Confira 11 dicas que podem te ajudar a proteger o cachorro com medo de fogos de artifício das épocas festivas
Saber como acalmar o cachorro com medo de fogos de artifício pode evitar sérios problemas. Não deixá-lo sozinho, colocar música clássica para tocar e evitar amarrá-lo são algumas dicas que você pode aderir. Assim, ele fica menos assustado durante uma queima de fogos. Confira outras dicas para proteger seu cão dos fogos:
Fogos de artifício
Os fogos de artifício foram levados até a Europa pelos árabes. Passaram a ser utilizados na Itália, no final do século XIV, em festividades de caráter cívico e/ou religioso. Desde então, há relatos da sua utilização para diversas finalidades, principalmente em períodos de comemorações.
No Brasil – o segundo maior produtor mundial de fogos de artifício – os fogos são classificados em quatro categorias (A, B, C e D), de acordo com a quantidade de pólvora, que reflete no nível do estampido (som forte). Somente o tipo A não produz estampido, e, provavelmente por isso, não é tão popular entre os consumidores.
A virada do ano, o Natal e outras festividades católicas de junho (principalmente na Bahia) são as épocas em que o uso de fogos de artifício é mais intenso.
Entretanto, essa prática apreciada por algumas pessoas pode causar danos irreversíveis aos animais, ambiente e pessoas. Desta forma, podendo ser entendida como uma poluição atmosférica e sonora. Saiba mais sobre esse tema na matéria: “Queima de fogos de artifício: espetáculo não compensa danos“.
Os danos causados ao cachorro com medo de fogos
Os principais problemas causados a cães e gatos em decorrência do barulho de fogos de artifício são reações comportamentais como estresse e ansiedade. Há casos que se resolvem apenas com o uso de sedativos ou podem culminar em danos físicos e até morte.
O barulho, associado ao medo, desencadeia respostas fisiológicas de estresse, por meio da ativação do sistema neuroendócrino. Isso resulta em uma resposta de luta ou fuga, observada por meio do:
- Aumento da frequência cardíaca;
- Vasoconstrição periférica;
- Dilatação da pupila;
- Piloereção (arrepio dos pelos);
- Alterações no metabolismo da glicose.
O animal com medo procura se afastar do barulho tentando se esconder dentro ou embaixo de móveis ou espaços apertados. Ele pode tentar fugir pela janela, cavar buracos, tornar-se agressivo. Além de apresentar salivação excessiva, respiração ofegante, diarreia temporária, urinar ou defecar involuntariamente.
Além disso, durante a tentativa de fuga do barulho causado pelos fogos de artifício podem acontecer acidentes. Alguns exemplos são atropelamentos, quedas, colisões, ataque epilético, desnorteamento, surdez, ataque cardíaco ou o desaparecimento do animal. Ele pode percorrer longas distâncias em estado de pânico e não conseguir retornar ao seu local de origem.
Apesar da queima de fogos de artifício ser esporádica, a preocupação com os danos provocados aos animais é legítima. Afinal, o medo ocasionado pelo barulho dos fogos de artifício pode desencadear pânico generalizado por outros ruídos de tipos semelhantes, como o som de um trovão.
Ainda, um estudo publicado na Frontiers in Veterinary Science mostrou que ruídos intermitentes e de alta frequência também podem causar diversos prejuízos ao cachorro. O micro-ondas é um exemplo.
Como proteger o cachorro dos fogos e rojões
Confira algumas dicas adaptadas da organização sem fins lucrativos “El Campito Refugio” sobre como proteger e acalmar o pet. No caso, cachorro que tem medo de fogos de artifício:
- Evite amarrá-lo, pois o animal pode se ferir;
- Evite deixá-lo no quintal, terraço ou varanda;
- Monte um abrigo com água fresca e música alta (os especialistas dizem que a música clássica ajuda a combater o estresse).
- Deixe-o bem alimentado, mas sem alimentos a disposição durante a queima de fogos;
- Tente não tocá-lo, pois isso pode reforçar o estresse;
- Identifique-o com uma coleira que mostre claramente um telefone de contato para que, se eles escaparem, possam ser devolvidos;
- Se você sabe que haverá queima de fogos, passeie antes, para que ele fique cansado;
- Não o deixe sozinho;
- Coloque-o em uma sala segura, livre de obstáculos, sem espelhos ou bordas afiadas e com as janelas e cortinas fechadas;
- Se puder, deixe uma casinha, caminha e/ou panos com o cheiro do dono para que ele ali se “esconda”, isso traz segurança
- Feche portas e janelas para reduzir o volume da explosão dos fogos de artifício;
- Sempre procure ajuda veterinária antes de optar por sedativos.
O ideal é que você siga essas dicas para fazer o animal se sentir mais seguro.