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Pesquisa da UFSCar com apoio da FAPESP comparou nidificação em ambientes fechados e abertos e analisou se coloração de aves atrai mais predadores

Imagem de Jen em Unsplash

Uma pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) investigou se a coloração vistosa de algumas espécies de aves poderia atrair mais predadores e, assim, prejudicar as aves e seus ovos. Os pesquisadores queriam saber se esse fenômeno de fato acontecia e, também, qual seria a influência do tipo do ambiente, aberto ou floresta.

O estudo, publicado em artigo na plataforma internacional Taylor & Francis Online, teve a participação do trabalho de iniciação científica de Gabrielle Cristina Pestana, com bolsa da FAPESP, realizado durante a graduação em biologia na UFSCar, sob orientação de Rhainer Guillermo Nascimento Ferreira, professor do Departamento de Hidrobiologia da UFSCar.

A pesquisa foi realizada em 2016 no fragmento de Cerrado da UFSCar em São Carlos. “Parte dos ovos foi colocada em ninhos artificiais em uma área aberta do Cerrado, e outra parte dos ovos em ninhos na área de mata fechada”, conta Ferreira, em entrevista para a Coordenadoria de Comunicação Social da UFSCar. Os testes foram feitos com aves falsas e ovos de codorna, um método eficiente para testar predação de ninhos em campo.

“O principal resultado foi que, na área de mata fechada, a predação dos ovos foi muito menor do que na área aberta, mostrando o importante papel das florestas na sobrevivência dos ninhos de aves de Cerrado”, revela Ferreira.

Outro ponto observado é que, para a surpresa dos pesquisadores, não houve diferença na predação dos ovos quando comparados a ninhos com uma ave colorida (vermelha) ou uma ave críptica (marrom).

O modelo de ave usado se assemelha à espécie Pyrocephalus rubinus, conhecida como príncipe, que ocorre no Cerrado. Entre os predadores da ave estão mamíferos, como o mico-estrela; répteis, como os lagartos; e aves maiores, que podem comer os ovos ou os filhotes.

A partir do resultado do estudo, os pesquisadores analisaram o valor das áreas de Cerrado como um refúgio seguro para as aves nidificarem. “O Cerrado geralmente é visto como ‘mato’, digno de desmatamento e exploração. No entanto, existem várias espécies endêmicas nesse bioma, onde constroem seus ninhos. Por isso, é preciso conservá-lo”, alerta o docente.

*Com informações da Coordenadoria de Comunicação Social da UFSCar.


Fonte: Agência FAPESP


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