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Vídeo mostra o processo de instalação de minirrede por moradores e a chegada da energia 24horas

Por WWF-Brasil – Desde agosto deste ano a comunidade de Vila Limeira, na Reserva Extrativista Médio Purus, é a primeira do sul do Amazonas a ter energia elétrica renovável por 24 horas. As cerca de 80 pessoas que vivem no local já podem ampliar a produção sustentável de açaí, castanha, pescado, mandioca e também já têm energia para bombear água para as atividades domésticas, como lavar a roupa e a louça sem precisar descer a pé até o rio.

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“Como todas as comunidades remotas sem acesso à energia convencional, a Vila Limeira só tinha eletricidade por três horas noturnas a partir de um motor gerador a diesel, que consumia cerca de 10 litros por dia”, conta Alessandra Mathyas, analista de conservação do WWF-Brasil. No sul do Amazonas, em setembro deste ano, o custo do combustível era de R$ 7,50, a gasolina, e R$ 6 o diesel. O custo das três horas diárias de energia, por família, variava de R$ 80 a R$ 120 por mês.

Criada a partir do ciclo da borracha, na década de 1950, Vila Limeira é uma das quase 100 que integram a Resex Médio Purus, entre os municípios de Lábrea e Pauini. Os primeiros moradores foram nordestinos que chegaram à região para trabalhar com borracha. Com a mudança do ciclo econômico, tornaram-se extrativistas, vivendo do que a floresta lhes dá: pesca, madeira, frutos, mel, roçado.

Em 2018, procurou o WWF-Brasil para saber mais sobre a energia solar. Queria entender como funcionava, qual era o custo, o que precisava fazer para ter eletricidade 24 horas por dia e assim aumentar sua produção com oferta de refrigeração e gelo, ampliar o acesso à educação e comunicação e mais lazer. Assim, surgiu o projeto Vila Limeira 100% Solar, numa iniciativa conjunta da Apavil (Associação dos moradores da Vila Limeira), do WWF-Brasil, com apoio da Fundação Mott e autorização do ICMBio. A pandemia gerou atrasos, mas em agosto de 2021 a usina solar foi inaugurada.

Tecnicamente foi instalada uma minirrede off grid, conhecida no Brasil como MIGDI (Microssistema Isolado de Geração e Distribuição de Energia Elétrica. Somando todas as demandas energéticas locais, concluiu-se que uma rede de 30kWp seria suficiente para as expectativas comunitárias. E o sistema foi projetado com os equipamentos mais modernos, incluindo banco de baterias de lítio, com durabilidade de 15 anos e medidores individuais em todas as unidades consumidoras.

Segundo Alessandra, a comunidade participou de todo o processo, desde o início do projeto até a instalação final. “Os moradores foram responsáveis pelas obras físicas de estrutura e foram treinados na instalação para dar manutenção básica ao sistema, além de monitorar remotamente a geração, o consumo e o carregamento de baterias. Saber quanto é gerado e controlar o consumo é fundamental para a sustentabilidade do sistema e bem-estar de todos”, explica.  

Em novembro, o WWF-Brasil e a Fundação Mott, instalaram uma segunda usina fotovoltaica no Delta do Parnaíba (PI), com capacidade de X e que atende x pessoas.

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