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Em uma pesquisa, plantas que sofreram estresse hídrico ou tiveram seus caules cortados produziram cerca de 35 sons por hora

Uma pesquisa realizada na Universidade de Tel-Aviv e publicada ontem (30) na revista Nature revelou que plantas submetidas a estresse hídrico ou cortes emitem sons agudos que provavelmente são ouvidos por animais. Mas, “abrindo um parênteses”, antes que você pense em compartilhar este artigo com um vegano dizendo que as plantas também sentem dor, lembre-se: o consumo de animais e seus derivados mata, quantitativamente, muito mais plantas do que as dietas diretamente baseadas em plantas, como a dos veganos. 

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No estudo, Lilach Hadany, da Universidade de Tel-Aviv, em Israel, e seus colegas colocaram pés de tabaco (Nicotiana tabacum) e de tomate (Solanum lycopersicum) em caixas com microfones e observaram que as plantas estressadas por falta de água ou corte recente emitiram ruídos como os de pipoca estourando na panela. 

As plantas que sofreram estresse hídrico ou tiveram seus caules cortados produziram cerca de 35 sons por hora. Em contrapartida, os vegetais bem hidratados e intactos, permaneceram praticamente em silêncio, emitindo apenas cerca de um som por hora.

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A maioria dos seres humanos é  incapaz de ouvir esses sons porque eles são ultrassônicos – cerca de 20 a 100 kilohertz. Entretanto, animais capazes de captá-los, como morcegos, ratos e mariposas, provavelmente podem escutar os “gritos” vegetais. Em trabalho anterior, a mesma equipe descobriu que as plantas respondem a sons feitos por animais. No estudo, a prímula (Oenothera drummondii) liberou um néctar mais doce quando foi exposta ao som de uma abelha. 

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De acordo com Hadany, à revista Nature, o som dos vegetais se concentra em seu xilema, um tipo de tecido presente nas plantas vasculares, responsável pelo transporte de água, nutrientes e minerais do solo para as diferentes partes do vegetal. A água no xilema é mantida unida pela tensão superficial, assim como a água sugada por um canudo. Quando uma bolha de ar se forma ou se rompe no xilema, pode ocorrer um pequeno estalo; a formação de bolhas é mais provável durante o estresse hídrico. Mas o mecanismo exato requer um estudo mais aprofundado, diz Hadany.

Os resultados do estudo sugerem uma nova possível forma de monitoramento de plantas na agricultura e horticultura. 


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