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Conferência contou com a presença de 27 mil pessoas

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP23) foi encerrada em 17 de novembro em Bonn, na Alemanha, com as delegações expressando um “renovado senso de urgência” e uma “maior ambição” para combater as mudanças climáticas.

Os participantes debateram como manter o ritmo dois anos após a adoção do Acordo de Paris no contexto do recente anúncio pelo governo dos Estados Unidos de se retirar do tratado internacional.

Na COP23, cidades e governos locais – incluindo nos EUA – intensificaram sua resposta para alcançar os objetivos estabelecidos em Paris.

A Conferência, que ocorreu entre os dias 6 e 17 de novembro, foi presidida por Fiji, um Estado insular particularmente afetado pelos impactos das mudanças climáticas. A presidência de Fiji anunciou um acordo sobre um Plano de Ação de Gênero, destacando o papel das mulheres na ação climática.

Além das negociações entre as partes na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC), países e outras partes não estatais anunciaram diversas iniciativas, compromissos e parcerias de ação climática nas áreas de energia, água, agricultura, oceanos e áreas costeiras, assentamentos humanos, transportes, indústria e florestas.

As finanças do clima e a resiliência climática também foram o centro das discussões na conferência.

Mais de 20 países – incluindo Canadá, Finlândia, França, México e Reino Unido – lançaram uma nova aliança global pela eliminação do carvão como fonte de energia tradicional, bem como colocar uma moratória para que não seja construída mais nenhuma usina de energia de carvão.

Empresas e outros parceiros não governamentais, por sua vez, assumiram compromissos para se concentrar em impulsionar suas operações sem o uso do carvão.

Os 19 países-membros da ‘Plataforma Biofuturo’ – incluindo Brasil, China, Egito, França, Índia, Marrocos e Moçambique – também anunciaram na quinta-feira (16) um acordo formal sobre o desenvolvimento de metas para biocombustíveis e para construir um plano de ação para alcançá-las.

“Os biocombustíveis sustentáveis podem fornecer soluções para o nexo de transporte de energia. Esta parceria nos oferece essa chance”, disse Rachel Kyte, representante especial do secretário-geral da ONU e chefe da iniciativa ‘Energia Sustentável para Todos e Todas’ (SE4All, na sigla em inglês).

Entre outras iniciativas anunciadas durante a Conferência, uma iniciativa global foi lançada, em 14 de novembro, com o objetivo de fornecer seguros a centenas de milhões de pessoas vulneráveis até 2020 e aumentar a resiliência dos países em desenvolvimento contra os impactos das mudanças climáticas. A parceria global ‘InsuResilience’ é uma ampliação importante de uma iniciativa que começou no G7 em 2015 sob a presidência alemã.

A Conferência ocorreu um ano após a entrada em vigor do Acordo de Paris. O acordo, adotado pelas 196 Partes da UNFCCC em dezembro de 2015, apela aos países para combater as mudanças climáticas, limitando o aumento da temperatura global abaixo de dois graus Celsius e se esforçando para não exceder 1,5 grau Celsius. Até o momento, 170 Partes já ratificaram o tratado.

A Conferência, que contou com a participação de cerca de 27 mil pessoas, ocorreu em um contexto de relatórios científicos alarmantes de mudanças climáticas. Uma semana antes da abertura da Conferência, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou que os níveis de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera aumentaram em uma “velocidade recorde” em 2016.

A COP23 será seguida por uma série de cúpulas e conferências sobre mudanças climáticas que estão programadas para antes da Cúpula do Clima da ONU, em setembro de 2019. A Cúpula do Planeta Único, por exemplo, será convocada pela França no próximo mês e tem como foco o financiamento para o clima; uma reunião na Califórnia reunirá atores não estatais.

A COP24 será em Katowice, na Polônia, em dezembro de 2018. O Brasil se ofereceu para sediar a COP25 em 2019. Confira tudo sobre a COP23 em https://cop23.unfccc.int.



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