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Sistema econômico comum em diversos países do mundo, o capitalismo tem base na acumulação de capital e na propriedade privada

O capitalismo é um sistema econômico que valoriza a propriedade privada, o livre mercado  e o controle dos meios de produção pelos capitalistas. No capitalismo, os donos dos meios de produção objetivam maximizar seus lucros por meio da lei de oferta e demanda,  garantindo o controle mínimo do Estado sobre o mercado.

Ao todo, existem duas classes sociais que formam o capitalismo: os capitalistas (donos do meio de produção) e os proletários (trabalhadores). Os capitalistas são donos dos meios de produção, que são compostos pelo empreendedorismo, bens de capital, recursos naturais, e mão-de-obra. Para garantir o acesso da população à mercadoria, os capitalistas contratam a mão-de-obra do proletariado para a produção.

Em um sistema capitalista a produção funciona da seguinte forma: o dono da empresa contrata o funcionário; ele produz a mercadoria; ela é levada ao mercado e vendida por um custo maior do que o de fabricação; o lucro disso retorna ao dono da empresa, que repassa parte do valor para os empregados e para a compra de matéria prima e depois fica com o resto. 

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Quais as características do capitalismo? 

Lei da oferta e demanda 

Dentro do capitalismo é ideal que o Estado tenha o menor poder possível sobre o mercado. Sendo assim, o mercado livre é valorizado, controlado apenas pela Lei da oferta e demanda. Essa lei dita que quando a demanda por um produto aumenta, o seu preço também.

Logo, as empresas competidoras aumentam a produção da mesma mercadoria, e competem entre si para ver quem oferece o menor preço ou melhor produto, e assim, consegue vender mais. Essas indústrias também trabalham para reduzir os gastos de produção, com o único objetivo de obter maior lucro nas vendas. 

Propriedade privada

A propriedade privada é de extrema importância para o sistema de produção do capitalismo. Afinal, quando um indivíduo tem direito a uma propriedade onde ele pode ditar o funcionamento e os gastos, sem intervenção do Estado, ele lucra mais. Além disso, a liberdade de mercado garante a venda e troca de propriedades sem necessidade de ação do governo.

Trabalho e mão de obra assalariada

O trabalho assalariado é um dos pilares do capitalismo. Os proletariados trabalham para os capitalistas em troca de um salário, seja ele justo ou não, que corresponda com suas funções. Essa característica deixou para trás as relações de servidão e escravidão que existiu em outros sistemas economicos, como o feudalismo. 

O salário do trabalhador é o que garante a funcionalidade do mercado. Isso porque quando o proletariado recebe seu dinheiro, ele pode gastar com as mercadorias dispostas pelas grandes empresas, gerando assim a demanda. 

Classes sociais 

É preciso entender que no capitalismo só existem duas classes sociais: o proletariado e o capitalista. O dono da propriedade privada dos meios de produção (o capitalista) é aquele que faz a acumulação de riquezas, enquanto o proletariado é o que recebe um salário em troca de sua mão de obra.

Devido a disponibilidade de educação básica e superior, algumas pessoas conseguem salários maiores que os outros. A escolha de certas pessoas para cargos superiores depende, geralmente, de uma formação específica na área. Porém, um gerente que subiu de cargo devido ao seu curso superior não deixa de ser um proletariado, assim como o faxineiro que completou apenas o ensino básico. 

Competição

Através do livre mercado, as grandes empresas podem competir entre si para ver quem consegue o maior lucro – por meio de mercadoria mais barata ou de melhor qualidade. Além disso, para que haja acumulação de capital, é preciso que as indústrias tenham liberdade de determinar os preços de seus produtos, através da relação entre elas e os compradores. 

Menor papel do Estado 

Para garantir o maior lucro possível por parte dos detentores dos meios de produção, o Estado precisa ter a menor relevância possível na regulação do mercado. No entanto, é pouco comum que isso aconteça, já que boa parte dos países capitalistas são formados por economias compostas — onde o Estado tem empresas estatais ou determinam leis que regulamentam o capitalismo comercial.

Como o capitalismo surgiu?

O capitalismo começou a crescer e se estabilizar depois do século XV, com o fim do feudalismo e o início das Revoluções Industriais. Assim que a Idade Média foi chegando, a mudança do meio rural para os centros urbanos foi crescendo e a economia de troca foi ganhando cada vez mais importância no pré-capitalismo.

O mercantilismo foi um passo importante para o desenvolvimento do sistema, durante os séculos XVIII e XVI. Nessa época, os comerciantes viajavam entre países, por meio de navios, levando novos produtos. O período ainda não contava com a característica competitiva, já que era difícil duas ou mais regiões produzirem a mesma mercadoria.

Dessa forma, existia uma certa economia de mercado, porém ela funcionava de maneira menos violenta. Além disso, o colonialismo também fazia parte do cenário da época, mas ele não podia ser considerado um passo para o capitalismo. Afinal, os bens que eram produzidos na colônia eram levados para a Coroa, em um sistema semelhante ao feudalismo.

Foi então, com a Revolução Industrial, que o mercado ocidental se desestabilizou. Com o avanço das tecnologias, mais regiões podiam criar mercadorias que antes eram apenas exportadas. Isso causou o início da competição capitalista, em que mais empresas produziam, mais pessoas podiam trabalhar e as cidades iam ganhando mais espaço.

O socialista francês, Louis Blanc em 1850, foi responsável por nomear pela primeira vez esse tipo de sistema econômico. A palavra “capitalismo” veio do latim “capitalis” que se traduz para “cabeça de boi”. Louis queria enfatizar com o termo a ideia de um sistema de controle dos bens industriais de maneira individual, e não compartilhada. 

Quais os tipos de capitalismo? 

Guiado pelo estado: nesse caso, o governo que decide quais são os setores de crescimento da economia e quais as leis que vão regulá-la;

Oligárquico: tem como objetivo enriquecer uma pequena parcela da população;

Grandes empresas: tira partido de economias de escala e é de suma importância para produção em massa de mercadorias;

Camaradagem: incentiva a corrupção através da relação próxima entre os detentores dos meios de produção com o Estados, que beneficia aqueles que são de seu agrado;

Economia de mercado livre: o controle do mercado é descentralizado e a competição entre as empresas é incentivada;

Economias de mercado coordenadas: trocam informações privadas através de instituições não mercantis, como sindicatos e associações empresariais;

Para o que serve o capitalismo? 

O capitalismo é uma forma de organizar o sistema econômico humano, e assim como qualquer sistema, ele tem seus lados positivos e negativos. Confira a seguir algumas funções do capitalismo, boas e ruins: 

Redução dos preços: quando existe competição entre as indústrias também ocorre a queda dos preços. Desta maneira, os consumidores vão sempre consumir mais de quem oferece o menor valor, e gerar mais lucro ao capitalista;

Desigualdade social: o objetivo do capitalismo é a acumulação de riquezas para os donos do sistema de produção. Assim, apenas uma parcela da população terá acesso ao enriquecimento (os empresários), enquanto os proletários sobrevivem apenas com salários baixos. Importante lembrar que o salário do funcionário é um custo de produção e no capitalismo as empresas prezam pelo menor custo de fabricação — sendo assim os pagamentos são baixos;

Inovação: como o consumidor está sempre em busca de um produto ou serviço novo e as empresas precisam entregar isso para garantir seu espaço no mercado, sempre surgem novas mercadorias. Por isso o avanço tecnológico é constante;

Degradação do meio ambiente: a alta produção de bens materiais e a substituição rápida de tecnologias recentes impactam negativamente o meio ambiente. A poluição da indústria, a geração de resíduos — tanto pelo consumidor, quanto pelo produtor — e o consumo exagerado de recursos naturais são apenas alguns dos fatores que aumentam a degradação da natureza;

Liberdade de consumo: o consumidor pode escolher o produtor que for de seu agrado. Com uma variedade de mercadorias, o proletariado pode escolher pagar por um produto de boa qualidade e de menor valor, favorecendo o lucro da empresa responsável;

Crise econômica: devido a sua estrutura, o capitalismo está fadado a um sistema cíclico de crescimento e crises. Nos períodos de crescimento econômico,o mercado produz, oferta e vende muito, enquanto nos de recessão há pouco lucro, demanda e empregos.  Para pensadores, como Karl Marx e John Maynard Keynes, a crise é uma situação imanente do capitalismo

Concentração de poder: quando uma empresa cresce demais no mercado ela pode se tornar tão poderosa que acumula capital através da compra de outras indústrias. Isso gera um monopólio, onde as pessoas acreditam estar consumindo de diferentes empresas, quando na verdade geram lucro para apenas uma pequena parcela.

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Qual a diferença entre capitalismo e socialismo? 

A principal diferença entre capitalismo e socialismo está em quem é detentor dos meios de produção. Na economia capitalista, os indivíduos privados que controlam os meios de produção (capitalistas) e na economia socialista isso é um dever dos Estados, que regula e organiza o seu funcionamento. 

O que é o capitalismo no Brasil?

O Brasil é um país capitalista, assim como muitos outros países. Porém, por ter sido uma colônia por muitos anos, o capitalismo demorou para ter um desenvolvimento concreto em terras tropicais. Esse fator gera muitas críticas ao sistema capitalista brasileiro, que muitos afirmam se assemelhar ao capitalismo de camaradagem ou oligárquico. 

Apesar de existir certa intervenção do Estado na economia brasileira, com a criação de empresas estatais e taxações, o mercado ainda é controlado pelos capitalistas e pela indústria. Ou seja, existem empresas, competição mercadológica e grandes monopólios.


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