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Você precisa realizar um descarte de TVs do tipo LCD, Plasma ou LED e não sabe como fazer isso de consciência mais tranquila? Saiba que eles podem ser parcialmente reciclados, mas exigem uma série de cuidados. Componentes valiosos podem se tornar indisponíveis no futuro caso não os reaproveitarmos.
Lixo eletrônico e o descarte de TVs
O e-waste, mais conhecido em português como “lixo eletrônico” é um problema social e ambiental. No Brasil, há mais de uma década, em 2005, já se produzia 97 mil toneladas de lixo eletrônico ao ano, colocando o país na primeira posição do ranking de países geradores de e-waste da América Latina!
Atualmente, com o consumo crescente de novos televisores, já está havendo o descarte das telas mais atuais, como é o caso do televisor de LCD (Liquid Crystal Display, que traduzido literalmente é “Tela de Cristal Líquido”), trazendo novos tipos de problemas na hora da reciclagem.
Os televisores de LED (Light Emitting Diode, ou melhor dizendo, Diodo Emissor de Luz), LCD e plasma são compostos basicamente por materiais poliméricos e metálicos que, ao serem descartados em aterros ou lixões, podem causar danos graves ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Os metais podem parar nas águas subterrâneas e superficiais através do processo de lixiviação e contaminar o lençol freático.
Composição do lixo eletrônico e das TVs
O lixo eletrônico é composto principalmente pelos seguintes materiais:
- Plásticos (20,6%)
- Ferro/aço (47,9%)
- Metais não ferrosos (12,7%)
- Vidro (5,4%)
- Placas de circuito impresso (3,1%)
- Madeira (2,6%)
- Outros (7,7%)
As telas de LCD, por exemplo, possuem arsênio no vidro e mercúrio nas lâmpadas fluorescentes, que servem para iluminar a tela. E como se sabe, o mercúrio e o arsênio tem potencial tóxico. O mercúrio, que em minúscula quantidade passamos em machucados, em maiores quantidades presentes na água destinada ao consumo pode deteriorar o sistema nervoso, causar perturbações motoras e sensitivas, tremores e demência. O arsênio, em contato com a pele, vias respiratórias e digestivas em quantidades significativas, pode causar intoxicação crônica levando à lesões dérmicas, como hiper e hipopigmentação, neuropatia periférica, câncer de pele, bexiga e pulmão, rins e doença vascular periférica.
Em contrapartida, as telas de tecnologia LED, apesar de ainda possuírem metais pesados em sua composição, são ecologicamente mais convenientes, pois gastam menos energia e não precisam das lâmpadas de mercúrio, o que as torna mais viáveis, porque as lâmpadas de LED podem ser recicladas.
Como essas novas TVs são resíduos complexos, algumas partes e componentes ainda não possuem uma técnica de reciclagem. A maioria dos trabalhos de pesquisa de reciclagem estão voltados à reciclagem de placas de circuito impresso (PCI), que possuem em sua composição materiais de valor como ouro, prata, platina, sílica, níquel, estanho, entre outros, que futuramente podem vir a fazer falta caso não sejam reutilizados. Incluindo a platina, que é muito utilizada na área da saúde também.
Descarte de TVs
Então como devemos fazer o descarte de TVs de forma que viabilize a reciclagem?
Se não for possível vender ou doar para pessoas próximas caso a TV ainda esteja funcionando, uma das alternativas é contatar o fabricante do aparelho, pois a legislação brasileira (Art.33 da Política Nacional de Resíduos Sólidos) obriga a empresa fabricante a estruturar e implementar sistemas de logística reversa.
Ainda assim, caso não seja possível esse contato ou o fabricante não esteja ainda em acordo com a Lei, você pode preencher o formulário a seguir para destinar melhor seu descarte.
