Placentofagia é o consumo da placenta pela mãe após o parto. Entenda por que algumas mulheres estão aderindo a esta prática
Placentofagia é o consumo da placenta pela mãe após o parto. Apesar de ser uma prática realizada por quase todos mamíferos placentários, a placentofagia não é comumente praticada por humanos. Mas, desde a década de 1970, principalmente nos países do norte, a placentofagia vem ganhando adeptas.
Curiosamente, a placentofagia não é conhecida por ter sido realizada em outro período na história humana ou em outras culturas. Atualmente, o método mais comum de consumo da placenta é por meio do encapsulamento.
O que é a placenta
A placenta é o primeiro órgão a ser formado na gestação, e é o único que o corpo expele naturalmente durante o parto normal. Em caso de parto cesária, a médica é responsável por retirá-la. A placenta fornece oxigênio, hormônios e nutrientes para o feto e chega a pesar cerca de um quilo.
Placentofagia humana
A placentofagia humana é a ingestão da placenta humana pós-parto pela mãe, a qualquer momento, na forma bruta ou alterada. Este fenômeno relativamente moderno é praticado principalmente por mulheres brancas, de classe média e casadas, que vivem nos países do norte global.
Encapsulamento da placenta
O encapsulamento é o método de placentofagia mais comum. Ele consiste em desidratar, triturar e colocar a placenta crua (ou cozida no vapor) em cápsulas. Mas também é possível ingerir a placenta crua no formato de smoothie ou como um substituto semelhante à carne de origem animal.
Benefícios da placentofagia
A placentofagia humana tem sido associada à prevenção e redução da depressão pós-parto. Além disso, essa prática tem sido vista como uma forma de afirmação da autonomia da mãe frente à medicalização.
Atitudes em relação à placenta
Algumas mulheres expressam horror com a perspectiva da placenta ser incinerada ou colocada no lixo hospitalar. Para estas mulheres, a placenta é sagrada por ter sido suporte de vida que mantém o bebê vivo, e por isso cultivavam sentimento de honra em relação à placenta.
Porém, algumas mulheres que passaram por partos difíceis, expressaram raiva em relação à placenta. Para elas, este órgão deveria ser destruído.
Toda mulher tem direito à sua placenta. A Organização Mundial da Saúde recomenda que as instituições de saúde preservem o direito das mulheres de decidirem sobre a roupa, alimentação e outras práticas culturais e religiosas significativas. Dessa forma, é ilegal obrigar uma mulher a jogar sua placenta no lixo hospitalar, pois isto fere o artigo quinto da constituição, que defende o direito à liberdade religiosa.