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Conheça mais sobre os canabinoides e suas propriedades

Os canabinoides são compostos químicos encontrados em plantas do gênero Cannabis, como a maconha e o cânhamo. Desde a identificação desses compostos, cientistas encontraram mais de 140 tipos diferentes de canabinoides.

Ao todo, os canabinoides são separados nas seguintes subclasses: 

  • Canabigerois (CBG)
  • Canabicromenos (CBC)
  • Canabidiol (CBD)
  • Tetrahidrocanabinol (THC)
  • Canabinol (CBN)
  • Canabinodiol (CBDL)
  • Outros canabinoides, incluindo canabiciclol (CBL), canabielsoína (CBE) e canabitriol (CBT)

No entanto, dois deles são comumente usados e conhecidos ao redor do mundo: o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). 

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CBD e THC: qual a diferença? 

O THC é um composto responsável pelos efeitos psicoativos da maconha — a famosa “brisa”. Já o canabidiol não atua nos receptores canabinoides do cérebro. Portanto, não causa os efeitos psicotrópicos característicos da maconha. 

A maioria do CBD utilizado no mundo inteiro é extraído a partir do cânhamo, e não da Cannabis sativa — embora a planta também contenha a substância. 

O interesse público e comercial do CBD é derivado de seus promissores benefícios para a saúde e para a qualidade de vida. Onde a substância é legalizada, pacientes usam-no para o tratamento de doenças e condições, incluindo a dor crônica e problemas de saúde mental. 

Descoberta dos canabinoides

Durante a década de 60 a maconha estava em alta. Porém, não se sabia muito sobre a planta e seus compostos. Pensando nisso, Raphael Mechoulam, um químico, começou a estudá-la.

Já em 1964, Mechoulam e seus colegas haviam, pela primeira vez, determinado a estrutura de ambos o THC e o CBD. O estudo de Mechoulam abriu o caminho para diversas outras pesquisas envolvendo a planta e, ao longo das décadas, cientistas do mundo inteiro conseguiram identificar mais de 140 canabinoides

Porém, foi Mechoulam, que pela primeira vez, também descobriu que o ser humano é capaz de produzir um composto natural similar aos canabinoides. Chamadas de endocanabinoides, essas substâncias agem no sistema endonacabinoide — um sistema de comunicação encontrado no cérebro e no corpo responsável pela é a homeostase, que regula muitas das funções essenciais do corpo, incluindo:

  • Níveis hormonais e fertilidade;
  • Frequência cardíaca;
  • Temperatura corporal;
  • Fome e digestão;
  • Função imune;
  • Sono;
  • Humor;
  • Memória e concentração;
  • Dor;
  • Controle motor;
  • Consciência de sentidos.

Desde então, múltiplas pesquisas foram encarregadas de desvendar os efeitos desses compostos no organismo humano. 

Quais são os efeitos dos canabinoides? 

Como já mencionado, os canabinoides atuam no organismo através do sistema endocanabinoide, que possui receptores canabinoides presentes na superfície das células, cujos tipos mais comuns são denominados CB1 e CB2. 

Os seus efeitos dependem da parte do cérebro envolvida. Em geral, os efeitos no sistema límbico podem alterar a memória, a cognição e o desempenho psicomotor. Já os efeitos na via mesolímbica podem afetar as respostas de recompensa e prazer e a percepção da dor. 

Isso pode ser traduzido nos seguintes efeitos: 

  • Sensações de euforia e bem-estar; 
  • Riso espontâneo e emoção;
  • Boca seca; 
  • Apetite aumentado; 
  • Humor quieto e reflexivo.
planta da espécie cannabis, que contém canabinoides
Foto de Roberto Valdivia na Unsplash

Usos e possíveis benefícios dos canabinoides 

Por serem compostos encontrados na maconha, grande parte do uso dos canabinoides é recreacional — principalmente o THC. Entretanto, as pesquisas sobre os efeitos positivos dessas substâncias promoveu a extensão de seus usos na medicina. 

Atualmente, alguns dos usos dos canabinoides incluem: 

  • Aliviar a dor e da inflamação: por conter propriedades anti-inflamatórias, muitos desses compostos são usados no tratamento de artrite, fibromialgia, endometriose, esclerose múltipla, glaucoma, neuropatia e doença de Crohn;
  • Tratamento de perda de peso extrema de AIDS, a partir de seus efeitos no aumento do apetite; 
  • Melhorar o controle muscular e diminuir a espasticidade em condições como a doença de Parkinson e a doença de Huntington;
  • Controle de convulsões epilépticas; 
  • Tratamento de condições da saúde mental, principalmente a ansiedade, uma vez que apresenta efeitos ansiolíticos.
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Efeitos colaterais 

Embora possuam menos efeitos colaterais que grande parte dos farmacêuticos, os canabinoides também podem apresentar efeitos colaterais. Porém, esses efeitos dependem do tipo de canabinoide consumido. 

THC e maconha

A maioria dos efeitos colaterais da maconha e do THC decorre de seu efeito de superestimulação de partes do cérebro. Eles incluem: 

  • Mudanças de humor; 
  • Dificuldade de concentração; 
  • Sentidos alterados; 
  • Habilidades motoras prejudicadas;
  • Memória prejudicada. 

Em doses maiores, os compostos também podem causar: 

  • Alucinações;
  • Ilusões;
  • Psicose. 

CBD

Em doses controladas, o CBD é seguro para consumo e possui potencial terapêutico. Por outro lado, o consumo de altas doses de um tipo de prescrição de CBD, chamado Epidiolex, pode resultar em sinais de lesão hepática.

Outros possíveis efeitos colaterais do consumo de produtos à base de Cannabis incluem: 

  • Boca seca;
  • Pressão baixa; 
  • Tontura;
  • Sonolência;
  • Níveis hormonais alterados;
  • Estimulação do sistema imunológico em níveis baixos, mas supressão do sistema imunológico em níveis mais altos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em sua forma pura, o CBD não parece ter potencial de abuso ou de causar danos.

Legalidade


No Brasil, os produtos da Cannabis são legais para o uso medicinal, de acordo com a Resolução nº 335 de janeiro de 2020 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Pessoas com receita médica podem importar e usar canabinoides, como o CBD, mesmo que a fabricação desses produtos não seja regulamentada.


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