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A poluição petroquímica causa diversos impactos ao meio ambiente e à saúde humana

O setor petroquímico é o segmento mais expressivo e dinâmico da indústria química nacional. De modo geral, ele necessita de uma grande quantidade de recursos naturais e produz rejeitos que, quando não tratados adequadamente, resultam na alteração da qualidade do ar, do solo e da água.

Indústrias do polo petroquímico geram poluentes convencionais, como material particulado, dióxido de enxofre, monóxido e dióxido de carbono, ozônio e óxidos de nitrogênio. O setor também produz compostos orgânicos voláteis e metais pesados

Setor petroquímico

A petroquímica utiliza matérias-primas derivadas de petróleo e de gás natural para a produção de intermediários e resinas termoplásticas, principais produtos do setor de uso industrial. No Brasil, a indústria foi criada ao longo dos anos 70 e 80, com envolvimento marcante do Estado. 

A grande preocupação em construir empresas nacionais e, ao mesmo tempo, atrair multinacionais foi uma das características empregadas para a construção do setor petroquímico. O porte reduzido de empresas do setor e a escassa disponibilidade de matérias-primas eram os principais limitadores para a expansão desse mercado.

Poluição petroquímica

A poluição petroquímica causa diversos impactos ao meio ambiente e à saúde humana. Entre eles, pode-se citar a emissão de gases do efeito estufa e de outros poluentes atmosféricos, como o ozônio, a contaminação de solos e de corpos hídricos com óleos, graxas, metais pesados e compostos orgânicos dispostos inadequadamente, o que causa a eutrofização e a intensificação de problemas respiratórios e cardiovasculares. 

Petróleo

O petróleo é uma mistura de moléculas de carbono e hidrogênio que tem origem na decomposição de matéria orgânica, formada por meio da ação de bactérias em ambientes com pouco oxigênio. Ao longo de milhões de anos, esse material se acumulou no fundo de oceanos, mares e lagos e, ao ser pressionado pelos movimentos da crosta terrestre, deu origem à substância que chamamos de petróleo.

Esse material é encontrado em bacias sedimentares específicas, formadas por camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários. O petróleo é o combustível fóssil mais utilizado porque o seu refinamento origina várias frações ou misturas de compostos orgânicos com quantidades próximas de carbono, compondo os derivados do petróleo.

Gás natural

O gás natural é um combustível fóssil constituído principalmente por metano. As principais fontes desse tipo de recurso são jazidas de petróleo. Ele serve de matéria-prima para fabricação de plásticos, síntese de compostos orgânicos, além de ser utilizado como combustível.

Juntos, o petróleo e o gás natural fazem parte de um grupo chamado de combustíveis fósseis. 

Impactos do uso de combustíveis fósseis

A queima de combustíveis fósseis pode causar graves danos ao meio ambiente e à saúde humana. Ela está relacionada a diversos problemas respiratórios causados pela emissão de poluentes atmosféricos, como o monóxido de carbono. Além disso, o processo de combustão de combustíveis fósseis também leva à emissão de dióxido de enxofre e de óxidos de nitrogênio, contribuintes da chuva ácida.

Outro impacto negativo do uso de combustíveis fósseis para o meio ambiente é a intensificação do efeito estufa e, consequentemente, do aquecimento global. Isso acontece devido à emissão de gases do efeito estufa na atmosfera, como dióxido de carbono. Além dos poluentes primários, o consumo desses recursos pode dar origem a poluentes secundários, que se formam a partir de reações dos poluentes primários.

Um exemplo de poluente secundário é o ozônio. Ele ocorre naturalmente na estratosfera, camada da atmosfera localizada entre 15 e 50 km de altitude, onde a camada de ozônio desempenha a função de impedir a passagem de parte da radiação ultravioleta. O ozônio também pode surgir na troposfera, a camada mais baixa da atmosfera, através de reações químicas entre o dióxido de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis sob a ação de radiação solar. Uma das origens dos poluentes que formam o ozônio troposférico é a queima de combustíveis fósseis. O ozônio troposférico pode causar problemas respiratórios e cardiovasculares.

Plástico

Plástico
Imagem de  tanvi sharma no Unsplash

A palavra “plástico” vem do grego plastikos, que significa “próprio para ser moldado ou modelado”. Os plásticos se originam a partir de resinas derivadas do petróleo e do gás natural e pertencem ao grupo dos polímeros, que são longas cadeias moleculares.

O plástico é um dos materiais mais presentes no nosso cotidiano. Os diversos tipos de plásticos servem como matéria-prima para a fabricação de escovas de dente, brinquedos, bijuterias, peças do computador, utensílios de cozinha, entre outros. Seu emprego nos mais variados produtos se deve a fatores como alta durabilidade, baixo consumo de energia e facilidade de transporte e processamento. Apesar de suas vantagens, o plástico também causa diversos problemas.

Impacto do uso do plástico

Depois do refinamento e da fabricação dos milhares de produtos plásticos, eles vão parar nas prateleiras e, em sua maioria, acabam sendo rapidamente descartados (principalmente em se tratando de embalagens). No meio ambiente, os problemas são bem graves.

O plástico é difícil de ser compactado e gera um grande volume de lixo. Portanto, ele ocupa um grande espaço no meio ambiente, o que dificulta a decomposição de outros materiais orgânicos. A durabilidade e resistência do plástico viram problemas após o descarte. Como é à prova de fungos e bactérias, sua degradação é extremamente lenta, podendo demorar mais de 100 anos. Além disso, quando o plástico cai nos oceanos, ele se fragmenta em pequenas partículas plásticas, os chamados microplásticos, que acabam participando da cadeia alimentar.

A poluição visual também é outro malefício causado pelos resíduos plásticos. Isso sem contar o impacto dos plásticos no ecossistema marinho.

Microplásticos

Pesquisas demonstram que o plástico, no ambiente marinho, sofre ações do meio (sol, altas temperaturas, diferentes níveis de oxigênio, energia das ondas e presença de fatores abrasivos, como areia, cascalho ou rocha), fragmenta-se e passa a ter aparência de alimento para muitos dos animais marinhos, causando a morte deles e interferindo no ciclo reprodutivo de muitas espécies.

Em humanos — que podem estar se contaminando ao consumir animais marinhos — há evidências de que os microplásticos podem piorar a asma, inflamar o sistema imunológico, danificar os órgãos internos e chegar até às placentas de mulheres grávidas. Para o autor da pesquisa, vivemos em uma armadilha de plástico em que as partículas, de alguma maneira e em algum momento, voltam ao prato.

Em 2018, um estudo revelou que mais de 50% da população mundial tem microplástico em suas fezes. Segundo dados da organização sem fins lucrativos Orb Media, há microplásticos no ar que respiramos, em alimentos como o sal ou a cerveja e até na água que bebemos: cerca de 83% da água de torneira do mundo está contaminada com microplásticos. Um estudo encontrou partículas de microplástico até na água engarrafada.

Outro estudo identificou presença de plástico em todos os principais órgãos de filtragem do corpo humano. Os pesquisadores encontraram evidências de contaminação por microplástico em amostras de tecido retiradas de pulmões, fígado, baço e rins de corpos humanos doados para pesquisa.


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