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Os perfluorados, também chamados de PFCs, criam problemas ambientais e de saúde

Inovações tecnológicas normalmente surgem para facilitar e melhorar nossas vidas. A ideia de poder cozinhar usando pouca ou nenhuma gordura em uma panela, vestir roupas impermeabilizantes, e a praticidade de ter à disposição alimentos congelados de fácil preparo parecem ser algumas dessas inovações. Não necessariamente.

O que muitas pessoas, nos dias de hoje, ainda não sabem é que os compostos presentes nesses tipos de produtos podem ser contaminantes extremamente tóxicos. Especialistas do mundo todo já alertaram para os males dos compostos perfluorados (PFCs) que são poluentes emergentes do século XXI. Conheça abaixo os problemas causados por esses compostos químicos.

O que são compostos perfluorados e seus tipos

Os compostos perfluorados são utilizados no processo de impermeabilização de tecidos, papéis e embalagens de alimentos, entre outros, fazendo com que a superfície onde o PFC seja aplicado se torne resistente a água, óleo e manchas.

No total existem mais de 600 compostos, mas 2 deles são os principais. O primeiro é o ácido perfluoroctanóico (PFOA), utilizado na produção de diversos fluoropolímeros e outros PFCs. Cerca de 98% da população dos Estados Unidos possuía esse composto em seu organismo em níveis baixos na ordem de 3 a 4 ppb ( partes por bilhão). Porém, em regiões que possuíam fábricas que utilizavam ou produziam esses compostos, tanto os seus empregados como a população local apresentaram altos níveis de concentração dessa substancia atingindo valores de até 100.000 ppb. Podemos encontrá-lo em produtos como impermeabilizantes de carpetes, de roupas e de estofados, no papel utilizado nas embalagens de alimentos fast-food, em fios e fitas dentais, em alguns tipos de cera para piso e em fitas isolantes feitas com politetrafluoroetileno (PTFE).

Já o ácido perfluorooctanossulfônico (PFOS) está disponível como agente impermeabilizante em produtos como tecidos, papel, couro, cera polidora, tintas, vernizes, e produtos de beleza.

Após inúmeros episódios envolvendo empresas multinacionais e casos de contaminação e envenenamento por compostos perfluorados, surgiu uma tendência, por parte das empresas, que levará ao desuso desses produtos químicos, substituindo-os por produtos menos abrasivos. Mesmo assim, os PFCs ainda são largamente utilizados em objetos fabricados na China, como apontado em artigo do Scientific World Journal.

Impacto ambiental e problemas de saúde

Tanto o PFOA quanto o PFOS são considerados poluentes orgânicos persistentes (POPs), o que significa que permanecem no meio ambiente por longos períodos de tempo. Ambos chegam ao meio ambiente de duas maneiras. Pelo descarte inadequado de produtos que possuem os elementos em sua composição, ou através do descarte feito por indústrias durante sua produção.

A contaminação por PFCs em humanos pode causar uma grande variedade de problemas à saúde. Um deles, segundo pesquisa, é a ligação entre a presença de PFOA e PFOS em humanos e a diminuição do tamanho e peso de bebês recém-nascidos.

Estudos também descrevem o PFOA como uma substância que causa intoxicação do fígado e do sistema imunológico, além de desregulação hormonal, principalmente da tireoide. Além disso, após a realização de testes, pesquisadores afirmam que o composto favorece o desenvolvimento de câncer de fígado, de testículos e pancreático em roedores.

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Hipertireoidismo e hipotireoidismo: qual a diferença?

O PFOS possui entre seus efeitos negativos o enfraquecimento do sistema imunológico, atraso no desenvolvimento físico, danos ao sistema endócrino, mortalidade prematura além de ser uma substancia cancerígena.Por esses motivos essa substância foi adicionada em 2009 no Anexo B da Convenção de Estocolmo de Poluentes Orgânicos Persistentes com o intuito de restringir sua produção.

Pesquisadores também descrevem os PFCs como substâncias que podem diminuir o efeito de vacinas em crianças, e que possuem caráter obesogênico.

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Obesogênicos: produtos químicos que engordam

Evitando os compostos perfluorados

Fique atento, portanto, ao fazer suas compras. Sempre que for adquirir produtos ou soluções impermeabilizantes, resistentes a óleo e manchas, leia, pesquise e informe-se com a empresa fabricante sobre a presença de compostos fluorados como o PFOA e o PFOS, além de seus derivados como o PFNA e o PFBS.

Embalagens de alimentos como caixas de pizza, sacos de pipoca de micro-ondas e embrulhos de sanduíches e de doces também podem conter PFCs em suas composições e entrarem em contato direto com a comida, contaminando-a.


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