Entenda se é possível usar óleo essencial para região íntima
O método da utilização de óleo essencial para região íntima é altamente debatido na internet, mas muitas pessoas questionam sua segurança. A região íntima, principalmente a vagina, é um local muito sensível do corpo, composto por diversos organismos que ajudam a manter o equilíbrio e a saúde da área. Portanto, o uso de algumas substâncias pode ser altamente desencorajado por alguns profissionais.
Os óleos essenciais são extratos altamente concentrados retirados de flores, raízes, folhas, caules e frutos das plantas. Algumas dessas substâncias podem ser benéficas para a saúde mental e para a saúde em geral através da aromaterapia, uma forma de terapia alternativa que usa o olfato e as propriedades dos óleos essenciais.
No entanto, até na aromaterapia é preciso tomar alguns cuidados com a gestão desses óleos. Muitas vezes, uma má administração dessas substâncias pode oferecer riscos à saúde. Desse modo, o uso de óleos essenciais deve ser feito sob indicação de um especialista.
Usos dos óleos essenciais
Em geral, os óleos essenciais possuem diversos tipos de aplicação, como:
- Aromatização de ambientes;
- Compressas;
- Pele;
- Ingestão;
- Inalação;
- Limpeza;
- Banhos;
- Massagens;
- Cabelo;
Entretanto, até mesmo o seu uso tópico pode apresentar alguns riscos à integridade da pele. Em altas concentrações, alguns óleos essenciais podem causar reações alérgicas e outras condições cutâneas, portanto, muitas vezes deve ser diluído com água ou outros óleos.
Assim, é possível entender quais são os possíveis riscos do uso do óleo essencial para região íntima. Se essas substâncias são potencialmente agressivas demais para a pele, regiões mais sensíveis podem sofrer mais consequências.
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Candidíase
Ainda assim, muitas pessoas acreditam no potencial do óleo essencial de melaleuca no tratamento para candidíase. Esse óleo essencial em questão possui propriedades antifúngicas e antibacterianas e é comumente usado para combater infecções de pele e ajudar na cicatrização de feridas.
Uma pesquisa evidenciou a possível ação do óleo essencial de melaleuca no tratamento da candidíase. Especialistas analisaram um tipo de medicamento específico que é composto, majoritariamente, pela substância.
A partir do estudo, especialistas comprovaram que o medicamento obteve um resultado positivo contra versões resistentes de infecções fúngicas e tinha propriedades bioadesivas benéficas que poderiam ajudar a prevenir futuras infecções fúngicas. Contudo, em geral, acredita-se que o óleo essencial de melaleuca só pode funcionar contra algumas cepas específicas das bactérias causadoras da infecção e em concentrações também específicas.
Além disso, uma matéria publicada no Atlantic Institute of Aromatherapy relatou um acidente envolvendo o uso do óleo no tratamento para a candidíase. De acordo com o que foi relatado, uma mulher, tentando tratar a condição, desenvolveu uma cicatriz permanente ao usar um absorvente interno embebido no líquido.
Disfunção erétil
Muitos óleos essenciais funcionam para a região íntima através da aromaterapia. Em vez do uso tópico, especialistas da área recomendam a terapia alternativa como uma forma de tratamento de condições associadas a essas regiões.
Alguns estudos exemplificam a função dos óleos essenciais no aumento do libido, podendo ser um possível tratamento para a disfunção erétil. Os óleos recomendados nesse caso são:
- Canela
- Gengibre
- Lavanda
- Rosa
- Ylang-ylang
Afinal, é seguro?
Na internet, diversas postagens divulgam o uso de óleo essencial para região íntima, principalmente na área estética, prometendo a eliminação de maus odores associados à área. Entretanto, em relato para o portal Refinery29, a ginecologista Shazia Malik, acredita que a prática pode oferecer riscos à saúde.
“A vagina é um órgão autolimpante e hidratante e não precisa de óleos extras, hidratantes ou desodorantes.”
Similarmente, o uso das substâncias em outras partes da região íntima pode ser irritante ou possivelmente criar reações alérgicas. Para combater odores e outras condições associadas à região, procure sempre a indicação de um profissional da saúde.