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Plano da Thames Water tem como objetivo combater a escassez de água

A empresa britânica Thames Water fez uma proposta de limpeza do Rio Tâmisa que envolve a substituição da água por esgoto tratado como um método de combater a escassez de água da região. A água de substituição deriva do esgoto de Mogden, no oeste de Londres. 

O método utilizado para que isso aconteça foi nomeado pela empresa como “reciclagem de água” e já foi proposto em 2019. No entanto, foi negado pela Agência Ambiental inglesa por conta dos impactos ambientais resultantes da potencial liberação de milhões de litros de efluentes tratados no rio. 

Entre os possíveis efeitos dessa troca estão o aumento de temperatura e salinidade da água e seus impactos no ecossistema local, principalmente em peixes migratórios e nativos.

Montanha asquerosa de lenços umedecidos desvia curso do rio Tâmisa em Londres

De acordo com a Thames Water, a proposta é o plano mais rápido e com maior custo benefício para a limpeza efetiva do rio. 

A empresa alega que 13 bilhões de libras serão investidas no projeto entre 2025 e 2050. O dinheiro, por sua vez, será derivado de um aumento nas contas de água da população britânica — que provavelmente aumentarão em cerca de 100 libras até 2050.

“Precisamos melhorar a resiliência de nosso abastecimento de água até o início da década de 2030. Este esquema ajudará a manter o fluxo do rio Tâmisa e pode ser introduzido dentro de oito anos, ajudando-nos a alcançar a resiliência a um evento de seca em 200 anos até 2031.”, disse a empresa. 

O plano envolve a instalação de um novo local de captação de água no Tâmisa, localizado entre a represa Teddington e Hampton Court Palace para extrair até 150 milhões de litros de água por dia. Essa água, então, seria transferida através de Londres até os reservatórios de Lee Valley. Desse modo, o fluxo de água seria substituído pela água tratada de Mogden por meio de uma nova canalização. 

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A empresa possui outros planos para acabar com a escassez de água local, que incluem a redução do próprio vazamento, estimado em 630 milhões de litros de água de esgoto liberados no Tâmisa por dia.

No entanto, o projeto de reciclagem de água não foi bem recebido pelo público, que havia criticado a empresa na última semana sobre a falta de preocupação e investimentos em obras de tratamento de esgoto.

“Isso mostra o quão desesperadas essas empresas se tornaram por estarem contemplando esse tipo de insanidade, e a Agência Ambiental deveria acabar com isso imediatamente”, disse Feargal Sharkey, ex-vocalista do Undertones e ativista pela qualidade da água.

Até então, nada foi decidido e o esboço do plano está sendo submetido a consulta por meio de reuniões públicas, que começam na segunda-feira (16).


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