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Estudo revela que 3,2 milhões de pessoas em todo o mundo desenvolveram diabetes por conta da poluição do ar

A relação entre a poluição do ar e o aumento de casos de diabetes já foi estabelecida por várias pesquisas (como essa e essa), que associam o ar poluído a doenças crônicas, doenças cardíacas e diabetes. Agora, uma nova pesquisa analisou os dados disponíveis até então e estabeleceu um modelo estatístico para ver em que medida a poluição do ar poderia explicar a aparição da doença, levando em conta fatores que favorecem a diabetes, como a obesidade. Eles concluíram que um em cada sete novos casos de diabetes é causado pela poluição do ar – é o equivalente a 14% dos casos.

“A poluição contribuiu para o desenvolvimento de 3,2 milhões de novos casos de diabetes no mundo em 2016, o que representa cerca de 14% do total”, afirmaram os autores do estudo, da Faculdade de Medicina de Washington em Saint-Louis, nos Estados Unidos. A pesquisa foi publicada este mês na revista científica The Lancet.

“Acreditamos que a poluição reduz a produção de insulina e provoca inflamações, impedindo o corpo de transformar a glicose do sangue em energia”, acrescentaram. A estimativa de 14% é baseada em dados médicos de 1,7 milhão de ex-combatentes norte-americanos, acompanhados por oito anos e meio e escolhidos por não terem diabetes no começo da pesquisa.

As partículas finas, expelidas por carros e fábricas e geradas por reações químicas na atmosfera, ficam suspensas e tornam o ar difícil de respirar. Associadas a fatores como genética, peso, nível de atividade física e dieta, elas influenciam o risco de desenvolver diabetes, um doença em ascensão no mundo todo. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 422 milhões de pessoas atualmente vivam com diabetes tipo 2, ao passo que em 1980 esse número girava em torno dos 108 milhões.

Níveis de poluição do ar ainda são muito altos

“Nossa pesquisa demonstra um elo significativo entre poluição do ar e diabetes no mundo”, afirmou em um comunicado o professor de medicina Ziyad Al-Aly, um dos autores do estudo. “É importante ressaltar esse fato porque muitos lobbies econômicos afirmam que os limites de poluentes na atmosfera são muito baixos. Mas temos provas de que os níveis atuais ainda devem ser reduzidos.”

Países que não respeitam os limites de poluição impostos, como India, Afeganistão e Guiana, apresentam maior taxa de diabetes decorrente da poluição do ar. No lado oposto, há menos casos desse tipo da doença em nações com legislações ambientais mais rígidas, como França, Finlândia e Islândia.


Fonte: RFI

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