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Na visão de Lucas Gobatti, os telhados vegetados promoveriam diversas funcionalidades para as cidades brasileiras, além de serem um aliado na promoção de serviços ecossistêmicos, envolvendo o manejo das águas das chuvas

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Estudos na área de gestão de águas pluviais demonstram o potencial dos tetos vegetados, pela promoção de serviços ecossistêmicos e a criação de hábitats para espécies botânicas. Este é mais um exemplo das soluções baseadas em mecanismos da natureza, frequentemente utilizadas na engenharia. 

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, Lucas Gobatti, engenheiro civil pela Escola Politécnica (Poli) da USP, também titulado no Programa de Dupla Formação FAU-Poli, diz que os tetos vegetados são estruturas interessantes nas cidades. Esse tipo de estrutura teria a configuração de jardins suspensos, só que em cima de lajes e telhados. 

A diversidade de climas existente no Brasil proporciona desempenhos diferentes do mecanismo da captação pluvial, isso porque cada clima tem seu regime de chuva e variações de temperatura. Por isso, a escolha pela ocupação dos topos das edificações é pensada no índice de 40% a 50% do escoamento de água na cidade de São Paulo, mas poderia funcionar em outras localidades. 

Além de promover um novo destino para as águas pluviais, o telhado permite a instalação de uma potencial cobertura vegetal. Na fase de testes, a vinda de polinizadores e o crescimento espontâneo de plantas ocasionaram o desenvolvimento de uma biodiversidade maior, que, para Gobatti, possui relação com a capacidade dos indivíduos colonizarem um local com condições menos favoráveis. 

Testes e viabilização

Para testar o aparelho, um experimento comparou dois protótipos em duas “pequenas casinhas”, uma delas com teto cerâmico e outra com teto vegetal. Assim, foi relacionando a vazão com o índice pluviométrico que os pesquisadores determinaram o quanto foi descarregado de água, pensando na capacidade de cada um dos telhados de reter e armazenar água. 

No caso do telhado vegetal, ele segura a parte da água de chuva, impedindo que ela chegue nas redes de coleta de águas pluviais, fazendo com que o escoamento ocorra por meio da transpiração ou pela evaporação do solo. “Dependendo das condições ambientais e do regime de chuvas, o “teto” pode reter de 34% até 100%”, complementa ele. 

Por agora, para viabilizar a implementação da criação, o engenheiro chama atenção para a necessidade de uma impermeabilização adequada, além da necessidade de políticas públicas efetivas, usando essas soluções para a gestão das águas nas cidades. Ele também adiciona a importância da criação de normas que regulamentem os telhados verdes. 

Este texto foi originalmente publicado pelo Jornal da USP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original. Este artigo não necessariamente representa a opinião do Portal eCycle.


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