto Interno Bruto (PIB) de cada uma das principais nações industrializadas do G20. 

O presidente López Obrador estimou que isso geraria cerca de um trilhão de dólares por ano. Ele ressaltou que os fundos devem chegar aos beneficiários diretamente e sem intermediários.


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