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O Mar Vermelho é um golfo do Oceano Índico que se estende de Suez, no Egito, até o Estreito de Bab el-Mandeb, que se conecta com o Golfo de Aden e com o Mar da Arábia. Esse corpo d’água possui 2.350 km de comprimento, 350 km de largura e atinge profundidade de 3 mil metros na área central e de 600 a 800 metros próximo ao recife.

A sua primeira exploração ocorreu em 2500 A.C., quando os antigos egípcios tentaram explorá-lo. Durante essas tentativas, diversos canais foram construídos, mas nenhum resistiu ao tempo. 

Em seguida, no século VI, Dario I, da Pérsia, tornou o corpo d’água o seu local de navegação — que foi continuado por Alexandre O Grande após dois séculos. Ambas as explorações do Mar Vermelho contribuíram para a sua relevância no comércio e na ligação de países até aos dias atuais.

Além de ter um papel importante no comércio internacional, o Mar Vermelho é, também, uma área essencial do ponto de vista do turismo e da rica e diversificada vida marinha que sustenta.

Características do Mar Vermelho 

Uma das principais características do Mar Vermelho é a sua água. Embora não seja vermelha, como o nome sugere, o corpo d’água possui algumas das águas do mar mais quentes e salgadas do mundo. Isso se deve ao fato de que ele também possui alta taxa de evaporação e baixa precipitação — o que contribui para a salinização das águas.

Além disso, nenhum grande rio deságua no mar, e sua conexão com o Golfo de Aden é estreita.

Ao sul do mar, a salinidade atinge aproximadamente 36%, enquanto no norte, perto do Golfo de Suez, pode chegar até 40%. Essa alta taxa de salinidade do norte do Mar Vermelho contribui para uma de suas importantes atrações turísticas — os banhos de água salgada. 

Na área, muitos turistas vão para se banhar em uma água onde se pode flutuar na superfície, além de possivelmente contribuir para a saúde. Acredita-se que a concentração salina melhora a circulação sanguínea enquanto as praias possuem minerais e areia preta que supostamente tratam artrite, reumatismo e problemas de pele.

Biodiversidade

Além de suas outras características, o Mar Vermelho também é conhecido por sua ampla biodiversidade. O ecossistema mantém cerca de 10% de toda a vida marinha da área, habitando mais de mil espécies de peixe, incluindo 42 espécies diferentes de peixes de águas profundas.

Parte dessa biodiversidade é uma resposta à extensão de quase 2 km de recifes de corais localizados ao longo do seu litoral. Esses recifes possuem de 5 mil a 7 mil anos de idade e são formados principalmente por corais Acropora e porite, onde habitam 44 espécies de tubarões. 

Adicionalmente, o Mar Vermelho possui diversos habitats marinhos que vão desde gramados, manguezais, salinas e pântanos salgados. Existem também 157 espécies de nudibrânquios no corpo d’água, muitas das quais só são encontradas lá. 

Onde fica o Mar Vermelho? 

O corpo d’água é uma entrada para o Oceano Índico entre a África e a Ásia. Ele se conecta ao oceano através do Estreito de Bab el-Mandeb e do Golfo de Adem. 

Existem oito países que compartilham a costa com o Mar Vermelho, cada um está conectado às margens em uma direção diferente, como:

Litoral Norte

  • Egito
  • Israel
  • Jordânia

Litoral Leste

  • Arábia Saudita
  • Iêmen

Litoral Oeste

  • Sudão
  • Egito
  • Eritreia

Litoral Sul

  • Eritreia
  • Djibuti

Por que é chamado de Mar Vermelho? 

Existem diversas teorias sobre o nome do Mar Vermelho, uma delas envolvendo a proliferação sazonal da bactéria aquática Trichodesmium erythrasma perto da superfície da água, que torna o mar vermelho por algum tempo.

Por outro lado, outros especialistas argumentam que o nome é similar ao nome do Mar Negro, que indica a posição Norte. Portanto, sua contraparte vermelha indica a posição do mar ao Sul. 

Importância 

Como já mencionado, o Mar Vermelho foi de extrema importância ao comércio internacional. Porém, esse não é o seu único ponto forte. De fato, a área possui um alto valor econômico devido aos recursos que contém, incluindo depósitos de petróleo, evaporito, enxofre, fosfato e metais pesados.  

Em relação ao ecossistema local, a área também é grande contribuinte para a biodiversidade global. E, além disso, também pode oferecer um vislumbre do futuro dos outros oceanos do mundo, segundo especialistas

Pesquisadores do Instituto de Pesquisa Aplicada de Ciências e Soluções Oceânicas (OSSARI) desenvolveram novas tecnologias capazes de monitorar e mapear o Mar Vermelho com detalhes sem precedentes, incluindo como ele e outros corpos d’água serão afetados pelas mudanças climáticas.

“Estamos entusiasmados por realizar aqui investigação de alta qualidade para compreender como os ecossistemas marinhos poderão mudar num mundo mais quente”, afirma Xabier Irigoien, oceanógrafo e diretor do OSSARI. 


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