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Trata-se de uma perereca com tamanho entre 2,4 e 2,9 cm e cor verde

Uma nova espécie de anfíbio foi descoberta na Reserva Biológica (Rebio) de Pedra Talhada, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), entre os estados de Alagoas e Pernambuco.

Trata-se de uma perereca com tamanho entre 2,4 e 2,9 cm de comprimento, coloração predominantemente verde, pequenos pontos amarronzados nos membros e uma linha escura na região dorso-lateral desde a ponta do focinho até a virilha. Alguns indivíduos também possuem pontos marrons escuros ao longo do dorso e membros.

A espécie recebeu o nome científico de Sphaenorhynchus cammaeus, que significa “pedra esculpida preciosa de duas cores”, numa alusão à bela coloração dessa perereca e pela descoberta ter sido feita na Rebio de Pedra Talhada.

A descrição oficial da espécie, cujas coletas foram feitas entre 2012 e 2014 durante pesquisa sobre os répteis e anfíbios na Rebio de Pedra Talhada, acaba de ser publicada no periódico internacional Herpetologica.

O artigo é assinado pelos pesquisadores Igor Joventino Roberto, da Universidade Federal do Amazonas, Katyuscia Araujo-Vieira, do Museu Argentino de Ciências Naturais Bernardino Rivadavia, Sergio Potsch de Carvalho-e-Silva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Robson W. Ávila, da Universidade Regional do Cariri.

Por enquanto, a espécie só é encontrada na lagoa do Junco, uma das áreas de vegetação mais conservada da Rebio de Pedra Talhada, a cerca de 850 metros de altitude. De acordo com os pesquisadores, a perereca se reproduz nos meses de junho e julho, no início da estação chuvosa. Os machos vocalizam na vegetação aquática da lagoa, principalmente no horário entre 16h e 23h.

Riqueza biológica

Até o momento, foram registradas 43 espécies de anfíbios anuros na Reserva Biológica de Pedra Talhada, uma das áreas com maior riqueza de anfíbios na Mata Atlântica do Nordeste do Brasil. “Essa nova descoberta demonstra a importância da realização de pesquisas na unidade de conservação e de medidas de proteção e divulgação da biodiversidade que existe no local”, afirmou o chefe da Rebio, Jailton Fernandes.

Além de proteger um dos maiores fragmentos de Mata Atlântica do interior de Alagoas e Pernambuco, a reserva é considerada, também, um importante centro de endemismo de aves, dentre elas, algumas ameaçadas de extinção, como o gavião-pomba (Leucopternis lacernulatus), o uru-do-nordeste (Odontophorus capueira plumbeicollis) e o pica-pau-anão-dourado (Picumnus exilis pernambucensis).


Fonte: ICMBio

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