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Nova regulamentação deve agir até 2030 para reduzir o desperdício de materiais e para garantir o plano de economia circular da UE

A União Europeia planeja acabar com o fast-fashion até 2030 com a implementação de uma nova regulamentação de eco-design. A indústria da moda é responsável por até 10% de todas as emissões de carbono mundiais, além de contribuir para a poluição e escassez de água, portanto, essas novas leis poderão ter um impacto positivo no meio ambiente.

Porém, a regulamentação não é exclusiva para a indústria têxtil. Qualquer outra produção, de acordo com oficiais da UE, deverá seguir os padrões estabelecidos pela comissão para garantir produtos de melhor qualidade e vida útil.

Um dos maiores problemas do consumismo, afinal, é a degradação de produtos novos. Isso se dá à produção acelerada e compulsiva da indústria, que prioriza a quantidade em vez da qualidade da mercadoria para acompanhar as tendências atuais.

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Consumismo e conscientização: um debate necessário

De acordo com um dos oficiais responsáveis pela criação da regulamentação, todos os produtos deveriam ser feitos com uma durabilidade e funcionalidade maiores. Muitas das coisas que compramos têm uma vida útil curta, o que contribui para o consumo exacerbado, mas que também é resultante da indústria fast.

Além do fast-fashion, outras partes da indústria também utilizam da mesma ideologia — manter a produção acelerada e exacerbada para garantir o lucro. Um dos exemplos desse feito é o fast furniture, que é a produção em massa de móveis para comercialização imediata.

Nos Estados Unidos, um dos países conhecidos por seu consumo exacerbado, cerca de 12 milhões de toneladas de móveis são jogados fora todos os anos. Esse aumento de volume nos aterros sanitários apenas contribui para os iminentes problemas do planeta terra. O impacto físico dos aterros sanitários deriva da produção de uma quantidade significativa de chorume e biogás, rico em metano.

O fast-fashion também tem problemas parecidos. De acordo com o The Guardian, todo europeu é, em média, responsável pelo descarte de cerca de 11 quilos de roupas, sapatos e outros produtos da indústria têxtil por ano.

Entre os objetivos da nova regulamentação da UE está a diminuição do impacto desses produtos em aterros sanitários.

Uma das propostas para a implementação dessas leis é que os fabricantes devam usar uma certa quantidade de materiais recicláveis em seus produtos, ou coibir o uso de outros materiais difíceis de serem reciclados. Além de impulsionar a reciclagem, essa proposta, por exemplo, faz parte de uma tática da economia circular — onde não há desperdício e tudo que possa ser reaproveitado, é utilizado.

Também visando banir o greenwashing, a regulamentação prevê a proibição de rótulos que apontem que um produto é sustentável sem provas concretas. Greenwashing é uma tática de promoção às custas do meio ambiente, prometendo mudanças e ações eco-friendly, que acabam não sendo realizadas.

Embora ainda não esteja claro quando ou como essa regulamentação iniciará, é estimado que colchões e tapetes sejam os primeiros produtos a seguirem as regras de eco-design a serem implementadas.


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