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Apontados pela ONU como possível solução para fome global, insetos na alimentação podem trazer vários benefícios

Você sabe quais são os Insetos para consumo humano? Se a ideia da produção de insetos para alimentação parece um pouco absurda, saiba que, em 2013, um relatório publicado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) sugeriu justamente os insetos para consumo humano como alternativa de proteína para combater a fome no mundo. Além disso, o consumo de insetos é muito popular e apreciado em várias partes do globo. E, sim, o hábito pode ser muito saudável!

Alimentos do futuro
Insetos, algas, carne artificial: quais são os alimentos do futuro?

No Brasil, os insetos comestíveis já fazem parte da rotina. Um prato muito popular em áreas do interior de Minas Gerais e no Nordeste, por exemplo, é a farofa preparada com formiga tanajura. Aliás, a própria Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece um limite para fragmentos de insetos (bem como pelos de ratos) em produtos alimentícios. Na verdade, os insetos como fonte de alimentação humana são muito mais comuns do que você pode imaginar.

Insetos para consumo humano mais populares

Insetos para consumo humano
Foto de Jenny Chambers na Unsplash

Mas, qual o nome que se dá à prática de comer insetos? Entomofagia é o nome dessa prática. Conheça os tipos de insetos mais comuns na alimentação das pessoas ao redor do mundo, como grilos e gafanhotos. Confira as propriedades nutricionais de cada um deles.

Grilos

Os grilos adultos podem ser uma boa fonte de ferro, proteína e vitamina B12. Eles podem ser preparados de várias maneiras. Nos Estados Unidos, eles são moídos e adicionados em outros alimentos, como shakes de proteína e farinhas. Os grilos constituem uma alternativa eco-friendly e muito saudável de inseto para consumo humano.

Gafanhotos

Ricas em proteínas, essas criaturas são populares em todo o mundo, especialmente no México, América Latina e partes da África e da Ásia. A demanda deles em Uganda é tão alta que o quilo de gafanhoto na região é mais caro do que a carne bovina. No México, eles são normalmente servidos torrados em óleo, com alho, limão e sal.

Cupins

Eles podem ser mais conhecidos por mastigar madeira, mas na África e em outras partes do mundo são conhecidos como comida. Ricos em proteínas, ácidos graxos e outros micronutrientes, os cupins também possuem ferro e cálcio. Podem ser servidos fritos, defumados ou secos ao sol.

Formigas

Certos tipos, especialmente as larvas e pupas da formiga tecelã, são muito procurados na Ásia. As formigas são consideradas iguarias em partes da América do Sul. Inclusive aqui no Brasil, onde alguns dos chefs de cozinha mais renomados costumam usá-las para compor pratos sofisticados. São uma boa fonte de proteína e, geralmente, apresentam um sabor cítrico.

Abelhas

A larva é a forma da abelha normalmente usada como alimento. Ricas em aminoácidos, vitaminas B e outros nutrientes, as abelhas têm sido descritas como tendo uma textura gordurosa e amanteigada. São comuns na Tailândia. Aborígenes australianos usam abelhas sem ferrão como fonte de açúcar.

Besouros

O mais popular dos insetos que você pode comer, o adulto H. parallela é rico em proteínas e várias vitaminas e sais minerais. Eles podem ser torrados a seco ou usados em receitas (sem cabeça, braços e pernas).

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Esses insetos contêm muitos ácidos graxos ômega-3, proteínas, vitaminas e minerais como cobre, sódio, potássio, ferro, zinco e selênio. Eles podem ser comidos crus, mas geralmente são servidos torrados ou moídos e adicionados à farinha. No México, às vezes são usados dessa forma na preparação de tortillas.

Moscas

Algumas moscas, ricas em proteínas, são trituradas e usadas no leste da África para enriquecer produtos de panificação como biscoitos e bolinhos. Outra forma de consumi-las pode ser em produtos de carne como linguiça e bolo de carne. Por outro lado, as moscas também podem ser assadas para consumo.

Lagartas

Em algumas regiões da África, quase 9,5 bilhões de lagartas são consumidas a cada ano. Isso ocorre em parte porque elas são uma fonte importante de proteína, especialmente durante a estação chuvosa. 

As lagartas também são populares na Ásia e no México. Nesses países, uma das formas mais comuns de servi-las é frita ou refogada, temperada com molho picante e envolvida em uma tortilla. Também podem ser encontradas no fundo de uma garrafa de tequila mescal.

inseto-besouro
Conheça os insetos que você vai comer no futuro

É saudável comer insetos?

Uma pesquisa, da revista Food Chemistry, aponta que grilos e outros insetos podem ser a chave para a alimentação de cerca de 9,7 bilhões de pessoas em 2050. Segundo a autora, Michelle Colgrave, da Universidade Edith Cowan, mais de 2 bilhões de pessoas no mundo incluem insetos na alimentação diariamente. Para ela, esses animais são uma solução sustentável para o problema da fome global, fornecendo proteínas que complementam as fontes tradicionais do nutriente.

Além disso, muitos estudos têm mostrado que comer insetos traz benefícios para a saúde. Logo, equilibrando a flora intestinal, reduzindo a pressão arterial e contribuindo com o fornecimento de antioxidantes.

Embora a criação de insetos voltada para a produção de alimento seja promissora, as propriedades alergênicas desses animais ainda preocupa os pesquisadores. O estudo mostrou também que os insetos, assim como vários frutos do mar, podem causar reações graves em algumas pessoas.

Segundo a professora, a alergia afeta até 3% das pessoas do mundo, mas varia de acordo com a idade e a região. Mesmo assim, há uma boa chance de que as pessoas alérgicas a mariscos também reajam a insetos. Por isso, é importante que alimentos à base de insetos sejam testados e rotulados corretamente. Para, assim, garantir que as pessoas com alergias não os consumam por acidente.

Por que comer insetos? 

Além de evitar a escassez de alimentos e a possibilidade de diminuir a fome no mundo através do consumo de insetos, a produção desse tipo de alimento pode oferecer benefícios ao planeta. 

A maior parte da terra disponível para cultivo já está sendo usada, o que significa que soluções mais inovadoras e sustentáveis ​​precisarão ser usadas para que todos possam ter as suas necessidades básicas atendidas. A substituição da carne bovina por novas fontes de proteínas é uma pauta que tem sido muito discutida por pesquisadores, já que para atender a crescente demanda do mercado consumidor, tem-se desmatado florestas para a formação de pastos, principalmente para a criação de bovinos de corte. 

Além disso, o modelo vigente também contribui para um aumento na quantidade de gases do efeito estufa liberados por estes animais durante o processo de ruminação, contribuindo para a intensificação do efeito estufa e, consequentemente, do aquecimento global.
Desse modo, a alternativa de investimento em insetos para consumo humano pode reduzir os impactos ambientais relacionados à produção de alimentos.


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