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Especialistas afirmam que partículas podem ser pequenas o suficiente para entrar na corrente sanguínea humana

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Cambridge comprovou que o metrô londrino, London Underground, está contaminado com partículas metálicas ultrafinas. De acordo com os cientistas, o material pode oferecer riscos à saúde e é pequeno o suficiente para entrar na corrente sanguínea humana. 

O estudo usou um tipo de tecnologia magnética para detectar essas partículas em dez estações diferentes do London Underground, cobrindo bilheterias, plataformas e trens. Assim, conseguiram comprovar a existência de nanopartículas de até cinco nanômetros de um tipo de óxido de ferro chamado maghemita nesses locais.

O efeito das partículas de maghemita na saúde humana ainda não foi estudado. No entanto, a exposição a qualquer tipo de partícula ultrafina já foi associada a diversas condições de saúde, como asma, câncer de pulmão, doenças cardiovasculares e problemas neurológicos.

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“A abundância de partículas ultrafinas identificadas no metrô pode oferecer impactos particularmente adversos à saúde, pois seu tamanho menor possibilita a sua passagem dos pulmões para a corrente sanguínea”, disseram os pesquisadores.

Em geral, a poluição do ar é uma grande preocupação à saúde humana, sendo responsável pelo desenvolvimento de condições como doença hepática gordurosa, depressão e outros problemas de saúde mental. Dados da Organização Mundial da Saúde, por exemplo, estimam que a poluição do ar seja responsável por 7 milhões de mortes prematuras por ano.

De acordo com Hassan Aftab Sheikh, pesquisador de doutorado do estudo, essas partículas são formadas nos sistemas ferroviários subterrâneos através do desgaste dos freios, rodas e trilhos dos trens. Porém, sua concentração é um resultado da má circulação de ar do local, que possibilita que os materiais fiquem presos no subsolo.

Além disso, o estudo proporcionou uma análise maior desses materiais e comprovou que grande parte das partículas estava oxidada, o que reflete o tempo em que passaram nas estações. 

Com a movimentação dos trens, as partículas se movem e são espalhadas pelo ar, o que faz com que a poluição seja pior nas plataformas do que nas bilheterias — de acordo com Sheikh, a qualidade do ar em algumas plataformas é até 40% pior do que nas bilheterias.

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Os pesquisadores acreditam que a exposição ao material pode ser reduzida com a implementação de alguns métodos, incluindo a instalação de filtros magnéticos em sistemas de ventilação e a limpeza dos túneis e estações. 

O Transport for London, órgão responsável pelo London Underground, confirmou que está averiguando a pesquisa realizada pela Universidade de Cambridge com o objetivo de reduzir os níveis de poluição nas estações subterrâneas. 

A chefe de segurança do Transport for London, Lilli Matson, afirma que análises de qualidade do ar são feitas com frequência nas estações, e que indicam que a concentração de materiais como ferro, cromo e níquel está “bem abaixo dos limites legais em ambientes como o metrô”. Porém, a profissional afirma que novas medidas de limpeza serão implantadas nos locais. 


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