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Cordão umbilical desempenha um papel importante ao fornecer oxigênio e nutrientes essenciais

Quando um bebê nasce prematuramente, é comum os médicos realizarem o corte imediato do cordão umbilical para iniciar intervenções médicas. No entanto, uma nova análise abrangente sugere que essa prática pode não ser a mais benéfica para os recém-nascidos prematuros, pois o cordão umbilical desempenha um papel importante ao fornecer oxigênio e nutrientes essenciais.

A pesquisa, conduzida por meio de uma meta-análise que examinou dados de dezenas de ensaios clínicos randomizados envolvendo cerca de 10.000 bebês prematuros em diferentes países, revela resultados surpreendentes. Publicado no renomado periódico Lancet, o estudo aponta que aguardar para pinçar e cortar o cordão umbilical pode reduzir significativamente o risco de mortalidade entre os prematuros, uma população que enfrenta quase um milhão de óbitos anualmente em escala global.

Uma análise adicional revelou que as taxas de sobrevivência eram ainda melhores quando os médicos aguardavam pelo menos dois minutos antes de realizar o clampeamento do cordão umbilical – um período mais longo do que o atualmente recomendado pela maioria das organizações de saúde pública. Jessica Illuzzi, especialista em intervenção obstétrica da Escola de Medicina de Yale, comenta que essas descobertas ressaltam a importância do tempo na preservação da vida dos prematuros: “Quanto mais tempo aguardarmos, melhor será o prognóstico. Se o cordão for cortado muito rapidamente, o coração do bebê pode não receber a quantidade adequada de sangue”.

O procedimento de clampeamento imediato do cordão umbilical ganhou popularidade somente no século XX, à medida que os partos migraram dos lares para os hospitais. No entanto, estudos recentes ao longo dos últimos doze anos têm reforçado a ideia de que o clampeamento tardio pode proporcionar benefícios substanciais, incluindo aumento do volume sanguíneo, contagem de glóbulos vermelhos e reservas de ferro, além de facilitar a transição para a respiração independente. Como resultado, muitos profissionais da saúde agora adotam essa prática.

Apesar dos avanços, alguns obstetras ainda relutam em adiar o clampeamento do cordão umbilical em bebês prematuros, especialmente quando há complicações de saúde evidentes. Anna Lene Seidler, bioestatística da Universidade de Sydney e autora principal dos estudos, destaca que, em algumas situações, a intervenção imediata pode ser necessária, como em casos de hemorragia materna ou quando o recém-nascido precisa de reanimação.

No entanto, como ressalta Seidler, muitos cuidados médicos, como o aquecimento e a estimulação dos bebês, podem ser realizados sem a necessidade imediata de cortar o cordão umbilical. Ela conclui que, embora a medicina moderna tenha contribuído significativamente para a melhoria da vida dos prematuros, em relação a esse aspecto, os métodos tradicionais muitas vezes se mostram mais eficazes.

Fonte: Scientific American


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